Eu te amo!

O que você imagina ao ver está cena, duas pessoas, a primeira é um homem adulto, cerca de quarenta anos, está sem camisa, mostrando sua pele flácida e enrugada, a outra é uma menina de dez anos, alva, cabelos longos, feito duas Maria Chiquinha, esta vestida apenas com uma calcinha com bordado. Ambos estão num quarto escuro, escondido dos olhos de terceiros, pois algo muito macabro esta para acontecer. Contudo se você está temeroso pela menina, não se preocupe, ela sabe se defender.

Jorge foi violentamente jogado contra a parede, seu nariz e sua sobrancelha escoria sangue. O chão estava com uma poça enorme, a luminosidade do quarto era precário, o que era para ser uma coisa em seu favor se tornou algo negativo, por causa da penumbra, não podia ver seu agressor.

Tentando de recompor ele se encostou contra a parede e limpou o sangue do seu rosto, olhou em volta a procura da menina, que tipo de pessoa era aquela?

– moço, cadê você? – a menina falou, sua voz era doce e infantil – moço, você não quer mais brincar? Você disse para mim que ia ser divertido. Não está achado divertido?

Jorge ao ouvir a voz começou a se tremer, chorou convulsivamente, as lagrimas de sangue escorriam por seu rosto, sabia que aquele seria seu fim.

– Já sei você quer brincar de esconde-esconde!

Temendo por sua vida imunda, Jorge se ergue e foi correndo para a saída, sua perna direita estava muito machucada, por isso corria com dificuldade, contudo pouco depois de transpor a porta, recebeu um golpe violento pelas costas, foi arremessado para frente, tentou apoiar as mãos no chão, contudo a força da queda foi tão grande que ele arrebentou os dois pulsos.

Nesse momento ouviu uma risada infantil. Jorge girou seu corpo para fica de frente para a menina. Ela caminhava divagar na sua direção, seus pés deixavam pequenas pegadas de sangue, sangue este do Jorge.

– Por favor, não me mate, você pegou a pessoa errada! – ele implorou.

– O que foi? você não me ama mais? Há pouco tempo você falou que me amava!

– Você entendeu errado, não era isso que você estava pensando...

– Cala essa boca imunda! – a voz da menina ficou cavernosa e seus olhos brilharam amarelos – não é fácil ser a vitima, é?

– Me perdoe, eu não faço mais, eu juro...

– isso não é um julgamento, é uma execução!

Então a menina sorriu inocentemente, faltava um dos dentes da frente, ninguém poderia imaginar que aquela criança era...

– Moço, eu te amo!

Então os olhos dela ficaram novamente amarelos, e a vida do Jorge se acabou.

Adecio Chaves
Enviado por Adecio Chaves em 06/02/2011
Código do texto: T2776137
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