Espelho do Medo - Parte 9 - Pesadelo
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- E por fim agora vou mostrar seus aposentos. Do quarto de número um a seis pertencem a vocês. Fiquem a vontade para escolherem. Agora tenho que ir. Tenham uma boa estadia.
- Ei! Peraí! – chamou Nicolas – Onde pensa que vai? É só isso?
Demetrio se volta e sorrindo maliciosamente diz: - sou só um corpo vazio brevemente vocês serão também – dito isto ele pegou uma arma, apontou para sua cabeça e atirou.
-AHHHHH – gritou Maia. Henrique a abraçou. Laís se achegou a Samuel que estava olhando perplexo. Nick viu que Dara estava indo checar e a segurou.
- O que foi? – disse Dara se desvencilhando do garoto.
- Pode ser perigoso.
- Tá de saca? O defunto vai levantar e dizer “cérebro”. Só quero ver se é real.
Dara olhou o estado do homem e concluiu que não era armação.
- Gente é temos que chamar a policia – disse com seriedade.
- Será Dara, que nesta droga de ilha tem posto policial ou outras pessoas que não sejam nós – Laís estava histérica – POR QUE EM TODO O PERCURSO SÓ VI MATO.
-Calma Laís – Dara a abraçou, porém a outra a empurrou.
-TIRE AS MÃOS DE MIM – Laís correu em direção as escadas, os outros a seguiram.
A viram tentando abrir a porta.
- Está trancada. Nos trancaram aqui. Por quê? – disse chorando. Um dos meninos constatou a realidade.
- É verdade. Tá trancada.
- Mas, tem mais 3 saídas. Está principal, uma do lado sul e outra do lado norte – disse Henrique – tentando manter a calma – Temos que nos separar.
-Você está maluco! Nos separar? – se revoltou Samuel. Dara defendendo a idéia prosseguiu.
-É verdade o melhor a fazer é ficarmos juntos - Dara pôs a mão na barriga – gente eu sei que o momento é critico, mas to morrendo de fome.
Caminharam em direção a cozinha e avistaram a sala de jantar com a mesa repleta de comida.
-Pode estar envenenada – desconfiou Maia.
-Eu acho que não – disse Samuel pegando uma maça.
- Não sei... Mas também acho que não – Dara sentou em uma cadeira, cortou um pedaço do peru e pôs no prato.
- Dara e se estiver? – falou Maia indo para perto da amiga para pegar o prato. Dara o levantou e disse: - Maia é o seguinte estamos trancados aqui, se eu não comer e beber, vou morrer do mesmo jeito. E deu uma bocada na coxa da ave.
- Hum! Mas isso tá muito bom – disse coma boca cheia.
Os outros se olharam, sentaram-se e se puseram a devorar o banquete.
Em um dos cômodos que não foram apresentados aos jovens, Alex os observava com um sorriso nos lábios dizendo para si mesmo: - Está tudo correndo muito bem. Desta vez não tem como dar errado.
1 hora depois de terem se empanturrado decidiram dormir todos no mesmo quarto. Dara se pôs a confortar Maia no corredor enquanto os meninos vasculhavam o dormitório escolhido.
- Meninas este quarto está limpo, nós vamos até os outros pegar mais 2 colchões. Informou Nick fitando Dara.
- Acho que esse menino está afim de você – disse Laís mais controlada – Ele te olha de um jeito, e não é de hoje.
- Para de falar besteira – zangou Dara. Maia e Laís deram risinhos.
- Até você maia?
Assim que deitaram, mal fecharam os olhos e já entraram num mundo irreal e real. Dara acordou com som de piano em seus ouvidos. Viu que todos dormiam, resolveu não acordá-los. Desceu as escadas e não achou estranho as portas principais estarem escancaradas. Nick a viu saindo se levantou e foi procurar por Dara, estava decidido a revelar o seu amor. A caminho pegou uma rosa.
Henrique despertou ouvindo um uivo. Olhou para todos e só deu falta de uma pessoa “Dara!” pensou. Ouviu um rosnar. Foi até a janela e viu Dara o mirando e acenado “mas...” o pensamento ficou suspenso quando viu uma enorme fera se aproximando dela sorrateiramente. Saiu em disparada em direção à porta principal. Quando chegou ao local viu Dara encolhida no chão sangrando...
Maia despertou quando sentiu alguém pisando em seu colchão, abriu os olhos a tempo de ver Henrique saindo apressado. Olhou ao redor notou que Nick não estava no quarto, porém não se importou.
- Aonde você vai? - Perguntou Laís dando um susto na outra.
- Caramba Laís que susto – disse pondo a mão no coração.
- Eu vou ver onde o Henrique foi – disse indo em direção a porta, no caminho viu um punhal. Pegou. Achou que poderia precisar. Antes de virar informou sem olhar para trás: - O Nick. Por que você não vai ver onde ela está? – dito isto saiu. Laís ficou olhando para a porta aberta. Ouviu Samuel resmungando. Foi até a porta. Olhou para o corredor semi-escuro. Foi andando com receio, chamando por Nick. “Laís” ouviu alguém chamá-la. Olhou para trás e viu uma pessoa parada na outra ponta do corredor.
- Nick – chamou receosa. A pessoa não se mexeu.
-Nick – chamou mais alto. A pessoa começou a andar lentamente em sua direção. Em segundos a pessoa cresceu e a sombra que era, envolveu Laís.
Samuel ouviu alguém gritando, porém quando foi se levantar sentiu dores agudas nas mãos e nos pés. Se assustou. Estava pregado no teto.
Nick que estava atrás de uma das estatuas no corrimão da entrada viu Henrique indo socorrer Dara, não foi antes, pois teve medo, porém vendo a cena de outro pondo as mãos em sua amada sentiu ódio e esmagou a rosa, sentindo o sangue escorrer, devido aos espinhos, a soltou.
Maia viu quando Henrique pegou Dara nos braços, rasgou um pedaço de sua camisola e envolveu o braço da garota e também viu a forma como ele a olhava. Sentiu raiva, muita raiva. Escondeu o punhal atrás de si.
- Henrique! – Henrique a olhou assustado.
-Maia o que está fazendo aqui. Entre agora!
- Para quê? Pra que você possa ficar admirando-a – falou entre dentes.
-Dara está ferida. Tem algo por aqui. Entre – ordenou.
Maia quando chegou perto o suficiente estendeu a punhal e no momento em que ia atacar Dara, Henrique a protegeu recebendo o golpe no ombro. Maia ao ver o que fez correu em direção ao jardim, porém foi surpreendida por uma patada em seu peito fazendo o sangue jorrar.
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