Não se deve brincar com os Espíritos!
Não sei o que fazer. Estou desesperada (choro). Eu não sabia, não sabia por Deus eu não sabia (choro). Nesse instante estou no guarda-roupa do meu quarto que está trancado. Com um pouco de luz que vem de fora consigo escrever este relato. “Eu nunca acreditei em nada de sobrenatural. Deve ser porque eu já joguei vários tipos de jogos de invocar espíritos como o jogo do copo e da caneta, mas eu nunca tinha jogado com a tabua ouija. Há alguns dias eu mais dois amigos resolvemos entrar em uma casa que foi recentemente abandonada. Naquela casa morava uma família composta pela mulher chamada Dulce, o marido chamado Amador e filhinha deles que tinha 8 anos, Geiza. Eles haviam se mudado fazia uns 4 meses. No inicio os via quase todos os dias no parquinho que tem próximo. Mais depois de alguns dias começou a correr um boato de que a menina estaria doente...”
Ouvi um barulho no andar de baixo. Estão brincado comigo (choro).
“... minha casa é de frente para casa deles e pude ver toda movimentação. Primeiro vi que colocaram grades nas janelas. Vi médicos entrando com curiosidade e saindo assustados, depois vi religiosos entrando com fé e saindo horrorizados. Soube que alguém havia morrido, foi o pai. Mais alguns dias seguiram sem nada se passar. Até que em uma madrugada ouvi gritos desesperados... não eram só gritos havia misturados com este ruminar de porcos. Levantei da cama e abri a janela. Vi quando uma mão arrancou as cortinas. Dias mais tarde fiquei sabendo que a menina morreu. A mãe foi embora depois do enterro. Ela deixou tudo para trás. Uns dizem que ela foi parar em um manicômio, isso eu não sei, pois sai de viajem e voltei a uns dias atrás. Nos dias que se seguiram Sérgio e Carlos meus dois amigos, decidimos entrar na casa para ver como estava e se por acaso tinha algo de valor. Entramos na mesma noite. A casa estava escura por todo canto os havia sido revirada. Nas paredes e nas portas tinham marcas com sangue. Fomos na cozinha igualmente tudo fora do lugar, no quarto de casal Carlos conseguiu encontrar R$500 que planejamos dividir. O quarto da menina estava trancado resolvemos não forçar. No fim do corredor vimos a escada que dava para o sótão abaixada, subimos. O sótão era o único lugar que não forá revirado. Avistei a tabua ouija. Ela estava no chão perto da janela. Resolvemos brincar um pouquinho era emocionante nunca havíamos brincado onde tinha acontecido duas mortes. Sentamos e começamos.
Tem alguém ai?...Tem alguém ai?...
Sim... (risos)
É do bem ou do mal?...
Mal. (risos)
Qual é o seu nome?...Qual é o seu nome?
Quer mesmo saber?...
Ouvimos gargalhadas, nos assustamos, largamos tudo e nos preparamos para ir embora. Sergio desceu primeiro, depois eu. Ficamos esperando o Carlos. Carlos gritou, no instante seguinte vimos seu corpo ser lançado escada abaixo. Sergio chegou perto para sentir a pulsação. Estava morto. Um barulho. Alguém estava andando pelo sótão. Nos olhamos e no desespero nos pusemos a correr. Eu estava na frente. Escutei uma voz de criança dizer “Não deviam brincar com o que não conhecem”. Cheguei à porta. Consegui sair. Olhei para trás. Onde está Sergio? Alguém tentava abrir a porta. Era ele, porém quando foi sair uma mão, não, várias mãos o seguraram. E mais gritos. Há certa distância fiquei a observar a casa. As janelas e a porta estavam sendo arrancadas. Sombras estavam saindo. Vinham em minha direção.”
Agora estou aqui. Estou tremendo. Ouvi a porta do quarto ser aberta. Ouço risos de crianças. Socorro... Não... Não... Por favor, NÃÃÃOOOOO...