A ligação. ( Parte 7. )
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Foi mal pela demora, mas é que estava doente.
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Aquilo parecia ter virado um abito, pois agora o tal homem ligava para Karen, e dizia uma ou outra palavra desconexa e então, desligava o telefone e isto deixava a ruiva estremamente irritada já que a mesma não conseguia nem ao menos uma pista sobre quem era aquele desgraçado que já há três meses fez da vida da ruiva um verdadeiro inferno. Bom, desde a última ligação muitas coisas aconteceram, pois o ex-amigo de Karen, ''Pedro'' pediu demissão no trabalho e desde então, a ruiva não teve mais notícias do loiro... Os pais de Karen, se separaram, pois seu pai tinha uma outra família e sua mãe descobrira isto da pior maneira possível já que descobriu que o marido tinha filhos até mesmo mais velhos que Karen... A mãe de Max, falecera e o irmão mais novo do mesmo, havia sido preso por porte de drogas... Nossa, realmente foram muitas coisas em apenas uma semana e Karen, ainda permanecia atónita diante de tudo aquilo. A ruiva só queria sumir por uns tempos, pois era muita pressão em sua cabeça, mas ela não podia se dar à esse luxo, pois precisava trabalhar para se sustentar já que saíra de casa ainda muito jovem para morar com Max, e mesmo a ruiva tendo uma boa relação com seus pais eles foram claros ao dizer que: ''Se você sair de casa terá que andar com as próprias pernas.'' E Karen, assim o fez e desde então, não pedira nada à seus pais, mas depois da morte de Max, tudo ficou mais difícil para a ruiva...
Fazia sol naquela tarde de verão e Karen, se preparava para um passeio pelo parque quando... Trin, trin, trin, seu celular tocara e mesma murmurou uma praga antes de atender...
__ Alô? - disse uma ruiva apressada enquanto colocava o relógio.
Uns cinco segundos de silêncio até que...
__ Karen?! Filha... me ajuda! Argh!!!!!!!!!! - alguém do outro lado da linha parecia ser torturado.
__ P-pai?! - o coração da ruiva vacilou em uma batida ao ouvir a voz agoniada de seu pai.
De novo o silêncio... Seguido por um barulho e um grito. Barulho: Parecia ossos quebrando. Grito: De uma dor absurda.
Karen, ficou em silêncio diante daquilo, pois simplesmente não tinha reação alguma...
__ Querida, ainda está aí? Nossa, o seu pai é um menino muito malvado! - o homem da voz modificada disse com gozação.
__ V-você está com meu pai?! - Karen indagou já certa da resposta.
Risos assustadores tomaram conta da ligação...
__ Olha, como a minha bonequinha de porcelana, é esperta! - o coração de Karen quase parou, pois ''Bonequinha de Porcelana'' era um apelido carinhoso que só seu pai usava devido ela ter a pele branca e cabelos ruivos bem cacheadinhos. Karen, então teve certeza de que seu pai realmente havia sido vítima daquele monstro que ela nem ao menos sabia o nome.
__ Deixe o meu pai em paz!!! - berrou uma ruiva assustada e revoltada.
__ Já já ele estara em paz, querida! - o sarcasmo naquelas palavras era quase mortal.
__ O que você quer dizer com isso?! - ela perguntou nervosa e com medo da resposta.
Nenhuma resposta foi dada Karen, apenas ouviu um grito seguido por um tiro e...
Tun, tun, tun...
Continua...