A epidemia Ultima parte

Josh andava de um lado para o outro, tentando achar uma solução para saírem dali.

-Na verdade -disse Dana -como estamos em baixo da terra, o míssil não nos atingirá. O problema é que o helicóptero irá explodir e aí o governo não irá saber o que aconteceu. – Dana olhou para Josh – Você ouviu o que eu disse?

Josh estava fitando o teto.

-O que você está vendo?

-Lá em cima tem um buraco. O que é?

A mulher se levantou do sofá e foi até ele. Olhou para cima. Uma abertura mostrava alguns fios elétricos.

-É um duto de fiação. – ela olhou para ele. – Você não está pensando em subir lá em cima. Está?

-É a única solução.

-Mas e Luna?

-Eu subo sozinho. Para onde dá o outro lado?

-O outro lado é a garagem.

-Assunto resolvido – ele pegou uma cadeira, e arrastou uma mesa.

-Mas Josh, como você vai nos tirar daqui?

Ele nem ouvia. Subiu na mesa, pos a cadeira em cima e subiu. Tirou alguns fios que estavam expostos e se pendurou no buraco.

-JOSH! Você pode levar um choque!

-É A ÚNICA SOLUÇÃO! – gritou ele já quase dentro do buraco.

Dentro do duto, Josh ficou espremido. Fios emaranhados estavam roçando em sua cara.

-ESTÁ MUITO ESCURO!

Contorcia-se que nem uma cobra, indo sempre pra frente.

-ESTOU VENDO UMA LUZ! DEVE SER A GARAGEM!

Dois metros depois ele chegou a uma janela de ferro, com varias aberturas, que era onde a luz vinha.

-ESTÁ TRANCADA! DROGA!

Ele se contorceu todo, ficando assim com as pernas de frente para a janela. Começou a dar pontapés no negocio, que por sorte era frágil e caiu.

-CONSEGUI!

Dana quase pulou de alegria, finalmente iriam sair daquela sala. Pegou Luna no colo. Quebrou o vidro de um dos carros e entrou. A chave estava na ignição. Ligou o veiculo e começou a acelerar sem botar o pé na embreagem.

-Espero que você esteja longe da parede. – ele murmurou

Dana estava sentada no sofá, brincando com Luna. De repente aquele estouro. A parede se desmanchou, um pó branco se espalhou pela sala. Ela se encolheu toda juntamente com Luna; que começou a chorar.

-RÁPIDO!

Dana viu que Josh estava no carro que tinha atravessado a parede. Ela não perdeu tempo e entrou no veiculo.

-VOCÊ É LOUCO? – ela gritou.

-Era a única solução! Hora de dar no pé.

Ele deu ré, entrando novamente na garagem e saindo pelo portão.

Meia hora depois eles chegaram onde estava o helicóptero.

-Finalmente! – ela disse.

Desceram do veiculo e foram até a aeronave. Dana percebeu que a porta estava aberta e o vidro um pouco sujo de sangue.

-NÃO! – ela gritou.

Entrou no helicóptero. Estava vazio. Virou-se para Josh; que estava com Luna no colo.

-O piloto morreu.

Nesse momento alguém agarrou a cabeça dela.

-AHH!!

-DANA!

O infectado tentava morde-la, mas não conseguia. A mulher conseguiu tirar a arma do coldre e atirar na garganta da pessoa. Sangue jorrou e o infectado caiu. Olhou par ver quem era.

-JEFFERSON!

-Ele era seu chefe?

Ela assentiu.

-O desgraçado ia fugir sem nós.

Viu no pulso do morto um relógio. Tirou-o.

-Ah, não!

-O que foi?

-Quinze minutos para o missil atingir a cidade.

-Precisamos sair daqui rápido!

-MAS COMO? – ela se alterou. – Se o piloto provavelmente está morto.

-Eu acho que já sei. – ele entrou na aeronave. – Me ajude a tirar o cara aqui de dentro.

Ele botou Luna no banco traseiro, e pegou Jefferson, arrastando-o para fora do helicóptero. Por uma fração de segundo, o infectado acordou e mordeu o dedo indicador dele. Josh recuou e caiu no chão.

-AH!

-MERDA! – gritou Dana.

Ela sacou a arma e dessa vez atirou na testa do cientista. Agora ele estava morto.

-JOSH, VOCÊ ESTÁ BEM?

-ELE ME MORDEU! O DESGRAÇADO ME MORDEU!

-Precisamos sair daqui. RÁPIDO! FALTAM DEZ MINUTOS!

-VÁ VOCÊ! Cuide de Luna.

-Josh, eu não sei pilotar helicóptero. Quer dizer, ambos não sabemos.

O homem se levantou.

-Na verdade eu sei.

-Você sabe?

-Eu pilotava avião. Jogava agrotóxicos nas plantações da minha fazenda. Helicóptero não deve ser diferente...

-ENTÃO VAMOS!

-Dana, ele me mordeu! Eu não posso ir.

Com raiva a mulher bateu com a mão na porta do helicóptero.

-MERDA!

Olhou para uma maçã caída no chão da aeronave. Provavelmente o piloto teria trazido para comer. Viu que também tinha um canivete, onde ele cortava os pedaços. Ela teve uma idéia. Subiu, e pegou o objeto. Voltou para Josh.

-Eu tenho uma idéia.

-Que idéia?

-Olha, isso pode doer um pouco, mas é a única solução.

-O que você está falando?

Ela estendeu o canivete.

-O que você vai fazer?

-O vírus não deve estar circulando pelo seu sangue, ainda. A única maneira de evitarmos que isso aconteça seria amputar seu dedo.

-Dana, não...

-É A ÚNICA SOLUÇÃO. Pense em Luna. O que seria dela sem você? Josh, é uma dor que vai valer a pena.

Dana estava começando a chorar. Josh também.

-Tudo bem. – ele estendeu o dedo ferido.

Ele virou para o lado. Os segundos que se passaram foram de extrema dor para ele. Gritava que nem um porco sendo morto.

-AHHHH!!MEEERDA!

-JÁ VAI ACABAR!

O dedo caiu no chão.

-Pronto! Vamos – ela o pegou pelo braço e o levou até o helicóptero.

-Temos quatro minutos. Ponha essa aeronave para funcionar.

-Estou com dor. Muita dor.

-JOSH, EU SEI! MAS... Pense em Luna.

Ele olhou para os painéis.

-Eu não sei se consigo.

-Você disse que conseguiria. Vai rápido. Faltam três minutos.

Hesitante, ele ligou o helicóptero. As hélices começaram a sacudir.

-RÁPIDO! Levante voo.

Dana foi para o banco de trás, a fim de ficar com Luna.

-Temos um minuto – falou ela, olhando para o relógio de Jefferson.

O helicóptero começou a levantar.

-Você consegue, Josh. Vamos lá! – ele falava para si mesmo.

Estava suando e seu dedo amputado, fazia com que os painéis ficassem sujos de sangue. Dana percebeu que estavam a uns dez metros do chão. Olhou pela janela e viu uma espécie de foguete vindo.

-O míssil esta vindo!

O helicóptero subiu mais e mais. A mulher olhou para o míssil e viu-o atingindo a cidade. Uma explosão ocorreu. Luzes vermelhas fizeram Dana se virar para não ficar cega. O helicóptero começou a sacudir.

-NÃO!!! – ele gritou

Alguns botões começaram a piscar. Sinal de pane.

-NÓS FOMOS ATINGIDOS! – gritou Dana.

Luna começou a chorar. Josh pegou o intercomunicador.

-Precisamos de ajuda! Alguém está na escuta?

Uma voz imediatamente respondeu:

-Quien habla? Rodruigez?

-Precisamos de ajuda. Rápido! Piloto está morto!

Segundos de espera. Depois outra voz falou:

-Aqui é o comandante Luigi. O que houve?

-O helicóptero está chacoalhando todo. Acho que sofremos uma pane.

-Tem um botão à direita que diz: Emergência Aperte.

Josh viu o botão e apertou. O helicóptero voltou ao normal.

-Voltou ao normal.

-Ótimo. Quem está falando?

-Meu nome é Josh. Estou com minha filha de cinco meses e também uma policial.

-Onde está o piloto?

-Ele morreu. Senhor, nós somos os únicos sobreviventes da epidemia.

Dana olhou para baixo. A cidade estava puro pó. O comandante guiou Josh, e assim eles chegaram ao Chile. Foram recebidos pelo governo e pela imprensa. O mundo todo só falava daquela maldita epidemia e do míssil que tinha dizimado um estado inteiro. Meses depois, Josh, Dana, e até Luna, receberam uma medalha de honra e de bravura.

FIM!!!!

Bauer
Enviado por Bauer em 24/12/2010
Código do texto: T2689961
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