A epidemia Parte 4
Dana e Tob estão em uma sala, juntamente com Jefferson; o cientista chefe. A mesa era oval, e tinha uma tela branca atrás deles.
-Bom - dizia Jefferson – eu chamei vocês aqui, porque tenho uma boa noticia.
Ele ligou um projetor. Na tela, apareceu um mapa. Ele apontou com uma caneta laser.
-Aqui é onde nós estamos. Juntamente com o vírus. A boa noticia é que ele não se alastrou para fora do estado.
-Mas em breve ele vai. – murmurou Tob.
-Se os infectados conseguirem morder ou chegar até o outro estado, sim. Mas, se conseguirmos impedir...
-Como iremos impedir? – disse Tob. – Matando um por um? É impossível.
-Tob, deixe-o falar – disse Dana.
Jefferson fitou os dois e em seguida voltou a falar.
-Eu consegui falar com o governo da Coréia do norte...
-SÉRIO? – Tob se inclinou – QUE LEGAL!
-TOB, PARE! – Dana gritou.
Ele se ajeitou na cadeira.
-Pode continuar. – ela falou.
-Bom, eles disseram que irão mandar um míssil nuclear para cá.
-COMO ASSIM? – Dana ficou chocada.
-É a única solução, Dana.
-Mas nós vamos morrer.
-Não se esqueça que estamos no subsolo.
-Mesmo assim...
-EU TAMBEM – Jefferson aumentou o tom de voz, fazendo Dana parar de falar – Falei com o governo do Chile, que é nossa fronteira, e eles irão mandar um helicóptero dentro de uma semana. Assim, iremos imigrar para lá, fugindo assim, da epidemia e do míssil.
-Pelo menos isso – disse Tob.
-Mas temos umas vinte pessoas no laboratório. Cientistas, médicos...
-O helicóptero ira transportar no máximo quatro pessoas. Quando essas pessoas chegarem, ele volta e pega mais quatro.
-O governo não pode fornecer mais de um? – perguntou Tob.
-Infelizmente não. Os gastos são altos.
Tob se levantou.
-Pelo menos já temos a solução dessa epidemia.
-É verdade. – concordou Dana. – E como fica a pesquisa do arsênico? Não se esqueça que temos alguns cientistas nossos que ainda estão pesquisando.
-Irei mandar cancelar. Não se preocupe.
Um homem alto entrou na sala.
-Com licença, a equipe de pesquisas encontrou um homem que caiu de um prédio. Trouxeram-no para cá. Não tem problema?
-Claro que não – disse Jefferson – Dana e Tob – ele fitou os dois – Quero que vocês descubram de onde ele vem.
-Tudo bem, senhor. – eles disseram.
Minutos depois, já fora da sala, Dana perguntou ao homem.
-Onde ele está?
-No momento está na sala de exames. Parece que quebrou o braço, e também estão colhendo amostras de sangue. Acho hoje não poderão interrogá-lo.
Dana foi para seu quarto, as paredes eram de concreto e tinha uma cama e uma mesa de anotações, e Tob foi junto.
-Ficou feliz com a noticia?
-Qual? A do homem que encontraram ou a do míssil?
-A do míssil.
-Bom, estou. Felizmente essa epidemia irá acabar.
-É. Mas é estranho nos mudarmos para o Chile.
-Na verdade, acho que não vamos nos mudar. Iremos ficar lá por um tempo.
Depois de conversarem mais um pouco, Tob saiu. Ele era alto, loiro e olhos azuis. Dana tinha altura mediana, cabelos pretos e longos e seus olhos eram castanhos. Os dois eram da polícia, antes da epidemia, mas quando o vírus foi liberado, eles foram convocados a trabalhar no laboratório subterrâneo. Suas principais funções eram investigar prováveis tipos de contagio e matar as pessoas infectadas.
Três dias depois.
-Podem entrar. – disse a enfermeira.
Dana e Tob entraram no quarto. O homem estava em uma cama, que estava envolvida por um plástico devido a riscos de contagio. Ele estava com uma roupa verde e tinha uma sonda no nariz. Estava com soro.
-Qual seu nome?
O homem estava um pouco tonto.
-Josh.
-Muito bem, Josh. O que aconteceu com você? – Tob perguntou.
-Eu caí de um prédio. Estava fugindo.
-Fugindo de quem?
-Dos infectados. – ele fitou os dois – Quanto tempo faz que estou aqui?
-Três dias. – Dana respondeu.
-Meu Deus – ele murmurou – Minha filha.
-O senhor tem uma filha?
-Ela esta sozinha. Eu preciso salva-lá.
-Quantos anos ela tem?
-Cinco meses.
Dana sentiu uma pontada no peito. Josh começou a chorar.
-Por favor, resgatem ela. Minha mulher e filho estão mortos. Ela é minha única razão de viver.
-Sinto muito, mas não podemos...
-EU QUERO ELA! – ele começou a se debater na cama. – EU QUERO SAIR DAQUI!
-ACALME-SE! – Dana gritou – Por favor!
-EU QUERO VER MINHA FILHA!
Tob foi para a porta e chamou ajuda. Em seguida, uma enfermeira veio e injetou um tranquilizante em Josh. Ele se acalmou e caiu no sono.
-Melhor vocês voltarem outra hora. - ela disse
Dana e Tob foram para suas salas. Ele viu que a parceira estava pensativa.
-O que foi?
-Estou preocupada com a filha dele.
-Dana, a filha provavelmente está morta.
-E se não estiver? E se ela estiver viva?
-Dana, esqueça! Nós não vamos ir atrás do bebê. Eu sei que é difícil, mas é nosso trabalho. E é perigoso demais.
Eles ficaram um tempo se olhando.
-Vou buscar uma água. Você quer?
-Não, obrigada.
Ele saiu. Dana abriu uma gaveta e tirou uma foto. Uma criança de um ano aparecia sorrindo.
-Que saudades de você, filho.
Ela acariciou a foto. Meia hora depois ela foi até a sala de exames.
-Boa tarde, Wu.
-Boa tarde, Dana.
-Eu gostaria de saber se o exame de Josh , já esta pronto. Quero saber se ele está infectado.
-Um momento. – ele chocou o computador. – Ainda não. Amanha, acredito, que estará pronto.
-Muito obrigado.
Antes de deitar, Dana foi até sua sala e tirou a fotografia do filho.
-Eu vou fazer isso por você. Espero que dê certo.
Ás 2h ela entrou no quarto de Josh. A enfermeira da madrugada estava em uma saleta, lendo uma revista. O homem estava dormindo, mas acordou ouvindo um barulho de um plástico sendo remexido. Dana estava tirando a proteção.
-O que você está fazendo?
-Eu vou levá-lo até sua filha.
Ele não conseguiu esconder o sorriso.
-Sério?
-Eu perdi o meu e sei que é difícil. Agora vamos, antes que alguém veja a gente.
Ele tirou o soro, e a sonda. Ficou de pé; um pouco cambaleante. Seu braço estava engessado. Dana abriu a porta.
-Não faça barulho. Fique quieto.
Eles passaram, agachados, pela sala, onde estava a enfermeira; que dormia. Dana chegou ao elevador. Os dois entraram e ela apertou um botão. Em seguida, eles saíram em uma garagem. Ela parou e Josh também.
-TOB! – ela gritou – O que você está fazendo aqui?
-Eu sabia que você iria ajudá-lo a fugir.
-Você não vai me impedir.
-Dana, você vai morrer lá fora! Não posso deixá-la sair.
Ela se aproximou dele.
-Tob, deixa de besteira.
-Eu não vou deixar você ir.
-Você não manda em mim.
Ele sacou sua pistola.
-Não me obrigue a atirar.
-Você não pode estar falando sério. – ela disse.
-Eu te amo. Não faça isso. Por mim.
Dana olhou para o lado e viu que Josh tinha sumido. Tob também percebeu.
-Cadê ele? – ele perguntou.
Sentiu um impacto na cabeça. Josh tinha batido com um tijolo em sua cabeça. O policial caiu e desmaiou.
-Não tenho tempo para paixões platônicas. – ele disse. – O que eu quero, agora, é salvar minha filha. Vamos, moça. Pegue um carro.
Os dois entraram em um carro de polícia e saíram da garagem subterrânea. Tob acordou a tempo de ver o carro sair. Levantou, pegou a arma e entrou em outro veiculo. Começou a seguir Dana e Josh.
CONTINUA...