A epidemia Parte 3

Josh e Silvia conversavam no caminho.

-Você sabe o que realmente aconteceu? – ele perguntou.

-Não sei direito.

-Eu li, antes de você aparecer, sobre um tal de armenico, arli...

-Arsênico. – corrigiu ela.

-Isso. Que um laboratório subterrâneo estava fazendo pesquisas com o arsênico e aconteceu uma falha...

-Eu não entendo muito dessas coisas. Só sei que esses malditos cientistas ferraram com a vida de muita gente.

-O que será que aconteceu com eles?

-Não sei. Olhe, chegamos.

Eles pararam em frente a um prédio de quatro andares.

-Está tudo escuro. – ela disse.

-Mesmo assim, eu vou entrar.

Os dois desceram do carro. Chegaram à porta de entrada.

-Está emperrada. – ele disse.

Ela deu a volta.

-Tem uma janela aqui.

Ele foi até Silvia. A janela ficava a dois metros deles.

-Se você me ajudar, eu consigo entrar.

A mulher tirou os saltos e subiu em cima dos ombros de Josh. A janela estava quebrada. Ela entrou. Josh foi para frente novamente; esperando que a moça abrisse a porta.

-Está pregada com madeiras. – ela disse do outro lado.

-Droga – ele gritou.

-Espere um pouco.

Segundos depois, um machado atravessou a porta. Josh levou um susto. A porta da frente foi destruída.

-Pronto, entre.

Pelos escombros, Josh entrou. A sala da delegacia era enorme. Estava abandonada. No centro tinha uma mesa, onde provavelmente ficava algum policial, e também tinha um globo enorme que dizia: AQUI VOCÊ ESTÁ SEGURO.

-E agora, para onde vamos?

-A sala dos policias deve ser dentro de uma dessas portas. Venha – ela puxou a mão dele – Vamos.

Entraram em outra sala, eles viram uma mesa enorme com varias cadeiras e computadores; estava toda bagunçada.

-Não tem ninguém aqui – ela disse.

Eles ouviram um barulho. Josh notou que tinha uma sala envolvida por um vidro. Na porta dizia: Delegado. Os dois se aproximaram. Viram um homem fardado, sentado no chão. Estava com pressionando a barriga; que estava sangrando. O homem olhou para eles.

-Me ajude. Por favor.

Josh foi abrir a porta, mas Silvia impediu.

-Ele foi mordido.

-Ele pode me ajudar. Saber onde tem resgate.

-Deixa de ser idiota. Não abra a porta!

-Por favor – o homem chorava – Me ajude.

-Eu preciso ajudá-lo.

-Você não vai ajudar porque ele já esta morto!

Ele se virou de frente para ela.

-Quero ver você me impedir.

-Eu não vou impedir. Porque será a sua escolha. A escolha para a morte.

Nesse momento, o homem se atirou no vidro. Os seus olhos estavam vermelhos. Ele grunhia que nem um animal.

-EU DISSE! Vamos sair daqui.

Tinha um corredorzinho pequeno e uma porta. Eles entraram.

-MEU DEUS! – ela gritou.

Josh olhou e viu que tinha outro corredor enorme, e que para atravessar teriam que passar por celas; que tinha pelo menos três infectados.

-E agora? – ele perguntou.

-Agora nós voltamos – ela pegou no trinco; que caiu.

-Quebrou – falou em pânico – O trinco quebrou.

-Calma – disse Josh – Podemos atravessar. Vamos passar encostado na parede.

Eles se escoraram e começaram a caminhar de lado. Os infectados estendiam o braço; ficando a três centímetros do rosto de Josh e Silvia.

-Calma. Já estamos chegando.

As celas terminaram e tinha outra porta. Era de ferro.

-Está trancada. Deve ter alguma chave.

Josh viu que tina um chaveiro em uma mesa, onde provavelmente ficava algum guarda cuidando dos presos.

-Achei.

Pegou e voltou à porta. Nesse momento, as celas se abriram. Silvia gritou.

-RÁPIDO!

Josh tentou a primeira chave, não deu. Os infectados vinham como loucos. Na sexta tentativa Josh abriu a porta. Os dois entraram correndo. Um dos infectados, conseguiu ficar entra a porta, assim ela não fechava. O casal subia correndo pelas escadas de incêndio. Silvia tropeçou e caiu.

-AI!

Josh a pegou, que deu um berro.

-Você torceu o tornozelo.

Os infectados vinham subindo as escadas.

-Vá! Pode ir.

-Venha, se apóie em mim.

-NÃO! Ajude sua família. Fuja! Obrigado.

Hesitante, Josh largou Silvia. Recuou e continuou subindo. A moça, ainda, tentava subir, mas não conseguia. Os infectados chegaram até ela. Agarram seus pés.

-AHH!! – ela gritou.

Um caiu em cima dela, em seguida mais outro e mais outro. Segundos depois eles saíram de cima dela; estava coberta de sangue.

Josh chegou ao telhado. Olhou para baixo. Não podia pular. Voltou para o corredor. Os infectados estavam subindo. Estava encurralado! Voltou a olhar para baixo.

-Eu não posso pular.

De súbito, olhou para o céu. Estava amanhecendo. Ele se virou e viu que os infectados já estavam no telhado.

-Droga!

Ele não tinha alternativa, a não ser pular. Viu o Chevrolet lá em baixo. Se ele pulasse em cima do carro, ele não se machucaria tanto. Ou se machucaria? Os presos estavam a cinco centímetros dele.

-Seja o que deus quiser.

Pulou. Caiu em cima do carro, mas pela violência da pancada, foi parar no asfalto. Ficou gemendo de dor, até ver tudo escuro. Quando acordou novamente, estava deitado em uma maca sendo levado para algum lugar. Viu dois homens, ou mais, de branco com mascaras. Josh ouviu poucas coisas:

-Será que ele está infectado?

-Precisamos examiná-lo.

Ele tentou falar, mas não conseguia. Estava tonto e com dores. Não viu mais nada. Desmaiou novamente.

Continua...

Bauer
Enviado por Bauer em 20/12/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2682406
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