O livro das maldições - Doutor Boris Espavier
Às 14:00h já estavam reunidas na casa de Sabrina, pois como Danny e Sara diziam ela era a riquinha do trio, tendo uma casa duas vezes maior que das outras, com mais privacidade, pois seus pais estavam sempre em viajem. Sentaram no chão da imensa biblioteca de Mario pai de Sabrina, ao redor do misterioso livro. Sara quebra o silêncio ao dizer como que hipnotizada pelo livro –vamos abrir. Disse com tom sombrio.
O livro tinha 30cm de largura e 60cm de altura. Nas quatro pontas, tanto nas da frente como nas de trás, havia uma pedra negra do tamanho de uma unha e em cada centímetro do livro havia inscrições em latim e mais uma língua que não reconheceram. Sabrina sempre fora a mais sensível das três, e com receio, pressentindo o que estava para acontecer não escondeu suas preocupações.
-Danny, Sara, por favor, estou sentindo uma coisa ruim em relação a esse livro, olhem estas escritas, parece latim, e esta, nunca vi nada igual – Sabrina mediante o silêncio das amigas prosseguiu – olhem se agente vender este livro por um bom preço a algum estudioso do ramo, tenho certeza que vamos ganhar uma boa grana, o que acham? Finalizou tentando parece animada.
Sara e Dannyelle se entreolharam e foi com ar de profunda pena que Sara retrucou.
-Sabrina eu sei que quando não te ouvimos sempre nos metemos em confusão... – Dannyelle emendando a fala de Sara prossegue – é, e sabemos que prometemos sempre te ouvir, mas Sabrina... Desculpe.
E num rompante de indignação Sabrina diz em tom áspero.
-É eu devia esperar isso de vocês...Vocês são impossíveis. E se esse livro despertar os mortos? Ou soltar uma maldição vampírica? Ou o vírus da licantropia? Não pensam que este livro pode ser uma caixa de pândora.
É, mas infelizmente suas amigas não estavam tão preocupadas, e com tom sonbeteiro se puseram a desvendar os mistérios do livro. Usaram faca, martelo, fogo, mais nada fez o livro abrir. Faltavam 15min para às 16:00h, quando Dannyelle percebeu uma ponta de papel, de cor indefinida saindo de dentro do livro.
-Olhem! É um pedaço de papel!
-Puxa com cuidado – advertiu Sara olhando fixa para as mãos da amiga puxando o papel. – Sabrina curiosa entra na conversa.
-Não. È uma folha. Está dobrada?
-Sim – diz Dannyelle sem olhar para ela, e com um sorriso travesso diz –
-Meninas, temos que achar um tradutor – suas amigas a olharam ao mesmo tempo em que pegaram a folha e viram que estava com umas inscrições tomando apenas 5 linhas.
Na internet pesquisaram nomes de tradutores que moravam próximo e após 1h de pesquisa encontram.
Doutor Boris Espavier de descendência italiana, nascerá no Brasil, porém foi para a Itália quando bebê. Alto, esguio, excêntrico. Não imaginava que aquele dia 05 de setembro iria marcar sua vida assim que abrisse a porta para aquelas três lindas meninas.
Doutor Espavier reside no Brasil há 25 anos. Após se formar no curso de línguas antigas e arqueologia, resolveu voltar a sua terra natal, e foi onde conheceu sua amada esposa Eluhá. Há 5 anos sua esposa foi dada como morta, após seu misterioso desaparecimento.
É noite, Boris está no meio de seu jardim. Uma neblina está surgindo de todos os cantos. Está adquirindo várias formas. Vê uma conhecida. “Eluhá” grita emocionado. A sombra se vira e com desespero o adverti “fica longe do...” Dim-dom. Boris acorda assustado e intrigado com o sonho “ ficar longe...Mas do que?” Dim-dom. Irritado por se tirado de (segundo ele) seu belo sonho, se levanta de sua cadeira de balanço postada na varanda dos fundos que dá frente para um jardim harmonioso. Ao olhar pelo olho mágico se pergunta “o que três mocinhas fazem aqui? Vendedoras?”. Se assustou ao ver derrepente um olho.