HORROR NO PRÉDIO
 


 
A mulher soltou um grito e saiu espaventada do banheiro. Assustada, a filha veio do quarto e as duas se chocaram no corredor. Gritando, saíram pela a porta da cozinha, O zelador, que descia pelas escadas, se prontificou a ajudá-las. Pé ante pé entrou, verificou minuciosamente todos os cômodos e voltou dizendo não ter visto nada. Mas ela insistiu e lhe estendeu o tubo de spray. Então ele foi até o banheiro e espargiu inseticida não só no ralo como em todo o piso. Disse que não tinha barata nenhuma e se alguma lá houvesse, agora já estaria morta. Podiam ficar sossegadas.
 
Passado o susto, cada uma retomou suas atividades. Depois saíram. Quando a mãe voltou, quase teve um ataque. Em zig-zag a barata se movia na sala e por ali ela não passaria de jeito nenhum! De marcha a ré, fechou a porta e começou a tocar freneticamente a campainha da vizinha. Ao mesmo tempo gritava que alguém precisava matar a barata... Do lado de dentro, de olho no olho mágico, a vizinha também se pôs a berrar. Baraaaata???... Não abro a porta! Não abro! Não abro! Nem morta! 
 
Ouvindo aquela gritaria e sem entender bem do que se tratava, outros vizinhos se assustaram e o prédio ficou em polvorosa. Logo apareceu o zelador acompanhado de um faxineiro. Encolhida num cantinho do hall, a mulher pediu que eles entrassem no apartamento, mas recomendou que abrissem a porta com todo cuidado. E assim foi feito.
 

Bem no meio da sala jazia mortinha a causadora de tanto alvoroço...





imagem:google