O disfarçe da morte

"Droga!"Pensou Luna quando a policia bateu em sua porta.Não,eles não iam pegá-la.Mais de 28 assassinatos para acabar agora numa cadeia.Não!Isso nunca.

Acabando de mutilar o corpo em cima da mesa e guardando a cabeça na geladeira ela pensou.

"Eu tinha meus motivos,todos mereciam morrer!"Pegando sua conhecida mochila preta ela pulou a janela lateral e desceu pela escada de incêndio até um beco atrás de seu apartamento,pulando o pequeno muro ela saiu em uma avenida movimentada.Em sua mente vinham imagens,desse ultimo,o cara se oferecera para levar sua cesta de compras.Idiota,dois minutos depois estava chamando pela mamãe enquanto ela abria um corte do umbigo ao pescoço.

Soltando os cabelos,ela entrou em uma loja de artigos eletronicos.Quando ela começou a tirar sua pele ele cravou as unhas nas palmas,aquele machão se transformava em donzela diante da tortura. Dois policiais passaram por ela sem nem lhe dirigir a palavra.Mas algo no rosto de um deles lhe chamou a atenção,sim era o Simon,ele a conhecia logo iria percebê-la ali.Simon era muito esperto,ela ainda podia sentir a tara de torturá-lo pulsando em sua veias.

Luna se apressou em sair da loja,tarde demais ja fora vista e Simon saia em seu encalço.O incançável Simon,um dia ele ainda estaria deitado em sua cama vendo enquanto ela se banhava no sangue dele.

Não ele não iria pegá-la,sua terrivel burcite ja se mostrava e ele parou cheio de dor.

Luna porém pulou mais duas cercas e entrou no patio de um asilo conhecido.Ali ela encontrou Sam,velho conhecido das ruas,ele lhe sorriu dizendo.

- Dia agitado Adelaide?Fazia tempo que eu não a via por aqui... - Ela podia ver a fileira de dentes afiados e amarelados com os quais ele custumava mastigar suas vitimas...Vivas.

-Nossa Sam nem me fale,faz tempo que não ouvia meu nome verdadeiro.Hoje foi um dia corrido,encontrei o Simon mas ele ja não é mais o mesmo...

- E os outros policiais nem lhe notaram? - Falou Sam tirando a sujeira das unhas com a ponta de uma faca de caça.

- Claro que não. - Disse ela sentando em uma cadeira de balanço,tirando um xale branco da mochila e o colocando nos ombros. - Afinal quem ia desconfiar de uma pobre velhinha...

E assim Adelaide ou a outrora temida Luna fechou os olhos para sua soneca da tarde.Nem parecia que cinquenta anos e 28 vitimas haviam passado...