Linhas Vermelhas

Judy sentia dor mas não conseguia gritar porque sua boca estava costurada,respirar ja lhe era insuportável...Pensar lhe era quase sobre humano,mas tinha que fugir,precisava fugir.

O doutor ligou uma luz acima de sua cabeça,a luz machucou seus olhos,algo insignificante perto dos outros machucados,ela ainda sentia seus dedos latejarem pela falta das unhas brutalmente arrancadas.

- A quanto tempo vem tendo esse tipo de pesadelo? - Perguntou o doutor.

Judy so chorou,sua boca estava costurada,o doutor prendera suas palpebras para que ela não fechasse os olhos,sua visão estava turva.O doutor pegou um alicate e repetiu a pergunta,sem resposta ele pegou uma das unhas arrancadas de Judy num pequeno pote e com o alicate enfiou a unha na carne lacerada do dedo a que pertencia.

- Fale Judy!Fale ou não poderei ajudá-la!

Judy gritou mas so sairam barulhos abafados,sua boca doeu enormemente,mais do que suas mãos.O doutor estava "recolocando" as outras unhas,cravando-as fundo,o sangue brotava aos montes.

- Diga Judy!A quanto tempo!

Judy esperou,o doutor se aproximou e quando estava a centimetros do rosto dela ela lhe deu uma cabeçada,o doutor se afastou,uma linha vermelha descia por sua testa.Judy se remexeu na cadeira,pulou e se sacudiu.A cadeira tombou de lado,as amarras soltaram,ainda meio zonza ela levantou.O doutor correu para segura-la mas ela tinha pego o alicate...Em segundos o instrumento estava enterrado no pescoço do doutor,o sangue esguichava,pedacinhos de pele e musculo se soltavam...Judy caminhou ate a mesa de instrumentos,pegou um bisturi e abriu os pontos de sua boca.Não importava mais a dor,não importava mais o medo...A ferida estava aberta então agora que sangrasse...

- Eu não tenho pesadelos...- Ela disse saindo do consultorio.

A recepcionista quis dete-la mas Judy lhe enfiou o bisturi num dos olhos,o sangue quente e vermelho envolveu sua mão,Judy teve nojo.Mas não importava porque agora ela aprendera que os sonhos nunca terminam a menos que se acabe com eles...