(Ela) No Museu
No museu
Eu a observei por todo o percurso e tempo em que estivemos dentro do museu. O passeio pelo corredor pôde nos distrair um pouco. Ao contrário do que poderiam pensar, na penumbra do local eu não vi nada. Mas pude sentir a manifestação de algo estranho. Estranho, sim, e como. Estranhíssimo. (Diabos... Essas coisas parece que me perseguem.)
Sob a luz da câmara central (com suas paredes brancas que brilhavam mais que mil sóis, embora fossem pintadas com tinta fosca), algo deve ter saído dela. De seu corpo. Não entendi. Como não entendo. Parada, a ler um livro que tirou da antiga estante de madeira, permanecia tranquila e sem fazer o menor ruído. Não entendo. A energia que emanava de sua cabeça me deixava um tanto tonto. Quanto mais eu a contemplava, mais a energia parecia se aproximar de mim. Não entendo -- ainda não. (Talvez nem meu leitor, meu interlocutor, ninguém, nessuno al mondo irá me entender. Mas seguirei. Ou... devo mesmo?)
A quem tiver coragem de ler o que segue...
A transição começou. Deus! A luz da lâmpada começava a contornar seu corpo. Desde a cabeça.
(Continua...)