MISTÉRIO DOS PELOS AZUL COBALTO
A cama t r em i a insistentemente, parecia que tinha vida própria, subia e descia, como num filme de terror, não sabia se eu estava acordado ou tendo um pesadelo, a sensação era de total pavor, meu corpo começou a inchar, como se estivesse tendo uma forte crise alérgica, percebi que não podia me levantar, era como se estivessepreso aquela cama insana, mas, não haviam amarras ou sequer al ge mas, que me prendessem a ela. Fui mudando de cor, ganhando um tom azul escuro, meio azul cobalto, um rabo peludo comprido, me crescia com dolorosa ousadia, começaram a aparecer pelos em meu dorso e membros, a barriga minguando como que sendo sugada para dentro, uma dormência na nuca, os pés se transformaram em patas enormes e de um azul ainda mais escuro, um membro fálico um tanto quanto torto se e s t i c a v a com uma ardência insuportável, me debatia o quanto possível, mas, a transformação estava se completando, em meu rosto foi nascendo um focinho, tal qual dos lobos e a boca com dentes pontudos logo se fez perceber, um som estridente, vindo não sei de onde, me fez acordar enxague e com o coração pulando dentro do peito, ainda bem, que era um pesadelo, me levantei, fui até a cozinha bebi um longo copo d`água, e retornei ao meu quarto, a visão que tive, me assustou ainda mais, o lençol estava molhado de suor azulado e cheio de pelos, então, com um grito sufocado dentro da garganta, c o r r i para o quarto de meus pais e apesar de adolescente, pedi, posso dormir aqui?
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2015.
A cama t r em i a insistentemente, parecia que tinha vida própria, subia e descia, como num filme de terror, não sabia se eu estava acordado ou tendo um pesadelo, a sensação era de total pavor, meu corpo começou a inchar, como se estivesse tendo uma forte crise alérgica, percebi que não podia me levantar, era como se estivesse
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2015.