A maldição de Darkhome

Sentada numa cadeira perto da janela Catherine se perde em seus pensamentos.Não acreditava que finamente tinha comprado a fazenda de seus sonhos.Catherine adorava cada pedaço do chão de Darkhome,ali ela sentia paz.

Levantando da cadeira ela vai até a varanda dizendo “chega de sonhar mulher,você tem que cuidar do que comprou.”

Ela andou um pouco pelo pomar da fazenda,admirando cada árvore,cada folha,cada momento ali.Chegou em um lugar cheio de arbustos,onde se plantava amoras silvestres,andando por ali ela colheu algumas amoras comendo-as pelo caminho.Os arbustos ficaram mais altos e fechados,Catherine começou a se sentir mal.Claustrofóbica ela evitada lugares muito fechados e apertados,o sol estava quente,Catherine suava,já em desespero ela tenta sair daquele lugar de todas as maneiras,em vão,tudo aquilo parece um labirinto.

Algumas folhas se mexem assustando a bela moça que vê a silhueta de um homem passar por entre os arbustos,a sombra começa a passar mais rápido,cercando-a.Catherine grita por socorro,será que alguém podia ouvi-la?

O calor aumenta,ela ouve um assovio baixo de uma canção antiga,quase confortante se não estivesse naquela situação,Catherine já não agüenta mais,lhe falta o ar,a cabeça doi,ela sufoca aos poucos...

Um par de olhos verdes intensos para a centímetros dos seus,os lábios encostam,Catherine suspira e desmaia.O homem a ampara com um sorriso...

Catherine acorda ainda meio tonta,sentindo alguém lhe passar água no rosto.Ela vês três pessoas a sua volta.um é o capataz,uma negra alta e uma negrinha franzina que a olha com curiosidade.

--On...Onde estou?E quem são vocês?—Catherine está muito confusa com tudo aquilo.

--Eu sou Rosa senhora e essa é minha filha,Lua...A senhora desmaiou na plantação e trouxemos a senhora aqui.

--É verdade,aquela plantação de amoras,eu quase morri naquele lugar,lembre-me de cortar metade daquilo ali...

--A senhora,não adianta não,aquilo já faz parte da maldição,pensa que não tentamos cortar?Até colocamos fogo,não adianta não...—Fala o capataz olhando o cão.

Catherine se levanta e diz.

--Que besteira de maldição é essa?!

--Não contaram pra senhora?—Falou Rosa espantada.—Darkhome tem história dona Catherine...Darkhome tem história...

--Agora chega Rosa,não assuste a patroa com essas histórias bobas.Venha dona Catherine,a Lua vai lhe levar de volta a casa...

O caminho de volta a casa foi animado,Lua contou sobre as festas da fazenda e como seu antigo dono,o senhor Lyus era bondoso e como sua partida fora uma perda para todos.

Suada,cansada e cheia de terra,Catherine só pensa em um banho e sua cama.

Ela toma uma ducha fria e vai ao seu quarto,deita na cama imensa e em poucos minutos adormece.Ela sente como se algo a prendesse,acorda assustada,vê o chão molhado e não sabe de onde vem tanta água que cada vez sobe mais.

Logo a água já tinha invadido a cama,Catherine estava amarrada a esta com medo de se afogar ela se debatia cada vez mais forte na cama foi então que ela percebeu que junto com a água vinham bichos.Cobras,besouros,minhocas,baratas.Catherine respira fundo,tem medo de cada picada,continuou parada,chorando baixo e vendo a água subir...

Então a água finalmente chegou ao seu rosto cobrindo-o,Catherine se desesperou,não queria morrer,não!

Então o ar finalmente acabou,sua visão começou a escurecer e Catherine não viu mais nada.

Catherine se entregou as braços da morte,suas mãos afrouxaram nas amarras,sua cabeça pendeu e os lindos cabelos pretos repousaram na cama.A janela abriu e um homem alto entrou,seus cabelos eram muito loiros e os olhos eram verdes intensos.Ele soltou as amarras dos pulsos de Catherine,tirou-a da água,beijou-lhe o rosto molhado e disse.

--Me desculpe minha bela mas de que outra forma eu poderia aperfeiçoar seu ser?

Catherine acorda assustada,que sonho estranho teve.Ela toca em seus cabelos estão ensopados,seria suor?No seu pescoço uma fina tira de cetim branca,nos pulsos duas fitas de cetim pretas,Catherine vai até o espelho desprendendo a fita do pescoço,no espelho um susto.No seu pescoço uma marca,muito igual a uma aranha,a marca é quase imperceptível mas não muda o fato de estar lá.

Nos pulsos como cobras enrroladas estavam as marcas das amarras.As lágrimas caem dos olhos de Catherine que com medo se vira para olhar o homem sentado na janela...