Nos galhos da árvore

Alto, forte, bonito. Tudo aquilo não servia mais. Seu pescoço doía muito, e seus olhos lacrimejavam. Debatia – se com muita dor. Por quê? Por que fez isso? Seu espírito era bom, todavia sua mente era atormentada. Seu corpo todo travou e o pouco ar que lhe restava nos pulmões foi acabando. O corpo suado sentia o vento anormal e triste que se dava naquela madrugada. Aos poucos a vida foi saindo de Jonas.

Antes do fato olhou para os galhos da árvore e com lágrimas saindo de seus olhos pensou: Não tenho nada a perder!

Sua vida era um fracasso, namorada, emprego, doenças. Estava cansado disso! Seus cabelos longos estavam todos embaralhados. Olhava para a árvore com galhos fortes e belos. Esses mesmos galhos dançavam com o vento naquele dia trágico!

Ele estava pronto! Seria nesse dia que tudo iria acabar.

Foi então que, na manhã seguinte sua pobre e infeliz mãe foi até o quintal a procura de Jonas e viu o estado em que estava. Deu um gritou que despertou toda a vizinhança. Um grito de amargura e dor ao vê o corpo suado de seu querido filho pendurado por uma corda amarrada aos galhos da árvore! Suicídio! Agora seu corpo descansava ao vento da manhã.