Noite de "Augustos"

Era uma sexta-feira, 13 de agosto, e as coisas não estavam indo muito bem para mim, eu estava cansado, com dores no corpo e quase surtando e, mesmo com a chuva, resolvi sair para espairecer.

Não sei se por conta da densa e escura vegetação ao redor da estrada, pela qual eu seguia, o clima era frio e sombrio e a lua cheia brilhava ao céu, mas o vazio me fazia ir em frente sem importar-me.

Depois de caminhar por um longo período, deparei-me com um tenebroso cemitério, os galhos secos das árvores pareciam retorcer-se em agonia entre o barulho do vento e a melodia dos corvos.

Era quase 23h e eu cambaleava de cansaço, com as roupas pesadas e encharcadas avistei um caixão negro que permaneceu enxuto sob a única árvore que possuía folhagem, além de belas flores vermelhas como o carmim.

Decidi repousar um pouco no caixão, deitei lentamente, observando uma ultima vez ao meu redor, até encostar minha cabeça no estofado vermelho e meus olhos fecharam automaticamente...

O uivo de um lobo assustou-me e chamou minha atenção, ao olhar para fora do caixão, avistei um ser pálido, trajado de longas vestes negras como a noite, ele possuía olhos brancos como a neve, focados em mim.

Ele começou a se aproximar de mim, e eu observei manchas de sangue em sua roupa, com medo tentei correr, porem quanto mais eu corria, mais ele se aproximava, o céu se tornou vermelho como um rio de sangue, e a criatura me segurou, eu tentava escapar, mas a força dele era sobre-humana, era uma criatura dantesca! Eu estava enfraquecido pelo cansaço e, aos poucos, fui perdendo a consciência.

Acordo assustado e com o coração acelerado e percebo que foi só um sonho, um pesadelo, ou sei lá, talvez efeito do vinho, só sei que foi muito real, mas afinal podemos ficar tranquilos, pois essas coisas não existem, não é? Hunf!

Ailes Noires
Enviado por Ailes Noires em 28/08/2012
Reeditado em 29/08/2012
Código do texto: T3853600
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