O sapateiro
“O Sr. Smith aparentava ser um senhor simpático e educado. Tinha uns 58 anos e desde cedo começou a trabalhar na sapataria que era do seu pai e que passou pra ele. Falava com todos. Gostava do lugar, era movimentado. Bom para negócios. Mas não era só esse tipo de negócios.
Quando era noite de luar, sua verdadeira face era relevada. Ele não era tão simpático e sorridente como parecia. Nos fundos de sua sapataria era onde toda “mágica” acontecia. Mas para vocês entenderem o porquê disso, terei que explicar a história dele primeiro...
‘Em uma noite de luar ele estava viajando com o pai e a irmã, Lisa, numa avenida escura. O carro deu problema e eles tiveram que parar no acostamento. Seu pai foi ver o que tinha de errado com o carro enquanto sua Lisa, que era mais velha, cuidava dele. Mas de repente uns caras chegaram do nada e derrubaram o seu pai com uma pancada e pegaram sua irmã, tiraram sua roupa e a jogaram no chão. Smith chorava no banco do carro enquanto a via ser estuprada e espancada até a morte.
Hoje, toda vez que o luar cerca a noite, ele observa a rua pela sua janela a procura de algum vagabundo que tente pegar alguma garota. Mas não qualquer garota. Sua irmã era branca, tinha pele lisa, parecia com a luz fina do luar. E quando ele encontra algum desses garotos, seu ritual começa. ’
Noite de luar. O Sr. Smith observava a rua, quando de repente um sorriso na sua face: ‘vejo que terei trabalho’. Preparou sua mesa, as fotos, preparou a cola e o seu aparelhinho conhecido pelos anos de chumbo: O Berço. Pela imagem você percebe o que ele faz. O detalhe é que ele não evitava o estupro. Esperava o rapaz terminar o serviço, pra ter certeza de que estava no seu padrão.
Depois de ver toda a cena, preparou-se. Desceu as escadas e saiu pela portinha secreta. Pegou o rapaz pelas costas e o deixou inconsciente. Levou-o para dentro. A neblina ajudava a lembrar o dia em que sua irmã foi morta, igual à garota de agora foi. Enquanto esquentava o ferro em formato de L, o rapaz acordava, assustando-se ao olhar onde estava. ‘Meu Deus, onde estou? O que houve?’ ‘Não se lembra mesmo do que houve? Da garota que acabou de estuprar e espancar?’ Pegou o ferro quente e marcou os testículos do rapaz, fazendo-o gritar desesperadamente. Vendo que o dia estava chegando, o sapateiro levou o garoto pra um canto, para o ‘Gran Finale’. Pegou seu martelo e os pregos e começou a pregá-lo num mural, junto com muitos outros que foram pegos pelo mesmo homem. ‘Ah, meu belo mural, minhas lindas obras de arte... ’ Fechou seu quartinho secreto e voltou para abrir a sapataria, como se nada tivesse acontecido. ”