Ciência explica?
Eu andava calmamente pela rua escura de meu bairro, a fim de ler um bom livro em uma praça perto de casa.
Sabia que isso era muito arriscado, afinal que pessoa que tem a sua cabeça no lugar iria ler um livro á noite em uma praça?
Eu realmente não queria ficar em casa, já que eu havia passado o dia inteiro sem fazer nada.
Comecei a ouvir passos, mas eu ignorei pensando ser somente a minha imaginação fértil.
Ao chegar à praça,sentei em um banco ao lado de uma enorme arvore e comecei a ler.
Nisso aparecera um garoto de aparentemente vinte e cinco anos por lá.
Ele tinha belos cabelos negros, seus olhos eram azuis, e vestia-se muito bem.
Eu o observei olhando para a lua, e como eu sou muito curiosa e o achei muito belo, fui em direção á ele.
-A lua esta muito bonita não?
Observei-o olhar profundamente para mim.
-Sim, eu tenho esse habito qual seu nome?
-Emily, e o seu?
-Arthur.
Sorrimos um paro o outro, porem o silencio ficou muito chato.
-Eu tenho algo a dizer pra você. -Arthur disse olhando-me seriamente.
-O que é?-Respondi um pouco confusa.
-Você não deveria estar aqui a essa hora da noite, sabia que é muito perigoso?
-Hum. Serio? E Por que você esta aqui?
-Tenho meus motivos. -Ele disse com indiferença.
Eu apenas sorri continuando a olhar para ele, Arthur então retribuiu o sorriso.
Em uma fração de segundos, olhei para trás de Arthur e vi quatro jovens aparentando ser um pouco mais velhos que Arthur.
Foi ai que o meu instinto de sobrevivência apitou, e eu quis sair correndo, porem eu sabia que seria inútil.
Arthur, percebendo a minha mudança de humor, olhou para trás também e viu os quatro jovens.
-Você se lembra de eu ter dito que é perigoso vir aqui? Pois é, eu sou o perigo daqui.
Foi ai que vi o olhar ameaçador vindo de Arthur, um olhar no qual nunca havia visto.
Eu não quis gritar, e nem implorar pela minha vida, pois podia ver pelos olhos dele que ele era um psicopata.
Apenas comecei a chorar e dar alguns passos para trás.
Quando toda a minha esperança havia sumido, eu observei que Arthur não tinha mais um olhar ameaçador, mas um olhar um pouco amoroso. Foi ai que eu o vi olhando para trás novamente.
-Calma gente, não precisamos fazer isso, deixem-na ir. -Arthur disse olhando para eles seriamente.
Os quatro jovens o olharam com surpresa.
-Você esta com pena? Você que nunca teve pena de ninguém?
-Não interessa, eu estou mandando vocês saírem. -Vi então de novo Arthur lançar o seu olhar ameaçador.
E os quatro desapareceram na escuridão, porem Arthur havia ficado.
-Emily. -Ele disse ainda olhando para trás. -Eu, eu nunca deixei ninguém viver ate hoje, eu não sei, eu, eu gosto de você.
Ele então finalmente me olhou.
-Estava pensando em te matar, eu sou realmente um psicopata, mas você tem algo de diferente que ninguém tem você me fez sentir algo que eu nunca senti antes, uma emoção.
Arthur ainda estava serio.
-Acho melhor você ir, não confio em mim mesmo.
Arthur então me abraçara fortemente.
Eu o abraçara também um pouco confusa, mas eu sentia algo muito forte por ele.
Comecei a andar com o passo um pouco apressado, estava com medo de que ele mudasse de idéia.
Quando cheguei em casa, comecei a pensar no que poderia ter feito Arthur mudar de idéia, talvez fosse a minha personalidade ou o jeito que eu reagi, eu simplesmente não sabia.
Tinha a certeza de que um psicopata não poderia sentir emoções devido ao problema estar relacionado a danos no cérebro desde o nascimento. Poderia também ser por causa de algum acidente.
Porem seus amigos disseram que Arthur não sentia pena de ninguém, apenas matava.
Suspirei agoniada tentando resolver esse quebra cabeça sem fim.
Talvez fosse algo que a ciência não poderia explicar, e ninguém acreditaria em mim.
O que eu sabia, é que eu estava apaixonada por Arthur, sentia uma forte atração por ele e não sabia como fazer isso parar.
Estava apaixonada por um psicopata que poderia resolver me matar de uma hora pra outra.