Enlouquecida pelo desejo: parte final.
Após a morte do marido, Rebeca viveu momentos de pura paixão com seu amante João, tudo parecia perfeito e ela se sentia como se estivesse vivendo um sonho.
João era insaciável na cama e Rebeca estava completamente enlouquecida de paixão.
Não havia passado nem seis meses e Rebeca se casou com João. Nos primeiros meses tudo parecia sonho, mas de repente as coisas começaram a mudar e a vida de Rebeca se transformou num pesadelo: primeiro vieram as cartas anônimas que diziam que ela era uma assassina e que sabia que ela tinha matado o marido, depois vieram telefonemas com uma voz estranha a ameaçando e dizendo que o lugar de Rebeca era na cadeia.
Depois foi João, que passados seis meses de casados já a estava tratando com desprezo e frieza. E Rebeca desconfiava que ele tinha uma amante.
Seu sofrimento só aumentava com o tormento dos telefonemas e das cartas que diziam que ela era uma assassina e que seria entregue a polícia.
Desesperada, Rebeca tentou encontrar apoio em joão, mais ele não dava a mínima para seu sofrimento e ela começou a desconfiar que ele estava por trás das cartas e dos telefonemas.
Angustiada e sem poder contar com ninguém, Rebeca começou a seguir João e numa de suaS perseguições acabou descobrindo o apartamento onde joão se encontrava com sua amante. Rebeca tinha certeza que havia caido num terrível plano para enlouquecê-la e depois roubá-la: ela agora tinha certeza que João nunca havia lhe amado.
Dessa forma, numa certa noite, Rebeca seguiu João até o prédio onde ele se encontarava com a amante. Chegando lá, ela comprou não só a permissão para entrar no prédio, como também o silêncio do porteiro.
Ao chegar no apartamento onde seu marido a estava traindo com outra, Rebeca percebeu que a porta estava apenas encostada e foi andando como uma sonâmbula pela sala, procurando não fazer nenhum barulho, nenhum ruído.
Quando estava perto da porta do quarto escutou vozes: uma ela tinha certeza que era de João, a outra voz também era muito conhecida de Rebeca e não precisou nem olhar pela fresta da porta para ela saber que a voz era de sua filha: Lúcia. Meu Deus, então a amante de seu marido era sua própria filha, mas porquê eles estavam fazendo tudo aquilo contra ela?
Sem desconfiar que estavam sendo vistos e ouvidos, Lúcia e João se abraçavam e se beijavam. Ela dizia:
_ Eu não te disse que nosso plano daria certo, eu não dou nem mais um mês para minha querida mãezinha estar totalmente louca, e eu como uma boa filhinha que sou, terei que trancá-la num hospício bem longe de mim e da minha herança.
João estava em êxito:
_ Você é mesmo uma cachorra muito louca, como tem coragem de fazer isso contra sua própria mãe?
O rosto de Lúcia se transformou numa máscara de ódio e ela disse:
_ Eu não te disse que ela não é minha mãe verdadeira? Eu sou adotada. Eles me adotaram após a morte do filhinho querido deles. Mas, eu nunca os amei, aliás eu nunca os suportei: nem ele, nem ela.
Deles a única coisa que me interessa é a grana, só isso.
João estava intrigado:
_ Mas, e se seu plano não der certo, quer dizer e se sua mãezinha não enlouquecer como você deseja?
Lúcia sorriu e disse:
_ Bem, aí eu acho que a doce Rebeca terá que ser envenenada, coitadinha!
Lúcia caiu na gargalhada e depois começou a beijar os mamilos de João, que enlouquecido de desejo, tirou a calcinha dela e a possuiu. Ainda em choque pela descoberta e com o rosto cheio de lágrimas, Rebeca ainda escutou os gemidos apaixonados dos amantes, mas após alguns minutos, recobrou os sentimentos e percebeu que precisava deixar o coração de lado e agir com a razão para poder sobreviver aquele golpe.
Dessa forma, ela saiu do apartamento, voltou para casa e começou a agir como se nada tivesse acontecido e teve o cuidado de encenar uma falsa loucura.
No entanto, sem que a filha e o marido soubessem, ela foi vendendo todos seus bens e num final de semana, Rebeca dispensou todos os empregados e preparou um jantar para o marido e a filha. Não preciso nem dizer que o jantar estava envenenado. E que quando os cadáveres dos dois foram encontrados quarenta e oito horas depois, Rebeca já havia fugido para outro país.
E nem preciso dizer que Rebeca mudou de nome e que abriu uma nova ONG para ajudar as pobres criancinhas desamparadas e também não preciso dizer que Rebeca se apaixonou por muitos outros jovens atraentes e fogosos como João e que foi traída por todos eles. E também não preciso dizer que Rebeca se casou e se tornou viúva mais umas dez vezes e o curioso é que todos seus maridos eram todos jovenzinhos que morriam misteriosamente durante o sono.
É como diria minha vozinha: Tem gente que não aprende, não é mesmo?
FIM.