Enlouquecida pelo desejo: parte 7
Rebeca estava cada vez mais enlouquecida de amor. Ela não conseguia mais deixar de pensar em João. Ele havia se tornado a sua maior fonte de amor, desejo e prazer. Mas, nos últimos tempos ele a andava pressionando muito para que ela se separasse do marido. Mas, Rebeca sabia o quanto o marido era vingativo, se ela pedisse a separação Rafael a destruiria. Mas, o que ela podia fazer? Ela já não amava Rafael a muito tempo, mas estava amarrada a ele por pura conveniência.
No entanto, João não parava de falar que queria algo sério com ela, que a amava. No fundo, ela não tinha tanta certeza desse amor, mas preferia acreditar que aquilo era mesmo verdade, pois acreditar nisso lhe fazia sentir melhor.
Certo dia quando João falou novamente que a amava e queria se casar com ela, Rebeca lhe disse o porquê não podia se separar. Foi então que ele disse:
_ Se você tem tanto medo dele, se ele pode ser capaz até de te destruir, então...
_ Então, o quê?
_ Bem, se uma cobra vai te picar, você a mata antes que ela lhe dê o bote.
_ Como assim? Você não está insinuando que eu mate meu marido, está?
_ Eu não estou insinuando nada, só estou dizendo que tem certas coisas que mesmo sendo dolorosas precisam serem feitas.
_ Você está louco, louco!
Após dizer isso Rebeca pegou a bolsa e foi embora, ao chegar em casa foi recebida pelo marido que disse:
_ Onde você estava até a uma hora dessas?
_ Na casa da Laura.
_ Que casa da Laura coisa alguma.
_ Rafael, você não tem porque duvidar de mim.
_ Claro que tenho, ultimamente você vive fora de casa. Você está me traindo, sua vagabunda?
_ Não diga bobagem, Rafael, eu já disse que estava na casa da minha amiga Laura, nós jantamos juntas e eu esqueci da hora, foi isso.
Rafael se aproximou da mulher e dando lhe um tapa na cara disse:
_ Mas, é mesmo uma vagabunda, eu liguei para sua amiga Laura e ela disse que não a via a mais de uma semana, com que você estava, sua vaca? Fala ou vai apanhar mais.
Rafael empunhou a mão ameaçadoramente em direção a Rebeca, que chorando disse:
_ Por favor, Rafael, não me bata mais.
Rafael se aproximou e agarrando Rebeca pelos cabelos disse:
_ Se não quer apanhar é melhor dizer com estava, vamos, fala; onde você estava e com quem?
Continua!