"Da morte para um Amor"

Paris, França.

Junho de 1879.

Tarde nublada de sábado, a corte é acionada... O assassinato de Don Willian Sobieski é informado, chamando então, o detetive Edward Callahan, para investigar o caso.

A corte informou que em dois dias o detetive estaria em Paris, enquanto isso, os guardas locais, fecharam à casa de Don Willian, para que nenhuma prova fosse implantada ou tirada do local.

Passado os dois dias, Edward Callahan chega a Paris, com a recepção da Senhorita Lisy Sobieski, filha de Don Willian.

Ela o espera no porto próxima a sua carruagem, Edward reconhecendo-a pelas vestes sofisticadas, e pelo brasão que estava em seu vestido, logo percebeu que ela era a filha de Don Willian, então se aproximou apresentando-se.

-Olá Senhorita Lisy Sobieski, sou Edward Callahan, detetive que investigará a morte de seu pai!

-Olá Detetive, ouvi falar muito bem do Senhor, espero que possa me ajudar.

-Farei o possível e impossível para resolver este caso Senhorita Lisy, não se preocupe.

-Obrigada! Agora vamos, nosso tempo é precioso.

Os dois subiram na carruagem e seguiram para a casa de Lisy... Chegando a casa, Lisy pede a sua criada que arrume o quarto de hóspede para o Detetive Edward.

Lisy levando Edward até o quarto, diz:

-Espero que fique bem acomodado neste quarto que mandei preparar para o Senhor, no toalete há uma banheira para que relaxe um pouco da viagem cansativa, espero-o lá em baixo para o jantar.

-Obrigado Senhorita Lisy!

Lisy então desce as escadas até a cozinha para inspecionar o preparo do jantar, do qual era lombo de cordeiro ao molho pardo, arroz com uvas passas e algumas variedades de saladas, com o acompanhamento de vinho do porto.

Passado meia hora, Edward desce para o jantar, cumprimentando a Senhora Beatrice Sobieski, mãe de Lisy, e a Lisy, curvando-se mostrando respeito.

Beatrice dirige-se a Edward e diz:

-O Senhor deve estar com muito apetite pela longa viagem, espero que aprecie o jantar que minha filha preparou para esta noite.

-Fico grato Senhora Beatrice, tenho a certeza de que o jantar está magnífico.

Edward vai até Lisy e puxa sua cadeira para que ela sente como gesto de gentileza, o mesmo faz com Beatrice, então vai se sentar à frente das duas.

A criada serve o jantar para todos, e em silêncio eles apreciam o cordeiro. Mas logo o silêncio é quebrado com a interrogação de Edward.

-Senhora Beatrice, peço perdão pela pergunta neste momento, mas seu esposo tinha algum inimigo, ou alguém que não gostasse dele?

-Não se preocupe Senhor Edward, sei que só está fazendo seu trabalho, mas pelo convívio de meu esposo não creio que ele tenha algum inimigo, não que eu saiba.

-Obrigado Senhora Beatrice, peço que se lembrar de algo me avise, pois qualquer detalhe é de suma importância!

-Farei o máximo para lembrar de algo suspeito Detetive.

-Mas então Senhora Beatrice, o que Don Willian costumava fazer?

-Bom Detetive ele passava muito tempo em seu gabinete, fazia algumas reuniões para tratar sobre propriedades, criações, não sei muito sobre as reuniões, pois eu não ficava na sala, quando estavam sendo realizadas.

-Entendo Senhora Beatrice, obrigado pelas respostas, presumo que hoje termino por aqui as interrogações, não quero ser inconveniente.

-Sim, claro, Senhor Edward, estarei aqui se precisar de algo mais.

A conversa terminou, assim também como o jantar, todos se retiraram da mesa e foram para seus aposentos.

Na manhã seguinte, Edward acordou bem cedo para começar suas investigações, foi até o local do crime, procurando por pistas, por mínimas que sejam elas... Ele averiguando cada canto, avistou um pequeno paninho rasgado, pegou o mesmo e colocou em um envelope para poder examinar depois, perto de onde estava o corpo ele encontrou uma substancia aquosa e avermelhada, coletou, e foi inspecionar o restante do local.

Sem ele perceber Lisy o observava atentamente, teus olhos azuis cor do céu, tuas cinuetas de curvas exuberantes, e sua doce e encantadora voz, era de deixar qualquer “Don Juan” apaixonado, ele a fitou envergonhado, e perguntou:

-O que deseja Senhorita Lisy?

-Nada Senhor Edward, apenas estou apreciando seu trabalho minucioso, vejo que és atento a cada detalhe, mesmo sendo ele aparentemente insignificante.

-É assim que se deve prosseguir, tudo é importante quando está relacionado a um assassinato Senhorita.

-Presumo que sim. Bom, acho melhor deixar o Senhor à vontade para que possa se concentrar em sua busca.

-Que isso Senhorita, de forma alguma incomoda, peço apenas que faça silêncio.

Edward continuou a procurar por pistas enquanto Lisy o observava, e assim passou-se à tarde, já noite, os dois voltaram para casa, onde Beatrice já os esperava com o jantar.

Mais uma noite se passava, porém era diferente, enquanto Edward dormia lá estava Lisy a fita-lo como se precisasse de algo do qual só ele pudesse lhe dar. Ele acordou, e ela logo saiu, mas Edward percebeu que havia alguém perto da porta, então correu para ver quem era, e percebeu ser Lisy.

Ele voltou a deitar-se, mas ficou se perguntando o porquê dela estar ali... O dia se fez, ele desceu para tomar o café da manhã, porém Lisy não estava junto à mesa, ele esquivou-se, mas perguntou:

-Senhora Beatrice, perdoe-me a pergunta, mas onde está Lisy?

-Ela acordou mais cedo, está no jardim cuidando das rosas Senhor Edward! Está bom o café?

-Sim, Senhora Beatrice, perfeito como sempre. Agora que terminei, vou me retirar, com licença.

Ele subiu novamente para seu quarto, e da janela observava Lisy cuidar das rosas, em um momento de distração ela olhou para a janela do quarto dele, e o viu, de maneira rápida ela voltou a cuidar das rosas, supondo que ele saberia que era ela na noite passada que estaria a fita-lo enquanto dormia.

Edward começou a testar as provas que encontrara com algumas substancias para ver se achava algo, não muito depois ele descobriu que na substancia aquosa havia um veneno raro, do qual foi usado para matar Don Willian.

Com essa descoberta, ele desceu para informar Beatrice, não a encontrando na casa resolveu ir ao jardim esperando acha-la junto a sua filha Lisy. Como ele supôs lá estava ela junto à filha, ele chamou as duas em um lugar reservado para contar-lhes o que achara.

-Senhora Beatrice, Senhorita Lisy, descobri algo sobre o assassinato de Don Willian.

-Diga-nos Senhor Edward, disse Beatrice!

-Seu esposo foi envenenado, agora só falta achar o assassino!

-E já tem alguém em mente Detetive, disse Lisy?

-Não Senhorita, ainda não posso afirmar nada, porém peço às duas que evitem sair de casa, e não contem a ninguém sobre o que eu lhes disse agora.

-Como quiser Detetive, disse Beatrice.

Após essa conversa entre eles, cada um continuou os seus afazeres, Lisy a cuidar das rosas, Beatrice ficou fazendo companhia a sua filha, e Edward voltou ao quarto para continuar suas investigações.

A noite chega, o jantar é posto, porém Edward resolve não jantar, ele pede licença a Beatrice e Lisy, e segue rumo ao jardim para meditar.

O jantar de Beatrice e Lisy foi silencioso, nenhuma palavra foi dita, mas Beatrice percebeu nos olhos de sua filha que ela gostaria de saber o que Edward estaria fazendo no jardim, com esse pensamento Beatrice deixou escapar um pequeno sorriso, Lisy vendo perguntou:

-No que pensa mãe?

-Em nada minha filha, estava apenas devaneando, mas depois que terminar seu jantar, porque não vai até o Senhor Edward para ver se ele precisa de algo?

-Pode ser mamãe, farei isso!

Lisy terminou o jantar e esperou sua mãe subir para dormir, então foi até Edward no jardim, chegando lá ela o encontrou deitado em meio às flores admirando as estrelas brilhantes no céu. Neste momento não havia mais como esconder, ela havia se encantado por ele.

Lisy chegou devagar e perguntou a Edward:

-O que faz deitado aí Senhor Edward?

-Admirando as estrelas Senhorita Lisy, gosto de observá-las, elas são minha fonte de inspiração!

-Fonte de inspiração?

-Sim Senhorita Lisy, no intimo deste Detetive há um poeta escondido, escrevo desde minha adolescência.

-Realmente encantador Senhor Edward! Sei que não é educado perguntar, mas quantos anos o Senhor tem?

-Tenho 28 anos Senhorita, nunca fui casado, e amei somente uma vez em toda minha vida.

-E onde está ela?

-Morreu há alguns anos, demorei um pouco para superar, mas creio que ainda encontrarei um amor duradouro.

-Meus pêsames Senhor Edward, eu não imaginava.

-Tudo bem Senhorita Lisy, não se preocupe. Eu poderia lhe fazer algumas perguntas também?

-Fique à vontade Senhor Edward!

-Vamos começar pela idade.

-Tenho 22 anos. (risos envergonhados)

-O que faz além de ajudar sua mãe?

-Como percebeu eu amo rosas vermelhas, quando não as estou cultivando, estou pintando, desde pequenina eu pinto telas de paisagens e alto retratos.

-Se não for abuso adoraria ser pintado pela Senhorita.

-Será uma honra pintá-lo Detetive.

-Senhorita Lisy, eu não deveria estar tocando neste assunto, mas o fazia em minha porta noite passada?

-O Senhor viu?! Que vergonha... Eu estava a observá-lo!

-Mas por quê?

-Não sei dizer ao certo, mas algo me atraiu até a porta de seu quarto, não resisti e fui observá-lo dormir.

-Perdoe-me Senhorita Lisy, eu não queria deixá-la constrangida, porém não contive em perguntar.

-Tudo bem Senhor Edward.

-Por favor, me chame de Edward, creio que não haja necessidade de tantas formalidades entre nós.

-Como preferir Edward. Já está tarde é melhor irmos dormir.

-Sim Lisy, se me permite chamá-la assim?!

-Pode sim Edward.

Lisy então beijou Edward no rosto e saiu rumo a casa para ir deitar-se. Edward ficou por mais uma hora no jardim olhando o céu estrelado, e depois foi se deitar.

Na manhã seguinte o café foi tomado por todos e Beatrice percebeu ligeiros sorrisos entre Edward e Lisy, constrangidos por ela ter percebido, cada um tomou um rumo diferente.

Edward voltou ao local do crime a fim de encontrar algo que conseguisse identificar o assassino, passou a tarde toda lá, a procura de algo.

Lisy passou o tempo todo em seu quarto, de modo que sua mãe achou estranho, pois Lisy não era de trancar assim. Beatrice preocupada foi até o quarto de sua filha para ver se ela estava bem, chegando até o quarto bateu na porta perguntando:

-Posso entrar minha filha?

-Sim mamãe, entre!

-O que houve filha? Ficou dentro deste quarto a tarde toda.

-Estava apenas pensando mamãe, não se preocupe, estou bem! Que tal tomarmos um chá da tarde agora?

-Vamos filha, mandarei a criada preparar.

Beatrice então desceu as escadas encontrando Edward subindo-as, logo ela o convidou para tomar chá junto a elas, ele aceitou, mas antes disse que iria subir para tomar um banho. Porém Beatrice não percebeu que Edward estava com algo em suas mãos, ele antes de tomar seu banho, entrou no quarto de Lisy e deixou uma rosa vermelha em cima do travesseiro, e saiu. Tomou seu banho, e foi acompanhar Beatrice e Lisy com o chá da tarde.

O chá foi tomado em meio a conversas paralelas entre eles, mas nada relacionado ao assassinato. De repente Edward percebe um movimento estranho com um dos criados de Beatrice, sem dizer uma palavra a elas, pede licença e se retira da mesa a fim de averiguar o que estaria acontecendo.

Um dos criados estava conversando com um homem de aparência desconhecida, este homem entregava um pequeno envelope ao criado, que parecia conter certa quantia em dinheiro, Edward gravou o rosto do criado atento em todos os movimentos, quando aquele homem se foi, percebeu que o criado, correu para seu aposento a fim de esconder o envelope recebido.

Edward esperou anoitecer para ir até onde o criado dormia, e assim encontrar alguma pista do assassino, porém ele não esperava a visita de Lisy em seu quarto. A noite chega, Edward se prepara para ir até o criado, mas alguém bate em sua porta, ele a abre, e quem está em sua frente... Lisy, ela o olha atentamente, e pergunta:

-Iria a algum lugar Edward?

Ele sem saber o que dizer, resolve abafar o caso do criado e diz:

-Não Lisy, o que deseja?

-Vim ver se está tudo bem por aqui.

-Está sim, obrigado pela preocupação.

-Hm... Posso entrar?

-Se não causar problemas com sua mãe, pode sim.

-Fique tranqüilo, ela está dormindo.

Lisy então entra no quarto de Edward, sem que ele perceba, ela tranca a porta do quarto, arrastando ele até a cama, e olhando nos olhos de Edward diz:

-Edward, eu preciso te amar, por favor, não me rejeite.

-Tem certeza que é isso o que quer Lisy?

-Sim Edward, faça-me tua.

Edward pega Lisy pela cintura e a coloca deitada na cama, devagar ele beija o colo de Lisy por cima da camisola, e desce até os seios delicadamente, Lisy desliza sua mão suave sobre o tronco nu de Edward, e com agilidade ele tirou sua roupa, depois com cuidado ele retira a camisola de Lisy, beijando teus seios como se pudesse apagá-los. Então Edward pousa os lábios sobre o abdômen de Lisy, fazendo-a arrepiar, com isso desceu seus lábios em sua parte mais sensível, depois de afastar o tecido que a cobria Lisy gemeu ao receber a carícia intima.

Sentindo-se devedora de uma retribuição, Lisy puxa Edward para baixo de si, e o beija pelo corpo todo. Havia uma incrível qualidade em cada gesto ou movimento, uma primitiva urgência que não excluía o encanto nem a entrega emocional. Quando enfim ele a possuiu, sensações foram vividas por Lisy, como nunca havia experimentado antes. Ela então se entregou como se seu corpo fosse um instrumento musical, rendendo-se aos arrepios de deslumbramento em seu corpo.

A lua foi espectadora do amor de Edward e Lisy, e agradecida pela noite de amor, Lisy aconchega-se em Edward, adormecendo.

Quando o dia estava para amanhecer, Edward pegou Lisy nos braços e a levou para o quarto dela, para que assim não houvesse problemas com Beatrice.

Lisy acordou assustada por estar em seu quarto, imaginando que a noite que passara com Edward fosse somente um lindo sonho. Ela se arrumou e desceu para tomar café da manhã, porém Edward não estava junto à mesa, então indagou a sua mãe:

-Mãe onde está Edward?

-Não sei minha filha, não o vi até agora.

Neste momento ouve-se um barulho, supostamente de uma arma. Todos correm para fora, a fim de saber do acontecido, Lisy vê um homem estendido no chão, e corre desesperadamente achando ser Edward e a quando chega perto do individuo sente-se aliviada por não ser ele, porém se assusta, por reconhecer o corpo, o tal individuo era seu tio, irmão de seu pai.

Edward teve uma luta corporal com o Tio de Lisy, pois descobrira que ele era o assassino de Dom Willian por causa de seu posto de Conde, mas Edward teve que atirar nele, para não ser morto. Assim o caso foi encerrado pela corte!

Dois dias depois desse tumulto, Edward decide partir, pois nada mais poderia fazer ali, Lisy o impede pedindo-o para ficar, e ele diz:

-Só fico se você casar-se comigo!

Lisy surpresa indaga:

-Isso é um pedido de casamento?

-Sim Lisy, você aceita ser minha esposa, e viver feliz comigo até o fim de nossas vidas?

-Sim Meu Amado.

Lisy então o abraça emocionada com lágrimas escoando de seus olhos, e o beija ardentemente... Casaram-se um mês depois, Edward continuou com o cargo de detetive e Lisy como filha única de Don Willian, tomou seu posto...

Rafaela Bucalon
Enviado por Rafaela Bucalon em 22/06/2010
Reeditado em 22/06/2010
Código do texto: T2335411
Classificação de conteúdo: seguro