Pesadelo de Katy I
Ela corria na escuridão por um lugar úmido. Sentia os pés descalços tocarem folhas molhadas de sereno que estavam caídas ao chão. Estava frio, o vapor saia por sua boca cada vez mais acelerado.
Presentia qe estava sendo perseguida pela criatura de seus pesadelos. Seria apenas mais um mau sonho? Não! Era muito real para não ser verdadeiro. Com certeza aquilo a estava perseguindo novamente! Resolveu gritar, mas a voz falhou, sentia o ar faltando em seus pulmões... Tentou gritar novamente, sem sucesso.
O suor escorria, os cabelos já estavam molhados, sentia seu corpo gelado devido a garoa fina que começava a cair. Seus pés estavam machucados e achava que a qualquer momento fraquejaria, começou a perder velocidade, sentiu tontura, um embrulho no estômago e um gosto amargo subir pela garganta, ia desmaiar...
A criatura iria alcança-la! Só conseguia pensar que precisava vencer, precisava correr... De onde tirar forças? Sentiu que havia cortado seu pé esquerdo, conseguia perceber o calor do sangue que escorria e grudava nas folhas que estavam no chão, o corte ardia. Tropeçou em um galho... A criatura estava cada vez mais próxima, parece que o cheiro de sangue deu mais forças à ela! Katty não conseguia levantar-se, percebeu quando aquelas garras a seguraram, o bafo quente e o mau hálito com cheiro de enxofre penetraram em suas narinas. Agora não conseguiria escapar... Os caninos brotaram na boca da criatura.
O suor frio escorria pelo rosto e pelo corpo inteiro, as garras estavam em seu pescoço, agora sim que não conseguiria gritar por socorro. Os caninos mais próximos, ia ser mordida! Sentiu seu corpo desfalecendo, não queria aquela vida, ou melhor, aquela morte! Os caninos encostaram no pescoço...
Katty acordou com um sobressalto! Estava ensopada de suor, suava frio e seu coração batia tão rápido que parecia que iria sair pela boca ou arrebentar seu peito. Havia sido mais um pesadelo, ainda bem. Mas dessa vez foi real demais...
Ela achou que era somente mais um de seus sonhos e quando estava se convencendo disso, sentiu seu pé esquerdo ardendo e latejando de dor, resolveu olhar. Não acreditava no que estava vendo, seu pé estava com um corte profundo que sangrava... E em sua mão direita ela segurava folhas úmidas...