Sorriso Geriátrico
O velho Norberto é muito estranho - pensava Júlio, vizinho do apartamento de onde morava tal ser.
Norberto juiz aposentado e viúvo, filhos morando no exterior e com aquela idade já não recebia visitas, a única coisa que Júlio reparou, é que o aposentado andava com um transporte para gato ou cachorro, mas como os barulhos que vinham de lá eram próximos de miados, notou que nunca havia visto tal gato.
Uma manhã em que acorda atrasado, Júlio corre e para pegar a porta do elevador aberta, afinal 19 andares de escada não era fácil logo pela manhã, e surpreende-se com o fato do senhor Norberto estar dentro do cubículo espelhado e sorrir gentilmente enquanto conservava as portas abertas.
-Bom dia e Obrigado – agradeceu solenemente,
-Disponha - disse o ancião.
E Júlio puxa assunto, mas por agradecimento que por vontade.
-Levando o bichinho para passear? Reparando o transporte vermelho sendo segurado pela mão esquerda de seu benfeitor.
-Na verdade estou indo buscar, era para ter buscado ontem à tarde, mas liguei me desculpando, e avisei que só poderia ir hoje, sabe como é, meus velhos ossos estavam reclamando - e para finalizar soltou uma gostosa gargalhada - E com isso as portas do elevador se abrem, Júlio sorrindo adentra ao salão.
No final do dia Júlio volta de seu trabalho para casa, depois de tomar um belo banho, resolve agradecer de verdade tal senhor, e também àquela hora não passava nada de interessante na TV.
De frente com seu apartamento há uma porta em marrom claro, Júlio bate com três batidas rápidas, depois de alguns momentos escuta uma batida e passos apressados, e a maçaneta faz um estranho barulho, em seguida o gentil senhor abre a porta, e pela primeira vez vê o apartamento por dentro, tudo muito limpo e organizado, planejado desde o batente da porta ao rodapé, uma confortável poltrona de couro em tom de amarelo claro e uma grandiosa moldura em tom de ouro envelhecido enriquecida com uma extraordinária pintura de um pôr-do-sol engrandece a aconchegante sala, Júlio nota uma respiração ofegante e rubra em suas velhas bochechas.
-Desculpe atrapalhei algo?
O ancião de imediato responde:
- Sabe como é, o velho Mitzi, não queria entrar no transporte, queria dar uma volta com o danado, e essa maçaneta que nunca sei quando está trancada. Diz em tom de quem analisa como concertar o problema.
- Quer ajuda? Oferece-se o jovem rapaz.
- Demorei um pouco mais consegui prende-lo, aceita uma xícara de café ou uma bela cerveja? Disse dando uma piscadela marota.
-Porque não?! Responde Júlio.
Depois de algumas cervejas e um bom papo, Júlio volta pra casa contente, adorou a companhia do seu Norberto, fez lembrá-lo de seu finado avô, só não conseguiu ver o tal gato, mas o ouviu miando e parecia com fome.
Na noite seguinte, encontra Norberto no saguão.
-Tudo bem seu Norberto? E reparou que estava com o transporte e algo lhe chamou a atenção, havia um véu cobrindo a pequena portinhola.
-Então é hoje que conheço o danado do Mitzi?
E o ancião responde:
-Ela é muito tímida, fica muito agitada quando vê estranhos, disse com um perfeito sorriso de avô.
-Não seria ele?retruca Júlio.
-Foi isso mesmo que eu disse! Sabe, a idade vem batendo e a mente não anda em tão boa sintonia com essa bocarra aqui, e riu sonoramente, Júlio nota um certo desconforto, poderia jurar que soou um tanto histérica, e o velho tomando controle e recuperando o fôlego diz:
-Passe lá em casa umas nove horas, isso se não tiver nada melhor que bater papo com um velho.
Com receio de magoar seu vizinho Júlio aceita.
Depois de algum tempo , Júlio liga a TV e em um canal que assina, iria passar uma partida de futebol de times que ele nem sabe pronunciar os nomes, e resolveu ir convidar seu vizinho, ao bater na porta ela se abre.
-ele reclamou da porta, vou entrar e avisá-lo, pensa Júlio,
Ao entrar vê a cena mais grotesca de toda sua vida, tão pior que defecar na fronte de vossa santidade, sentado em sua poltrona amarela ,Norberto nu em pêlo e excitado, aos seus pés a transporte vermelho de Mitzi, e em suas mãos um recém nascido, Júlio não conseguiu pelo ângulo dizer se era uma menina ou um menino, o pior de tudo era que o bebê vestia uma espécie de máscara sado ou algo assim, o choro era abafado, tão profundo medo amordaçado, e o choro se passava por um aflito miado, Norberto ia erguendo o bebê, e não querendo ver a conclusão dessa cena Dantesca , Júlio grita, Norberto baixa o bebê, e aquele maldito sorriso geriátrico em seus lábios marcados pela idade avançada, fica impresso nas pálpebras de Júlio e por muito tempo isso o afligiu.
-O que diabos você está fazendo! grita histericamente Júlio, e indo de encontro ao velho nu , Norberto diz:
-Fique bem onde está! Ouse se esqueceu que posso acabar com sua maldita vida assinando dois ou três papéis?.
Júlio para subitamente, e só agora repara o quão poderoso é esse homem, e com a voz trêmula pergunta:
- O que está fazendo?
- Bom se isso te consola, eu mantenho um orfanato, sim, sou velho e posso morrer à qualquer dia, já não me excito mais, já tentei de tudo, mas depois de minha finada Fátima, não há mulher que se compare a ela.
-Você vai estuprar um bebê! Horrorizado Júlio profere essas palavras
-Não! Isso seria doente! Retruca com um ar ofendido e indignado e segue com suas palavras, nunca faria isso, eu chupo essas coisas! Chupo inteiro! Pés, mãos, língua, olha que perfeição essa linda vulvinha! E vira a menina a Júlio, que desvia o rosto com repugnância, e o velho não para - eu chupo todos os bebes, eu adoro o gosto disso, e começa a chupar os dedinhos delicados daquela pobre infeliz.
-Eu vou denunciar você!perde o controle o rapaz.
-Vá em frente, lembre-se que sou eu que mantenho vivas essas pobres e malditas crianças, meu amigo toma conta, e tenho contatos em todos os setores, e outra quem acreditaria em você? Fala no tom mais arrogante já ouvido por Júlio.
-Você é doente! E mais uma vez a voz do rapaz soa alto
-Quer saber de uma coisa, você está mesmo disposto a estragar sua vida por um miserável que jamais conhecerá? Me poupe com esse heroísmo barato, está disposto a isso?e o velho tomado com um sorriso demente fala com uma voz mais grave – essa é minha parte favorita!
Com o velho e torto dedo mínimo deslizando pela boca do bebe, deslizando por cima de uma barriga rosada e saliente e enfia na vulva ainda mal formada, Júlio assiste hipnotizado que um humano pudesse chegar a tal ato, o som do “miado” era terrível , Norberto separa as roliças coxas e leva a pequena vulva a sua envelhecida língua, a inocente infeliz se debate sem conseguir nada, para Júlio parecia que o monstro estava entornando um saboroso prato de sopa, Norberto segura a pequenina com uma mão, e se masturba com a mão direita, ejacula em instantes, e com a boca vermelha e com aquele odioso sorriso geriátrico pergunta:
-E ai o que prefere? Braços, pernas ou essa pequena Vagina?
Dedicado a Raoni Barone.