A fatalidade tambem nos encontra.
O caminhoneiro não parava de olhar para as pernas da menina.
A encontrou na rodovia pedindo carona no meio da madrugada parou o caminhão e perguntou para onde ela estava indo. – Qualquer lugar que seja longe daqui respondeu ela.
Perguntou a idade dela que respondeu ter dezoito, o caminhoneiro sabia que ela não tinha mais do que dezesseis anos, mas resolveu fingir que acreditava na mentira dela.
Ela era bonita, tinha mais ou menos um metro e setenta de altura, era loira de olhos azuis, com certeza fazia sucesso entre os rapazes.
Estava usando uma saia jeans, uma blusa rosa da minie, e um tênis adidas branco.
Passava a maior parte do tempo olhando para a estrada pela janela do caminhão.
Sabia que ela estava fugindo de algo, mas preferiu não perguntar, poderia assustar a menina, dirigiu seu caminhão até o acostamento da estrada e estacionou.
A menina virou-se para ele e perguntou: Por que paramos?
- É hora de você pagar pela carona. Respondeu ele, alisando as pernas dela.
-Não! Gritou ela, tentado tirar as mãos do caminhoneiro da sua coxa.
-Eu sei que você quer isso sua safada!Gritou ele, enquanto jogava o peso do seu corpo sobre o corpo franzino da menina.
A menina chorava, em seu desespero se arrependia por ter fugido de casa, brigará com a mãe que não a tinha deixado ir dormir na casa de uma amiga.
Para dar uma lição na mãe resolveu fugir, e só voltar para casa depois de uma semana.
Quando voltasse sua mãe iria perguntar: - Porque fez isso Amanda? E ela responderia: Porque você não me deixa ter liberdade.
Tinha certeza que depois desse episodio tudo seria diferente, sua mãe passaria a confiar nela, deixaria ficar até tarde na rua, sabia que violência existia; Ela não era mais nenhuma criança inocente, conseguiria evitar os lugares perigosos. Tinha quinze anos, era a melhor época da sua vida, tinha amigos, namorado havia acabado de ganhar um computador novo do pai que também prometera a ela uma viagem a Europa no fim do ano se ela se esforçasse mais nos estudos...
Uma dor imensa tomava conta dela, sentia o homem penetrá-la, ele fazia com força, não era assim que esperava perder sua virgindade, imaginava um quarto grande, uma musica bem romântica no fundo, e que seu companheiro trouxesse café da manha na cama no dia seguinte, e não daquele jeito. Na cabine de um caminhão com um louco.
As lagrimas desciam por todo seu rosto, sentia a mão dele golpeá-la por todo corpo, mas não estava mais sentindo dor, sua mente a tinha levado para o primeiro natal que recordava. Tentou ficar acordada a noite toda para ver se surpreendia Papai Noel chegando com seu presente, o sono foi mais forte e ela dormiu no sofá, ao lado da arvore de natal, quando acordou lá estava sua bicicleta de rodinhas que tanto queria.
O homem mordia o seu mamilo esquerdo e a chamava de palavras de baixo calão.
Ela só queria que aquilo parasse, ele levou suas mãos ao pescoço dela e apertava com força.
Ela sentia toda sua energia se esvaindo, fechou os olhos e viu sua ultima festa de aniversario, viu seu ultimo carnaval entre amigos, e pensou no vestidinho branco que tinha comprado no shopping no dia anterior. Tinha deixado ele em cima da cama, não teve tempo de usá-lo, não imaginava quando saiu de casa que nunca o usaria.
O homem a penetrava cada vez com mais força e, apertava seu pescoço com mais força ainda, tudo estava ficando escuro, ela queria viver, queria fazer uma faculdade, ter filhos queria mais que tudo naquele momento estar com a mãe dela, só para poder dizer:
Amo você.