Diário Z - [Capítulo 3] - Um novo tempo! Um novo amigo! O guerreiro da madrugada.

Capítulo 3: Um novo tempo! Um novo amigo! O guerreiro da madrugada.

- SOCORRO! SOCORRO! – Acordo com alguém gritando e seguido de barulho de tiros, pensei que era pesadelo, mas era pura realidade.

Acordo e vejo que tinha dormido no sofá da varanda, olho para a rua e um grupo de zumbis está atrás de um policial, reconheci a farda de longe, e ele estava tentando se defender com um calibre 38, não pensei duas vezes em ajudá-lo.

- Policial! Aqui em cima! Fique aqui em frente o portão que eu vou te ajudar – Ele olhou para mim com uma cara de aliviado e ficou no portão cercado por zumbis.

- Vai logo e não demora!

Peguei a minha arma, botei minha faca e amarrei na perna novamente e peguei as chaves em cima da mesa e desci as escada e Ringo latindo sem parar veio atrás de mim. Abri o portão e puxei o policial para dentro e não teve como fechar, eles estavam tentando entrar, peguei minha arma e comecei a atirar o policial então começou a atirar também, logo conseguimos fechar o portão, o ajudei a se levantar.

- Ufa! Você deu sorte que eu estava aqui – quando eu olhei para ele eu o reconheci era o policial da delegacia, mas tentei disfarça e fazer que não o conhecia.

- Obrigado! Eu te conheço de algum lugar! – Uma pausa breve enquanto subíamos as escadas.

- Acho que não.

- Claro que sim, você é o garoto que soltou os presos lá na delegacia e ainda por cima roubou um revólver. Você soltou os bandidos que eu estava procurando a meses.

- Está bem, sou eu mesmo, mas se eu soltei os bandidos ou não acho que não vai fazer muita falta agora.

- Isso é, e muito obrigado por ter me salvado, e a propósito qual seu nome?

- Meu nome é Felipe e o seu?

- Tenente Carlos Pereira Neto, mas e sua família? Onde estão? – Carlos era um homem forte e alto, tinha jeito para ser capitão.

- Eles foram para minas gerais para se proteger e eu fiquei aqui para ajudar os outros – Carlos me olhou com um olhar triste e botou sua mão em meu ombro.

- Então você ficou sozinho aqui! Você é bem corajoso e não se preocupe sua família vai estar bem.

- Tomara que sim, olha você pode dormir em qualquer cama que eu vou dormi no sofá da varanda.

- Então vou dormir lá também, vamos me ajude a colocar esse outro sofá lá na varanda. - Senti que ele queria apenas me consolar mais não era só isso ele queria me agradecer de qualquer forma pelo o que eu fiz.

Sentei no sofá e ouvi um latindo vindo lá no fundo da caixa.

- Esqueci de apresentar o Ringo agora meu cachorro.

- Olá ringo, vem aqui garoto. – Carlos pegou ringo e acariciou ele por alguns segundos.

- Estão todos apresentados, então eu vou vigiar a rua, você pode dormir ai Carlos, tem algumas cobertas no guarda-roupa.

- Nada disso eu vou vigiar e você dorme, é o único jeito de eu te agradecer por tudo. – Ele deu um leve sorriso enquanto foi buscar algumas cobertas, a noite estava fria e nublada.

- Está bem aqui esta minha arma, quer dizer sua arma!

- Pode ficar agora ela é sua por mérito próprio.

- Está bem, boa noite, qualquer coisa só me chamar.

Peguei duas cobertas e me cobri e deixei a arma em baixo da almofada onde eu poderia lembrar onde estava. Enquanto tentava dormir eu ouvia alguns carros passando na rodovia e também algumas batidas, então pensei que não teria como locomover sem um carro ou moto, minha rua estava deserta, não tinha nenhum carro, tinha que ir até a rua principal da cidade para procurar algum carro que esteja conservado e sem nenhum tipo de defeito.

- Carlos, você sabe... – fui interrompido por Carlos.

- Não faça mais isso! Quase me matou de susto.

- A me desculpe eu só queria perguntar se você sabe dirigir!

- Sei sim, você está pensando em sair da cidade?

- Sim mais só depois, eu tenho que ajudar alguns amigos da C.R.A.Z.

-crasi? O que é isso?

- Não é crasi e sim C.R.A.Z é um grupo de pessoas que sempre acreditou que esse dia ia chegar e está tudo planejado para um ajudar o outro, e não vai ser agora que vou abandoná-los.

- Está certo então, onde estão essas pessoas?

- Em todo o Brasil. – falei com um tom de sarcasmo, e ao mesmo tempo de tristeza.

- Cara! Você quer Pegar um carro encher com alguns litros de gasolina e sair pelo Brasil afora salvando um monte de pessoas que não se sabe ao certo se estão vivos?

- Não exatamente, combinamos de nos encontrar em minas gerais no sitio do meu avô e vou aproveitar e pegar alguns amigos que estão aqui no Espírito santo.

- E são quantas pessoas?

- Duas apenas, Patrick e Yuri mais conhecido como sanchinho, eu vou passar em Aracruz onde mora o Yuri é capaz de Patrick estar lá também.

- Então amanhã pensamos como vai ser, vá dormir agora!

- Está bem!

Deitei novamente, mas não conseguir dormir, só conseguia pensar como ia ser para escapar da cidade, tipo de carro, combustível, armas. Depois de 1 hora pensando em tudo eu dormir.

“Estou no portão da minha casa e milhares de zumbis, vem na minha direção eu tento fechar o portão só que não consigo, eles são mais fortes, eles vêm me atacar, não consigo me defender e sinto minha alma saindo do meu corpo”.

Acordo todo suado e bem assustado, mais um pesadelo igual o outro que tive na noite passada só que esse foi comigo, seria algum tipo de premonição ou aviso? Eu não sei, mas não queria ficar ali para saber, levantei observei que Carlos dormia não quis acordá-lo ele tinha vigiado a noite toda, fui até a cozinha e fiz um café da manhã reforçado, alguns biscoitos, pão caseiro que meu pai sempre fazia, leite e algumas frutas. Comi um pouco de tudo e já estava pegando minha Roupa que virou um uniforme e minhas armas, quando Carlos acordou e foi me procurando pela casa ainda meio perdido porque era o primeiro dia dele naquela casa, e me achou no quarto .

- Já está acordado a essa hora?

- Eu não vou ficar aqui parada sem fazer nada, toma esse café da manhã que eu fiz e vamos sair para procuramos um carro.

Felipe Crist
Enviado por Felipe Crist em 03/04/2008
Código do texto: T929629
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