As vezes paro tudo; fecho os meus olhos e tento conhecer me completamente

Quando assim os fecho
Tento viajar no tempo

Me vejo quando pequeno
Nestes momentos
tento focar nos pensamentos de alegrias
Porém, vem os traumas e as fobias

As minhas viagens podem ser acordado. Em uma fila de banco, ou na espera de esfriar um café

Meus pensamentos são os mocinhos e vilões deste meu velho Eu.

Sou tão
novo 36
Todavia, meu passado condena meus pensamentos.

Hoje vivo num estado de viver.

Não há nada de que eu possa sorrir ou chorar só viver

Meus pensamentos, que se dão também antes de dormir

Me transporto no futuro
Vejo minha filha casada
Com filho
Netos irão chegar na beira da minha cama
Tirando me desta transe de pensar

Eu sorrio feliz e tento imaginar o rostinho da menininha que escuto a voz

Daí me desconexo deste faz de conta, e observo que a voz é a da minha filha brincando,

Ainda é criança
Ainda tenho 36
Ainda o tempo não passou

Meus sonhos são sempre desconexos
Por conta disto evito assistir filmes de terror

As vezes durmo umas 12 horas por dia

As vezes duas

Mas sei que nos sonhos posso voltar ao passado

Na minha casa antiga
Com os meus 5 irmãos ao lado

Meu pai com cabelos negros autoritários

Minha mãe que a vejo em sonhos

É sempre assim;

Agora consigo viajar com o início do meu namoro
O nascimento da minha filha

Eu lendo uma redação na escola
E aguardando a reação da sala
O menino que puxava fios do meu cabelo na carteira atrás
A professora que não gostava de mim

É sempre assim,

Momentos felizes?
Eu tenho aos montes

Mas nesta máquina do tempo

Coisas que me fizeram eu um velho Eu
Palavras, gestos e sentimentos

São guardados
Sem o meu consentimento

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Waldryano
Enviado por Waldryano em 08/11/2019
Código do texto: T6789754
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