A Cidade Transversal - Parte V - Primeiro Contato

(Cidade Transversal, Cap. Summers, 2410.3005.0455)

Quando a Delta Flyer entrou naquela esfera algo deveras impressionante aconteceu no espaço ao redor dela. Luzes multicoloridas explodiam a frente de Summers, eram tantas cores, de tais formas, que muitas delas sequer eram compreendidas pelo seu cérebro primitivo. Os seus sentidos ficaram aguçados ao ponto de quase enlouquecer.

As transformações no espaço ao redor eram quase palpáveis, implausíveis e indescritíveis. Ele sentia em todo o seu corpo as mudanças que aconteciam do lado de fora da nave, como se alguma mão, pele ou algo que não conseguia explicar estivesse dentro daquele recinto e lhe toca-se leve e graciosamente. Se algo assim poderia acontecer no espaço profundo, pensou ele, e isto ao alcance do conhecimento dos Antigos, ou de quem quer que fosse, continuou, tentou imaginar o quão poderosos eram aqueles seres e até onde a sua genialidade poderia chegar.

E, então, veio algo ainda mais estranho, impressionante e louco que ele já tinha visto até aquele momento. Uma parede. Uma parede feita de tijolos marrons estava a sua frente. Summers ficou em dúvida se havia morrido, se tinha ido para alguma dimensão louca ou se simplesmente estava sonhando.

Digitou alguns comandos para verificar aquilo que via a sua frente era de verdade, ou se o que pensava que era a verdade. Não era para a sua surpresa que os sensores da Delta Flyer confirmaram que a sua frente havia uma parede de tijolos marrons e que o ar a volta da nave era completamente respirável.

Summers: *Mas como é possível?* - O seu olhar era de uma pessoa incrédula que havia encontrado Deus e, mesmo assim, ainda não conseguia acreditar naquele ser a sua frente. "Como que diabos pode existir uma parede de tijolos num lugar como este e ar respirável."

Enquanto se perguntava para si, tentando entender o significado daquilo tudo, alguma coisa batia no casco da nave. Depois veio o silêncio. Alguns segundos depois, veio uma nova batida e, novamente, o silêncio.

Summers: "Depois de dois antigos virem falar comigo e um ser de uma outra dimensão também, porque será que este está batendo na minha porta para entrar... será que, de repente, eles ficaram mais educados?"

Daniel se vestiu de acordo. Colocou um cinto na sua cintura que, na verdade, era um mini-buffer de transporte e lá continha algumas das provisões que trouxera consigo. Phaser, sua Keyblade, um pouco de comida e a sua Hazard Suit II pronta para ser ativada. Com um rifle Phaser em punho, foi até a parte lateral da nave e abriu a comporta. Nada mais poderia surpreendê-lo, nada mais, a não ser que fosse uma comitiva de boas-vindas.

Illix: "Seja bem-vindo Daniel, a nossa idílica Cidade Transversal eu sou..."

Summers: "D'nira Illix, portadora do simbionte Illix em sua nona simbiose." – Falou de uma só vez, para espanto dele mesmo quando vira aquela mulher que havia ido embora e nunca mais tinha voltado.

Illix: "Huuum, pelo visto você já me conheceu num outro universo." – Disse com um sorriso largo em seu rosto. "Será que você conhece outras pessoas que estão comigo?" – E abriu espaço para que Summers visse alguns outros que estavam ali.

Muitos a sua frente ele pouco conhecia, e os poucos que conhecia, vários mal se lembrava de seus nomes. Era impressionante a capacidade do ser humano esquecer de certas pessoas e eventos com o passar do tempo, ou de apenas selecionar aquilo que lhe agradava mais, mas, ainda assim, forçou um pouco a sua mente para ver se lembrava de alguém que ali estava.

Summers: "Não, não.. também não, tão pouco este, mas Assudani e Raphael? De onde vocês vieram..."

Assudani: "Desde que os Zerks mataram a Diana no nosso Universo, Raphael perdeu completamente a sua fala." – Tentou responder. "E tentamos esquecer estes eventos desde então. Claro que não viemos do mesmo universo que você, como bem sabe."

Summers: "O que é este lugar afinal? A junção dos infinitos multiversos?"

Um homem de cabelos longos, barba e olhos negros como o negrume do espaço, junto com uma mulher de cabelos róseos abriu caminho e se aproximou daquele pequeno grupelho e sorriu como nunca havia sorrido antes.

Snaker: "Esta é a pergunta de um milhão de creds." – Disse ele. "Parece que este é um lugar de transição onde certas pessoas de múltiplos universos vem para testar as suas habilidades, seus conhecimentos ou, simplesmente, para ajudar alguns outros que estão passando por algum tipo de aperto. Por exemplo eu..."

Dirana: "Deixe de ser falastrão um pouco e deixe alguns outros falarem." – E sorriu, observando Summers com um pouco de malícia enquanto apertada com um pouco de força a coxa esquerda de Snaker. "Como Michael estava dizendo e iria explicar como chegaria aqui, ele iria dizer que estávamos andando num carro flutuante nas Praias de Latorcia quando uma luz veio a nossa frente e acabamos por chegar aqui. Simples assim."

Snaker: "Talvez sejamos escolhidos ao acaso... talvez não. Os yanovans tentaram explicar um pouco como funciona a mentalidade de outros seres, mais velhos que eles e, digamos assim, mais alieniginas, mas nem mesmo eles conseguiram explicar completamente tais eventos." – Michael parecia uma criança com vários presentes em suas mãos tendo a atenção nas suas explicações daquele lugar, não existe nada mais extasiante que tentar explicar as coisas para um cientista. "Este lugar é uma verdadeira improbabilidade física, mas existe."

Michael iria continuar a explicar mais sobre o lugar, estava já abrindo a sua boca quando Summers se aproximou e disse com veemência.

Summers: "Eh... bem... senhor Snaker. Você falou muito e eu pouco entendi. Não seria melhor irmos para algum lugar para que, assim, eu possa entender melhor este lugar um pouco mais descansado?"

Helena: "Quem sabe, assim, alguns de nós entende o que diabos está acontecendo aqui..." – Disse uma moça com um uniforme antigo da Frota Estelar, Summers a reconhecia, era a Diana Helena O'Conell, Capitão da USS Atlantis.

Summers: "Capitão O'Conell?" – Sorriu e se aproximando dela. "Capitão Diana Helena O'Conell? Capitão da USS Atlantis?"

Helena: "Sim... sou eu mesma... como você me conhece?"

Summers: "Soube muito de você e suas missões na USS Atlantis nos meus tempos de Academia da Frota Estelar em 2390. Estudei por bastante tempo as suas escolhas como Oficial Comandante, juntamente com a sua primeira Oficial, Sarah McKenna, na verdade, eu encontrei uma Sarah McKenna no meu próprio tempo e..."

Helena: "E?"

Summers: "Desculpe Capitão, havia me esquecido que tem certas coisas que não podemos dizer sobre o futuro, quase havia me esquecido da Primeira Diretriz Temporal." – E sorriu. "Perdão, vou me introduzir. Sou Daniel Anderson Summer, Capitão da USS Bishop-A. É um prazer imenso de te ver... uma lenda."

Foi então quando surgiu alguém que lhe era bastante conhecido. O seu ar continuava o mesmo, o seu olhar também, mas sabia que ali não era a mesma Sarah que havia encontrado no seu tempo, mas alguém que o estava conhecendo agora.

Sarah: "Conseguiu algumas respostas Capitão?"

Helena: "Ainda nada Sarah, ainda nada... parece que muitos aqui foram abduzidos por uma força que está além de nossa compreensão e parece não haver ninguém que possa explicar o que houve."

Snaker: "Espere um pouco eu posso..."

Dirana: "Tentar explicar e nada mais... não venha dar uma de esperto numa hora dessas."

Illix: "Senhores, senhores, senhores... não adianta discutirmos aquilo que não compreendemos muito bem. Nós viemos até aqui com algum propósito e, talvez, Arcópole possa nos ajudar."

Snaker: "Ele está aqui? Um yanovan está aqui?"

Illix: "Sim, eu o encontrei a alguns anos atrás em Periaath, no centro da cidade. Mas ele me pediu para falar com ele apenas quando alguém que precisa chegar até a Encruzilhada viesse."

Helena: "E como é que você sabe que este alguém chegou?" – Perguntou a Capitão da USS Atlantis que ainda estava tentando compreender o conceito daquele lugar e porque toda a sua tripulação, assim como a sua nave, de repente se encontrava naquele lugar.

Illix apenas apontou um pouco para cima. Alguns não conseguiam compreender o que era aquilo, outros tantos achavam aquilo uma verdadeira piada de mal gosto e mais alguns desataram a rir. Onde a Illix estava apontando dizia-se: "Aquele que chegar a este ponto da Cidade Transversal será aquele que deverá seguir pela Encruzilhada dentre em breve."

Helena: "ow... não precisa explicar mais nada." – Disse com um sorriso amarelo no rosto.

Sarah: "O que esta Illix pensa quem é..."

(continua)

Para as outras partes acessem o meu perfil. Atualmente estamos na sexta parte.

Daniel Chrono
Enviado por Daniel Chrono em 11/09/2010
Reeditado em 11/09/2010
Código do texto: T2491232
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