Star Trek Unlimited - USS Fear - Coração Negro - Parte III
- Senhor... A analise espectral informa que estamos num corredor de ondas Verteronicas... as mesmas encontradas pela Bishop no Caminho de Haraqys em 2405. – Disse a Alferes Nadine ao terminar a análise do espaço onde eles se encontravam no momento.
- Bom, isto já alguma coisa. – Disse o Primeiro Oficial. – Mas o sistema de polarização não deveria nos proteger contra esse tipo de onda?
- Sim, nos protegem... mas não sabemos, ainda, como funciona a fisiologia Eiorq sob certas circunstâncias. – Disse a Dra. Martinez que já havia deixado os dois prisioneiros Eiorqs totalmente sedados na cela, Carlos estava cuidando dos dois. – É por isso que eu fiz um exame e aqui está o resultado. – Entregando um PADD para Mellory.
O Primeiro Oficial leu atentamente todo o relatório escrito pela Doutora. Deveras interessante saber ainda mais sobre a biologia dos Eiorqs, um estudo que vai servir futuramente para a Frota Estelar em Armas Bioquímicas, vendo que, como uma das características únicas desta raça, era absolver uma quantidade, mesmo que mínima, de certos tipos de radiação e acumulá-las para poder ficar mais forte.
- Mais forte? – Indagou John.
- Eu explico. – Se aproximou da Tela Central e baixara um arquivo para o computador da Ponte de Comando. – As células Eiorq têm uma organela aparentemente desnecessária e sem qualquer função. Quando comecei a jogar todo o tipo de radiação um fato interessante aconteceu. Algumas radiações deixaram a organela agitada e ativa, fazendo-a acumular, por meio de átomos de carbono bio-ativos, a energia advinda de algumas radiações. – Ela mostrou o que tinha gravado e, realmente, mostrava a organela reagir às radiações e modificar toda a célula onde ela estava em cor e estatura. – Chega um certo ponto onde a organela, e conseqüentemente a célula, não agüentam mais a carga de energia. Então ela se divide e repassa a energia coletada as outras células, deixando o Eiorq bio-energeticamente carregado.
- Muito interessante. – Disse John.
- Mas não é só isso... com essa energia “extra” os Eiorqs são usados para múltiplas funções. – Continuou Liv.
- Armas vivas... – Disse o Capitão Tarsos saindo do seu gabinete. – Assim como era antigamente feito com os nossos antepassados. Homens e mulheres davam a vida por uma causa. A Frota Estelar tinha estudado um pouco sobre os Eiorqs, isto é, aqueles que sobreviveram, mas não sabiam diagnosticar os porquês das bioconexões em seus braços e, também, porque alguns deles tinham energia o suficiente para levar uma Nave Auxiliar em Dobra 3 por 12 horas.
- Possivelmente... – Nadine também entrou na conversa – as bioconexões eram usadas para carregar algum tipo de arma ou, no caso em questão, de conservar o máximo de energia possível.
- Sim... a Frota Estelar encontrou vários corpos de Eiorqs numa nave Forasteira em 2410, todos eles interligados pelas bioconexões. Pensaram que eles eram usados como apoio computacional, já que tudo levava a crer nisso. Nunca achariam que os Eiorqs poderiam usar aquelas bioconexões para dar energia a armas... são como baterias-vivas. – Concluiu o Primeiro Oficial receoso.
O silêncio tomou conta da Ponte de Comando. Eram muitas conjurações sendo feitas naquele momento. Quantas raças os Forasteiros haviam criado somente para o seu bel prazer? Seriam eles piores que o Dominion? Era o que parecia, pois os Forasteiros tinham domínio sobre a tecnologia mecânica e biológica a tal ponto que nem os Borgs pareciam páreos a eles.
O pior de tudo é que esta era a terceira raça encontrada pela Federação na Galáxia de Aquário criada pelos Forasteiros. O mais intrigante de tudo era que todas as raças não tinham nada em comum e, também, estas se encontravam em pontos distantes e desiguais da Galáxia.
- Esses Forasteiros... não há como confiar neles... – Disse o Primeiro Oficial pensando sobre a trégua que a Frota Estelar tentou fazer com os Forasteiros em 2406, logo após o Primeiro Contato.
- Isto é verdade. – Falou o capitão. – E o que podemos fazer para proteger os Eiorqs de outras radiações e façam com que eles virem balões e explodam Dra?
- Acho que um escudo nível três e tentar desviar de nossa rota atual com essas ondas Vassalonicas o máximo possível já seria um começo. – Prescrevendo o seu “remédio” para a atual situação.
- Tenente Nissa... faça o que foi pedido pela nossa gentil doutora.
- Sim senhor. – Respondeu a Andróide.