Star Trek Unlimited - USS Fear - A Mão

Observações: Star Trek Unlimited faz parte de um PBeM (Play By Email) que venho desenvolvendo e jogando a mais de 8 anos, este e outros Fanfics e contos do Star Trek Unlimited foram criandos para que a história fluísse bem e, também, para abrir e/ou fechar alguns buracos.

Espero que gostem, mesmo sendo uma fanfic.

====================

Prelúdio

Um outro lugar. Espaço profundo. Muito além da onde qualquer ser vivo tenha ido antes, ou é o que se pensa até hoje. Um grande feixe de luz surge no horizonte, um único feixe de luz. A luz, de cor avermelhada, cegaria qualquer um que pudesse olha-la, mesmo que fosse por alguns instantes. Ninguém, mesmo o ser mais velho no universo, saberia o que estava se formando. Não, ninguém poderia saber. A força que surge desta luz é algo hipnotizante e aterrorizante. A luz some.

=/\= CAP. I =/\=

A USS Fear continua a sua jornada. Ela, juntamente com várias outras naves, faz a patrulha no espaço da Federação na Galáxia de Aquário. Há muito tempo não havia qualquer tipo de ação dos Borgs ou dos Forasteiros.

O capitão da Fear, Saulo Tarsos, estava no seu escritório. Pensava na ultima reunião que tivera com a Frota Estelar. Naquela reunião estava o capitão da nau capitania de Frota Estelar da Galáxia de Aquário, Daniel Summers, este ressaltou a importância estratégica da Federação na Galáxia e das pesquisas contra os Borgs ali. Falara também que todos deveriam se manter unidos o máximo possível, nada deveria estremecer a base ideológica da Frota ou da Federação. Custe o que custar.

Aquelas foram as palavras que Saulo tinha ouvido de Summers, sendo também as únicas. Todos estavam receosos por causa do desaparecimento da Bishop a pouco mais de 3 semanas. Ninguém sabe aonde está ela ou o paradeiro dos seus tripulantes. A Bishop era uma das poucas naves que podiam enfrentar um cubo borg sem medo de derrota. A USS Victoria e a USS Sezamus são agora as únicas naves da Classe Bishop disponíveis, mas ainda com um poder de fogo menor do que a original.

'Tudo ainda está muito tranqüilo... Isso não é bom.' Pensou Saulo.

O som do computador soou.

- Entre.

- Capitão.

- Senhor Mellory. O que houve?

- Não senhor. Apenas relatórios de rotina.

- Ótimo. Deixe aqui.

O primeiro oficial deixou o PADD em cima da mesa de Saulo. Mas ele continuou ali parado.

- Algo mais Senhor Mellory?

- Não senhor... mas...

- Sim...

- Estamos aqui no espaço mais distante da Federação na Galáxia de Aquário e estou muito preocupado com isso.

- Qual o motivo?

- Senhor. Os dados do Domo indicavam que essa região do espaço não havia qualquer tipo de civilização.

- Isso eu sei.

- Mas, como o senhor irá ver no PADD, existem mais de 40 civilizações só nesse setor, sendo que, 12 delas estão em plena idade espacial.

Saulo ficou espantado com a falta de informações que o Domo tinha dado a Frota sobre esse setor. Será que havia algum motivo para tanto? Ou apenas precaução?

- Eles. - Se levantando da cadeira. - Já tem tecnologia de Dobra?

- Segundo nossos sensores não. Duas dessas doze civilizações estão num estado avançado de manipulação matéria/anti-matéria. Possivelmente eles descobriram a Dobra em 5 a 6 anos.

- Vamos passar o mais longe possível desses sistemas. Não sabemos se eles possam ter tecnologia para nos localizar.

-Sim senhor. - Mellory saiu da sala do capitão.

USS Fear, Ponte de Comando

- Tenente Nissa, traçar novo curso. Vamos ter que nos desviar desses planetas habitados.

- Sim senhor.

Depois do novo curso traçado, algo de estranho acontece com a nave. Houve uma parada total nos motores e, ainda, ficaram com apenas energia auxiliar.

- Engenharia reporte.

[Senhor. O motor de dobra simplesmente parou de funcionar.]

- Como isso é possível? - Perguntou Mellory

[Estamos passando agora uma varredura diagnostico nível 1. Iremos informar em 1 hora.]

- Espero respostas. Mellory desliga.

O capitão saiu do seu gabinete.

- Senhor Mellory. O que houve?

- Capitão. O núcleo de dobra parou de funcionar.

- Razão?

- Sem nenhuma razão aparente. A engenharia está fazendo um diagnostico.

- Senhor...

- Diga Tenente Carlos.

- Estou captando um sinal subespacial vindo de 111 marco 223. - Falou o oficial de Segurança.

- Alguma assinatura conhecida?

- Espere um pouco... - digitou alguns comandos no seu console. - Parece ter características forasteiras.

- Os Forasteiros aqui? - Perguntou surpreso Mellory.

- É improvável senhor. - Respondeu Nissa a Andróide que foi criada em 2400 nos laboratórios da Base X. Ela é uma nova linha de andróides mais modernos que Data e, como melhoria, já vem, junto no seu cérebro positronico, o chip de emoção com todas as experiências que o andróide Data já havia passado, ela continuou - Possivelmente pode ser alguma nave desgarrada de uma Frota ou, num caso mais provável, uma nave encontrada por uma dessas raças que compões esse Setor.

- Qual a distância da nave até a direção especifica Tenente? - Perguntou Saulo.

- 200.000 Km senhor.

- Mande uma sonda. Quero saber o que temos por lá. - Ordenou Saulo.

- Não precisamos mandar uma sonda senhor...

- Por que? - perguntou o capitão.

- Porque a nave está vindo em nossa direção.

- O que? - Disse Mellory - Será que eles nos localizaram?

- Bem possível senhor. - Falou Carlos.

- Situação de defesa? - Perguntou Saulo.

- Escudos e armas no mínimo. Temos, ainda, ¼ de impulso para 5 minutos.

- O jeito é ficar esperando aquela nave chegar. Tempo de chegada? - Perguntou Saulo.

- Chegaram, na velocidade atual, em 12 minutos.

Eles não tinham muito o que fazer a não ser esperar que a nave, possivelmente forasteira, chegue perto deles. Todo o seu sistema de armas e defesa estava comprometido por causa da 'falha' do motor de dobra. E mesmo se conseguissem escapar com a pouca energia que tem na reserva, não lhe dariam muita vantagem.

A nave estava em alerta amarela.

[ Normak para engenharia.]

-Fala Tarsos.

[Capitão. O problema do núcleo de dobra é por causa de uma emissão subespacial que está vindo de um buraco negro a 1 ano luz daqui.]

- Há algum jeito de reverter essa situação? - Perguntou o capitão.

[ Sim. Posso tentar criar um campo de força nas naceles e no núcleo. Isso talvez consiga diminuir a emissão subespacial.]

- Quanto tempo?

[ 20 minutos. No máximo.]

- Faça. Tarsos desliga. - Voltou-se para Nissa. - Nissa, vamos ter 8 minutos para ficar embromando com esses 'forasteiros'.

- Sim senhor.

- Sr. Carlos. Preparar manobras evasivas com a energia auxiliar e com as armas que temos disponíveis.

- Sim senhor.

- Vamos esperar eles chegarem.

Tarsos se sentou na cadeira de comando.

'Por que fui reclamar que não tinha nada para fazer ontem?'

Capítulo II

=/\= Desconhecido =/\=

Uma sala obscura continha dois seres. Nunca ninguém havia visto eles antes.

- Nimak utar oitek rmida. (Tradução: Enfim eles chegaram aqui)

- Barak klo atar. (Sejamos cautelosos)

- Agar ro marara ritiko. (Iremos apenas conhece-los.)

- Loi ait woi violo shiga poi trymaite jail... (Por enquanto, o céu pertence a eles. Mas, com nossas mãos... )

- Hklo tinia iro mae (Nós tomaremos de volta.)

Depois foi visto ou ouvido mais nada. No espaço havia uma grande nave. Tão grande quanto a lendária nave V'ger, mas muito mais grotesca.

=/\= Espaço conhecido, USS Fear =/\=

- Dois minutos para contato visual senhor. - Informou Carlos.

- Vamos nos preparar. - Falou Saulo.

A nave que vinha do setor supracitado anteriormente era mesmo uma nave Forasteira. Mas parecia que havia diversas modificações no desenho desta. A cor, em primeiro lugar, era branca, ao contrário das naves forasteiras que eram de cor escuras. O desenho de suas naceles também eram diferentes.

- Contate-os. - Ordenou Mellory.

- Canal aberto senhor. - Disse Carlos.

- Aqui é o capitão Saulo Tarsos da nave da Federação USS Fear. Por favor, se apresentem.

Uma imagem apareceu. Era de um ser humanóide. Cabelos grandes negros. Olhos totalmente azuis e pele roxa. Não tinha sobrancelha e seus ouvidos eram apenas dois orifícios. A sua boca, aparentemente, era coberta por um tipo de pele azul transparente.

- Sou o Faitar dessa nave. Meu nome é Rito Farar. Eu represento a raça Giot do planeta Eita. Sejam bem-vindos ao nosso espaço.

- Obrigado por sua cordial resposta.

- Diga-me Tarsos. O que houve com a sua nave. Captamos uma assinatura de dobra e pensamos que fosse forasteira. Mas quando chegamos aqui era a sua nave.

- A nossa nave está com problemas com emissões subespaciais.

- Está se referindo ao Kilomar?

- Kilomar? - Perguntou Saulo.

- Sim. O Kilomar é uma interferência subespacial criada pelos Zadows para que nenhuma raça pudesse desenvolver a dobra espacial nesse setor.

- Os Zadows? - questionou Nissa. Ela ficara bastante curiosa, pois havia poucas informações sobre essa raça misteriosa.

- Sim. Os Zadows. - Respondeu Farar. - Capitão. Se quiser, podemos ajudar a sua tripulação para ajeitar o seu motor de dobra e este ficar protegido pelo Kilomar.

- Vocês conhecem o motor de dobra? - Estava abismado Saulo.

- Sim. Nós conhecemos o motor de dobra a mais de 400 anos. Só que nós podemos usar eles agora, depois que encontramos essa nave Forasteira abandonada. Podemos ajuda-los?

- Mas é claro. E, aproveitando a deixa, poderemos discutir mais sobre os Zadows num jantar às 1900. Que tal?

- Ficamos muito agradecidos pelo convite.

- Por favor, transfira para o nosso computador os pratos que vocês comem.

- Com prazer.

=/\= USS Fear, Bar panorâmico, 1900 =/\=

- Sejam bem-vindos senhores. Vocês já devem conhecer os meus tripulantes menos a Alferes Nadine Hamiel. Ela é nossa oficial de ciências.

- Nadine.

- Senhor Farar.

Os pratos começaram a ser servidos a gosto dos tripulantes da raça Giot.

- Diga-me senhor Farar. - Começou a falar Nissa. - Vocês conheceram mesmo os Zadows?

- Nossa raça, desde de antigamente, vem sendo manipulada pelos Zadows.

- Mas como? Os relatórios do Domo dizem que eles desapareceram a muito tempo. Como eles ainda podem estar manipulando vocês? - Perguntou Saulo.

- Existem várias maneiras de manipulação, caro capitão. Mas eles conseguem nos manipular da maneira mais direta possível.

- Como seria essa maneira direta? - Perguntou o capitão.

- Vocês devem conhecer os chamados portais de Hiper-pulo.

- Sim. - Respondeu Nissa - nós encontramos um na Base X em 2378.

- Esses portais de Hiper-pulo são uma construção dos Zadows. Foram eles a mais de 30.000 ciclos...

- 10.000.000 ciclos? Quanto isso daria em dimensões temporais da Federação? - perguntou Mellory.

- De acordo com o seu sistema métrico de contagem de tempo daria um pouco mais de 1.000.000.000 anos. Nós ainda éramos uma raça recém-formada quando os Zadows construíram esses portais. Segundo os manuscritos Zadows que conseguimos recuperar, eles construíram isso para atacar uma raça que se autodenominava de primogênita.

- Primogênita?

- Capitão - Falou Nissa - Talvez seja a mesma raça que foi responsável pela possível formação de vida na via láctea.

- Será? Diga-nos Farar. Onde esse primeiro portal que foi criado pelos Zadows iria parar?

- Em alguma outra galáxia...

- Daria para nos mostrar isso na nossa cartografia estelar?

- Com todo prazer.

- Mas antes vamos terminar o jantar.

Todos continuaram a comer.

=/\= USS Fear, Corredores =/\=

O oficial de Engenharia e o oficial de segurança estavam andando pelos corredores da Fear.

- Será que isso tudo é verdade?

- O que Carlos?

- Essa história de um portal feita a mais de 1.000.000.000 anos para destruir os tais primogênitos?

- Quem é que pode saber disso? Talvez esses Zadows não quisessem que as raças de nossa galáxia pudessem nascer.

- Sabe o que eu estou pensando agora...

- O que?

- Talvez esses Zadows possam ter conhecido os Q's e, quem sabe... os borgs? - Falou Carlos.

- Ninguém pode dizer nada contra ou a favor no momento... - Disse Normak.

=/\= USS Fear, Cartografia Estelar =/\=

Eles estavam na cartografia estelar. Todos os bancos de dados disponíveis sobre aquele setor estavam sendo carregados.

- Senhor Farar. Me conte mais sobre os Zadows - Pediu Nissa.

- Jovem senhorita. Os Zadows é a espécie mais impiedosa que se pode conhecer em todos os setores desse universo.

- Perainda. - Ela podia fazer contrações. - O senhor disse no presente 'é', essa raça ainda existe?

- Sim. Eles foram embora desse lado da galáxia a apenas 200 anos. Desde então nunca mais foram vistos.

- Eles, quer dizer, que podem ainda estar por aí.

Farar não pode responder essa pergunta pois Tarsos o chamara.

- Então Sr. Farar? Aqui está o local do portal, onde o senhor indicou, e - o zoom foi diminuído - aqui temos a atual localização de nossa galáxia.

Farar olhou atentamente os mapas. Depois de alguns segundos.

- É exatamente isso. O portal foi mesmo construído para ir a sua galáxia.

- Conte-nos o resto dessa história.

- Bem capitão. Os Zadows construíram o portal para ir para a sua galáxia. De acordo com os manuscritos, eles lutaram contra os primogênitos durante 2.000 anos seguidos. Mas não conseguiram nada. Pois esses primogênitos eram muito mais fortes que eles. Antes de voltarem para a Galáxia de Aquário, os Zadows criaram uma raça onde a sua força seria totalmente orgânica. Olhe - Mostrou num PADD uma figura que havia nas paredes nas cavernas do seu planeta - é essa raça deixada pelos Zadows na sua Galáxia e que nunca tivemos noticia.

- Mas isso é... - Olhou espantado Saulo.

- Um 8472. - Completou Nissa.

- Vocês já se encontraram com eles? - Perguntou Farar.

- Sim. - Disse Nissa. - Algumas vezes.

- Essa raça foi engendrada geneticamente para que, no futuro, pudesse impedir as criações dos primogênitos. - Completou Farar.

- Você sabe algo sobre os Forasteiros? - perguntou Saulo.

- Sabemos muita coisa...

- Poderia nos compartilhar informações? - Perguntou o capitão.

- Possível... - De repente, Farar foi transportado.

=/\= CAP. III =/\=

=/\= USS Fear, Ponte de Comando =/\=

- O que houve Tenente Carlos? - perguntou o capitão.

Ele não tinha o que falar. Apenas apontou com o dedo para a tela. Ao fundo poderia ver uma gigantesca nave e um campo energético envolvendo tanto a nave dos Giot quanto a Fear.

Uma imagem apareceu na tela.

- Estudamos sua linguagem e vocês nos entenderão. Vocês não pertencem a esse lugar.

As duas naves foram transportadas para perto do planeta dos Giot.

- Essa raça não pertence mais a esse plano. - disse a figura misteriosa.

Um grande raio foi atirado para o planeta. Em poucos minutos tudo foi destruído. Não havia mais raça Giot, nem qualquer vestígio da nave que atacou eles.

- O que foi isso? - Perguntou Saulo.

- Simplesmente não sei senhor. - Respondeu Carlos. - A nave apareceu do nada e desativou nossas armas antes mesmo que eu pudesse disparar um torpedo.

- Mas como?

- Desativaram tudo.

- Senhor... - Falou Nissa

- Sim...

- Eles puxaram mais de 1.5 quiloquads de memória de nosso computador.

- Quais foram as informações?

- Dados estratégicos...

- Que Deus nos ajude com esses seres. Tenente Nissa. Traçar um curso para fora desse setor. Dobra máxima.

Uma nova ameaça parece espreitar a Federação. Quem seriam os Zadows realmente? O que será que eles queriam?

=/\= Epílogo =/\=

O confronto com os Zadows não foi imediato. No ano de 2700 começou a Guerra Negra. Uma Guerra onde o futuro foi totalmente redefinido. Um futuro, um lugar onde tudo que era de bom perdeu-se nas linhas do tempo. Mas as marcas deixadas por essa guerra só começariam a aparecer em 2940. Onde a paz deixou de uma vez a Federação. No lugar da paz, veio o odioso Imperium.

Esperança, paz, harmonia. Essas palavras não fariam sentido nos próximos 800. Até o surgimento de um novo homem. Ele vinha de algum lugar no tempo com uma nova concepção sobre a palavra paz.

Um novo tempo pedia velhas atitudes. Um velho homem que, no controle de uma nave chamada Quest, lutaria com todas as forças contra o Imperium e contra a Nova Federação. Daqui a 1300 anos a luta continuaria.

Daniel Chrono
Enviado por Daniel Chrono em 19/08/2010
Código do texto: T2446764
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.