A BARCAÇA - 6º EPISÓDIO: PERPLEXIDADE . . .
Os intercomunicadores para fazerem baixar os flutuadores não funcionam!...
Tocam-se os tentáculos em desespero!
Por vários oicóns permanecem imóveis tocando-se.
Mas eles são criaturas altamente treinadas e especializadas e logo depois reagem.
Dado que todos os intercomunicadores não funcionam, é sinal de não ser avaria. Há algo que interfere com o sinal de rádio e é necessário afastarem-se dali. Por unanimidade dirigem-se para o lado do bosque que antes, tão levianamente, haviam atravessado.
Chegados à sua orla voltam a experimentá-los sem sucesso.
Antes de se embrenharem nele, fazem uma pausa para se alimentarem mas principalmente, para tomarem o preparado que anula os efeitos levemente embriagantes do ar que respiram e para mudarem de tentáculos a carga que transportam.
Já mais recompostos entram no bosque.
E novamente se voltam a encantar com o que os cerca!
Filtrados pelos ramos das grandes plantas, os raios luminosos de 2 das 3 estrelas, são como bastões de luz que se entrecruzam fazendo lembrar os templos dos firakens em Barzub, 5º planeta da estrela Mass, constelação do Barsim na Galáxia oval Béuskit. Fora lá que usaram os atordoadores neurais pela 1ª vez, depois da rebelião dos sacerdotes do Deus Hicks, o das mil cabeças. A desordem tomara proporções enormes e os militares locais haviam sido desarmados pelos populares. O governo de então, embora provisório, pedira ajuda à Federação Galática que para lá enviou a BARCAÇA, pelo subespaço.
Fora uma experiência traumatizante porque nunca souberam se haviam regulado os atordoadores na frequência certa para esses seres bípedes e de aspecto selvagem.
Mas este e outros casos pertencem a outra época, quase que a outra vida!
Neste momento estão no bosque admirando os raios de luz multicoloridos.
Os ruídos próprios de um bosque tornam-nos inseguros, eles que estão habituados a percorrer o Espaço profundo! Mas aqui há um não sei quê de misterioso... Ou talvez seja ainda reflexo do que há tão pouco tempo passaram na sala.
Voltam a testar os intercomunicadores sem resultado.
É Ruveni quem repara em algo semi-enterrado entre ramos caídos no solo. Parece um cabo, dos que os mértrus usam para transferências de energia. Os mértrus são considerados tecnologicamente pouco evoluídos; ainda não dominam as viagens interplanetárias embora já tenham alguns satélites em órbita, principalmente para espionagem. São aguerridos e a sua principal ocupação é atacarem-se uns aos outros. São bípedes com asas palmípedes nos membros superiores. Vivem em habitações rústicas nas copas de grandes plantas.
Ruveni dá o alarme e todos se dirigem para ele e olham o objecto. Não têm dúvida quanto ao ser artificial. Terjeboe toca-lhe com a ponta de um tentáculo e nada acontece. Resolve desenterrá-lo o que foi tarefa fácil pois é apenas um pedaço de cabo, talvez caído e esquecido... Só esta ideia os põe apreensivos: caído de onde e esquecido por quem?
O cabo acaba por ser colocado num contentor ainda vazio. Vão levá-lo para ser exminado e analisado na BARCAÇA.
De um dos charcos de líquido sulfúrico levantam voo 6 ou 7 criaturas aladas deixando atrás de si um rasto fluorescente amarelo. Fazem-no ruidosamente lançando gritos estridentes e em poucos oicóns desaparecem entre os ramos.
De uma das altas plantas cai um grande ramo que por pouco não acerta em Garr, seguido de outros de menores dimensões. Afastam-se rapidamente da zona. Parece ser um ataque deliberado! Serão as criaturas aladas irritadas com as suas presenças?
Mais à frente voltam a testar os intercomunicadores com o mesmo resultado.
Algumas das plantas têm ramos baixos o que dificulta a marcha do grupo.
Agora o bosque é mais cerrado e pouca claridade consegue penetrar. Ligam as luzes que têm de modelar mais uma vez pois foram usadas na sala em total escuridão. Ligam também os infravermelhos e desta vez conseguem vislumbrar várias criaturas com corpo quente que correm velozmente, fugindo deles... São tubulares com vários apêndices com os quais se movem agilmente; há-os de vários tamanhos mas mesmo assim pequenos.
Presa a um ramo com garras enormes, está uma criatura achatada e larga de um tom verde-alaranjado. Tem o que parece ser uma cabeça triangular com um orifício no vértice mais afastado, de onde sai um jacto fumegante com o qual procura atingir Rostiam que se afasta rapidamente.
Caminham agora mais facilmente porque as plantas estão outra vez mais afastadas umas das outras.
Voltam a sentir o odor almiscarado que eles associam à criatura que viram antes, a que se parece com o trikus de Marea mas que desta vez não se cruza com eles.
Pela 6ª ou 7ª vez tentam a ligação mas sem a conseguirem.
Aos poucos as grandes plantas vão rareando dando lugar a outras de pequeno porte e, finalmente chegam à orla oposta do bosque e à colina das plantinhas esguias e roxas que balançam à brisa que vem do mar.
Voltam a tentar a ligação e, para grande alívio de todos, conseguem-na fazer.
Tocam-se com as extremidades dos tentáculos, unem as cabeças globulares, cerram os múltiplos olhos e cantam o Hino da Academia com o som gutural saído das fendas que têm no topo das cabeças.
Os flutuadores chegam até eles mas reparam que um deles vem com a escotilha do lado do piloto arrombada...
Beijinhos,
Os intercomunicadores para fazerem baixar os flutuadores não funcionam!...
Tocam-se os tentáculos em desespero!
Por vários oicóns permanecem imóveis tocando-se.
Mas eles são criaturas altamente treinadas e especializadas e logo depois reagem.
Dado que todos os intercomunicadores não funcionam, é sinal de não ser avaria. Há algo que interfere com o sinal de rádio e é necessário afastarem-se dali. Por unanimidade dirigem-se para o lado do bosque que antes, tão levianamente, haviam atravessado.
Chegados à sua orla voltam a experimentá-los sem sucesso.
Antes de se embrenharem nele, fazem uma pausa para se alimentarem mas principalmente, para tomarem o preparado que anula os efeitos levemente embriagantes do ar que respiram e para mudarem de tentáculos a carga que transportam.
Já mais recompostos entram no bosque.
E novamente se voltam a encantar com o que os cerca!
Filtrados pelos ramos das grandes plantas, os raios luminosos de 2 das 3 estrelas, são como bastões de luz que se entrecruzam fazendo lembrar os templos dos firakens em Barzub, 5º planeta da estrela Mass, constelação do Barsim na Galáxia oval Béuskit. Fora lá que usaram os atordoadores neurais pela 1ª vez, depois da rebelião dos sacerdotes do Deus Hicks, o das mil cabeças. A desordem tomara proporções enormes e os militares locais haviam sido desarmados pelos populares. O governo de então, embora provisório, pedira ajuda à Federação Galática que para lá enviou a BARCAÇA, pelo subespaço.
Fora uma experiência traumatizante porque nunca souberam se haviam regulado os atordoadores na frequência certa para esses seres bípedes e de aspecto selvagem.
Mas este e outros casos pertencem a outra época, quase que a outra vida!
Neste momento estão no bosque admirando os raios de luz multicoloridos.
Os ruídos próprios de um bosque tornam-nos inseguros, eles que estão habituados a percorrer o Espaço profundo! Mas aqui há um não sei quê de misterioso... Ou talvez seja ainda reflexo do que há tão pouco tempo passaram na sala.
Voltam a testar os intercomunicadores sem resultado.
É Ruveni quem repara em algo semi-enterrado entre ramos caídos no solo. Parece um cabo, dos que os mértrus usam para transferências de energia. Os mértrus são considerados tecnologicamente pouco evoluídos; ainda não dominam as viagens interplanetárias embora já tenham alguns satélites em órbita, principalmente para espionagem. São aguerridos e a sua principal ocupação é atacarem-se uns aos outros. São bípedes com asas palmípedes nos membros superiores. Vivem em habitações rústicas nas copas de grandes plantas.
Ruveni dá o alarme e todos se dirigem para ele e olham o objecto. Não têm dúvida quanto ao ser artificial. Terjeboe toca-lhe com a ponta de um tentáculo e nada acontece. Resolve desenterrá-lo o que foi tarefa fácil pois é apenas um pedaço de cabo, talvez caído e esquecido... Só esta ideia os põe apreensivos: caído de onde e esquecido por quem?
O cabo acaba por ser colocado num contentor ainda vazio. Vão levá-lo para ser exminado e analisado na BARCAÇA.
De um dos charcos de líquido sulfúrico levantam voo 6 ou 7 criaturas aladas deixando atrás de si um rasto fluorescente amarelo. Fazem-no ruidosamente lançando gritos estridentes e em poucos oicóns desaparecem entre os ramos.
De uma das altas plantas cai um grande ramo que por pouco não acerta em Garr, seguido de outros de menores dimensões. Afastam-se rapidamente da zona. Parece ser um ataque deliberado! Serão as criaturas aladas irritadas com as suas presenças?
Mais à frente voltam a testar os intercomunicadores com o mesmo resultado.
Algumas das plantas têm ramos baixos o que dificulta a marcha do grupo.
Agora o bosque é mais cerrado e pouca claridade consegue penetrar. Ligam as luzes que têm de modelar mais uma vez pois foram usadas na sala em total escuridão. Ligam também os infravermelhos e desta vez conseguem vislumbrar várias criaturas com corpo quente que correm velozmente, fugindo deles... São tubulares com vários apêndices com os quais se movem agilmente; há-os de vários tamanhos mas mesmo assim pequenos.
Presa a um ramo com garras enormes, está uma criatura achatada e larga de um tom verde-alaranjado. Tem o que parece ser uma cabeça triangular com um orifício no vértice mais afastado, de onde sai um jacto fumegante com o qual procura atingir Rostiam que se afasta rapidamente.
Caminham agora mais facilmente porque as plantas estão outra vez mais afastadas umas das outras.
Voltam a sentir o odor almiscarado que eles associam à criatura que viram antes, a que se parece com o trikus de Marea mas que desta vez não se cruza com eles.
Pela 6ª ou 7ª vez tentam a ligação mas sem a conseguirem.
Aos poucos as grandes plantas vão rareando dando lugar a outras de pequeno porte e, finalmente chegam à orla oposta do bosque e à colina das plantinhas esguias e roxas que balançam à brisa que vem do mar.
Voltam a tentar a ligação e, para grande alívio de todos, conseguem-na fazer.
Tocam-se com as extremidades dos tentáculos, unem as cabeças globulares, cerram os múltiplos olhos e cantam o Hino da Academia com o som gutural saído das fendas que têm no topo das cabeças.
Os flutuadores chegam até eles mas reparam que um deles vem com a escotilha do lado do piloto arrombada...
Beijinhos,