SWING INTERPLANETÁRIO

No meio da noite o casal é acordado por um disco voador, que pousa na entrada do sítio. Um casal desce da nave. Eles eram de Marte e tinham vindo em paz. Passado o susto inicial, os quatro começam a conversar amigavelmente com a ajuda de um tradutor trazido pelos marcianos. O casal deu adeus para a monotonia. Os dias mecânicos, cheios de cinza insípido, tinham ficado para trás por algum tempo.

Pouco tempo depois, estão todos sentados no sofá, tomando wisky. Uma dose aqui, outra ali e logo todo mundo estava alto, em uma atmosfera wiskosa. A certa altura da conversa, o marciano diz que em seu mundo era costume emprestar a esposa para um novo amigo, em sinal de cortesia. Os demais topam e eles resolvem fazer uma troca de casais.

A mulher, com um sabor de botão de rosa primaveril na face, se tranca no quarto e tira a roupa do seu parceiro. Mas qual não foi a sua decepção ao ver o órgão sexual do marciano, que deveria ter no máximo uns cinco centímetros.

Ao perceber o tom de decepção no rosto da parceira, imediatamente o marciano torceu uma de suas orelhas e seu órgão dobrou de tamanho; uma nova torcida, e o negócio ficou enorme, como em um passe de mágica! De repente, o quarto tinha virado uma imensa cartola e a mulher era uma coelha no cio, cavalgando pela noite, os prazeres da vara mágica do ilustre visitante.

Depois que os marcianos foram embora, na manhã seguinte, não cabendo em si de tanta satisfação e transparente como o sol da manhã, a mulher vira-se para o marido e pergunta:

- E então, querido, como foi a sua noite com a marciana?

- Foi horrível! Aquela marciana é completamente maluca! Ela passou a noite inteira torcendo as minhas orelhas!