SONHOS ÚMIDOS DIVIDIDOS (recantistas vão se achar por aqui)
Norma Aparecida e os amigos Dilson Poeta e Luiz Cláudio Santos, em terras separadas, dormindo profundamente sonham...
Nadam em verdes marés, onde as águas massageantes, afagam com vigor corpos amigos poéticos. Luna Mia dá braçadas com os membros bem treinados no Pilates, Lumah apenas dá pulinhos nas espumas, que lambem a areia molhada, tem um medinho das ondas.
Antônio Jadel, que até junto ao mar corre forte, mergulha nas ondas num salto atlético. Lélia Angélica, sempre pensativa, reflete os pensares do mundo, antes de calmamente deixar-se banhar pelas águas verde azuladas. Nádia Gonçalves, cuida de cada passo, antes de pedir bençãos para Netuno e, deixar o seu corpo afundar no sal úmido da vida, até emergir sorrindo.
Moacir fica pensando, no conterrâneo saudoso poeta Ansilgus, um multi artista que amava soltar pipas na praia, então, para lhe prestar um singela homenagem sobre a areia molhada, se junta aos amigos Zédio Alvarez, Juli Lima e Arnor Milton, tal qual crianças, ficam empinando pipas coloridas, riscando um céu azul com poucas nuvens brancas.
O Poeta Olavo protegendo os olhos, coloca um par de óculos escuros estilosos, mas, apenas crocodila na espreguiçadeira sobre a areia, olha o movimento do mar, mas, prefere observar o 'ondular' de certas ancas femininas, que desfilam com sensualidade, ao alcance do seu olhar, que danadinho.
Sonhos afetivos dos amigos de letras, adormecidos. Desejos poéticos de Natureza, onde dividem o Bem, que dentro de cada um pulsa com sensível suavidade, para os amigos.
Norma Aparecida se espreguiça, lá pelo meio da manhã, estranha o cabelo molhado e se dá conta, lambendo um dedo, que a umidade é salgada...ela ri sem acreditar como o sonho foi real.
Dilson desperta com bocejo ruidoso, sentindo a boca salgada, nem se deu conta de associar ao sonho que tivera, ficou com a sensação de não ter escovado os dentes, acabou gargalhando pensando na própria idade...Ah! Isso acontece...
Luiz Cláudio Santos, abnegado em sua fé em Deus, nas pessoas, na força da terra, na fartura dos mares e, sentindo a pele áspera prova o dorso da mão, sente o sal. Na mesma hora, lhe vem lágrimas aos olhos, a emoção de ter em sonho, imaginado tantos amigos, se banhando em águas e curtindo ares marítimos, tendo podido estar com eles, comungando a plácida calmaria.