Voltando a ser o que eu era antes
Não atirei a primeira
pedra no teto da minha
casa de vidro pois ela
é de vidro temperado.
O céu azul petróleo
chora chuva ácida,
as lagrimas não corroem
as plantas carnívoras
lá de fora, elas as alimentam.
As piranhas do meu
aquário mataram umas
as outras, a matança
deixou a água do seu
habitat vermelha.
Nada que minha
teraupa diz me faz
mudar de ideia, ela
diz que esse mundo
não existe.
Se eu o vejo
e sinto, então
ele existe sim.
Mas eu não vivo nesse
ambiente hostil e
surreal por vontade
própria, eu apenas fui
inserida nele.
E o mais engraçado
é que eu me perdi no
personagem, eu me
habituei com essa
vida, não gosto mas
também não odeio,
eu suporto.