MEU PRIMEIRO AMOR ( O VAQUEIRO)
Meu primeiro amor
(O vaqueiro )
Numa tarde quente de verão
Ouves o cavalgar de um belo cavalo alazão
Nele vem montando um homem escurecido pelo sol escaldante
Braços fortes e mãos seguras
agarradas aos arreios do animal,
Soltando no ar o sibilo* do chicote
a cantar pelo castigado sertão.
As batidas do meu coração
Faz ritmo com os cascos do cavalo ao chão.
O cavaleiro puxa os arreios
naquele momento animalesco e
o que mais quero ver é o cavaleiro
descer e me cumprimentar,
Mas ele sai de soslaio* à buscar sombra
num velho cajueiro enfraquecido pelo tempo,
Os meus devaneios ficaram esquecidos
nos versos de um poema inacabado e
um amor platônico ficou acordado
Natal,20 de novembro 2020
Maria Tecina
20 de Novembro de 2020