Sailor Moon contra o Homem Aranha
SAILOR MOON CONTRA O HOMEM ARANHA
Miguel Carqueija
Aquele homem, sem traços asiáticos, desceu do automóvel e após pagar o taxista preparou-se para atravessar a rua, apertando sua pasta de couro ao flanco e olhando para todos os lados. Menos para cima, que foi de onde veio o ataque.
A teia o pegou desprevenido e o sujeito, laçado pelas pernas, caiu desastradamente no meio-fio. Logo uma figura toda oculta por um traje avermelhado inteiriço, sem sequer lugar aparente para respirar, pulou da marquise com ar de triunfo, levando as poucas pessoas por perto a correr de medo.
— Peguei-o afinal, Jack! — exclamou o Homem Aranha, eufórico. — Você pensa que é fácil escapar da agilidade de uma aranha?
— Me solte, seu aracnídeo! Vou denunciá-lo às autoridades locais!
— Não vai ter tempo! Você vai é para o meu jatinho e ser entregue às autoridades norte-americanas!
— Como assim? Isso é sequestro e eu não vou admitir!
O homem chamado Jack pôs-se a tentar romper a teia, o que levou Peter Parker a nova zombaria:
— Não adianta, cara. Você precisaria ser um super-herói para arrebentar a minha teia!
Nesse exato momento, porém, algo inusitado aconteceu. Um aro luminoso, cor de ouro, surgiu voando e rompeu várias teias do Homem Aranha e, retornando como um bumerangue, rompeu as outras, terminando por libertar o outro homem.
Peter Parker olhou para trás e avistou uma aparição original: uma garota de longas tranças louras, tipo marias-chiquinhas, baixa e vestindo um saiote e uma blusa com vários enfeites, que acabara de segurar o anel que retornara às suas mãos. Ela colocou o objeto na testa e ficou claro que se tratava de uma tiara, já sem a luminosidade. Junto com o arranjo do penteado, a tiara formava um coração na testa da garota.
— Quem é você?
A pergunta de Peter Parker não foi respondida de maneira simples. Ela fez um pequeno discurso:
— Não posso admitir que um estrangeiro venha a esta terra impor sua lei e sua justiça passando por cima das nossas autoridades! Isso é uma falta de respeito para com o Japão! E como eu sou japonesa não vou perdoar este abuso!
— Mas quem é você? — insistiu o Homem Aranha.
— Sou uma guerreira que luta pelo Amor e pela Justiça! Sou Sailor Moon, e punirei você em nome da Lua!
— Droga! — e assim dizendo o Homem Aranha voltou-se a tempo de lançar outra teia de seus dedos sobre o chamado Jack, pois este tentara atravessar correndo a rua mas desistira por causa do tráfego intenso.
— Você é teimoso, hein? Que foi que ele fez?
— Não é da sua conta! Escute, eu sou o Homem Aranha! Nunca ouviu falar de mim?
— Já, e nunca gostei de aranhas! Perguntei o que foi que ele fez!
— Sailor Moon, eu não fiz nada! Não está vendo que esse cara é maluco?
— É um escroque internacional. Eu o estou seguindo desde a América e vou levá-lo de volta, pois há ordem de prisão contra ele!
— Você tem essa ordem de prisão?
— Você está louca? Está vendo bolsos ou mochila em mim?
— Homem Aranha, se você tem alguma coisa contra esse cidadão tem que apresentar às autoridades locais.
— Não vou seguir essa burocracia, o FBI cuidará dele.
— Não vai, aqui é o Japão, para início de conversa e vocês, super-heróis norte-americanos, são muito abusados. Aliás estou até espantada de você falar japonês!
Peter sorriu por baixo da máscara inteiriça da face.
— Fiz um curso intensivo antes de vir.
— Por isso é que você fala tão mal e porcamente!
— Mais respeito comigo! Eu sou um super-herói!
— E você pensa que eu sou o que?
— Está bem. Se me dá licença, vou levar o prisioneiro...
Sailor Moon voltou a tirar a tiara da testa.
— Não o aconselho. Na próxima, em vez de acertar a teia, acerto você com a minha tiara.
— É só isso que você tem? — Peter estava zombeteiro.
— Nem queira saber o que mais eu tenho. Estou usando o meu poder menor.
A coisa estava nesse ponto quando três carros da polícia chegaram e cercaram todo mundo. Mas, diferente do Homem Aranha, Sailor Moon tinha prestígio com a polícia local.
Peter Parker tentou se explicar, ao ver que a coisa estava feia para o seu lado. Ele podia escapar prédios acima com o lançamento da teia, mas perderia a sua caça.
O Inspetor Matsumoto exigiu uma explicação do Aranha e este começou:
— Esse sujeito aqui é Jack Monaghan, ladrão de joias e estelionatário internacional, que roubou uma grande quantidade de peças de uma joalheria importante de Nova Iorque, eu prometi que iria capturá-lo.
— Sou inocente! — falou o acusado, sabendo que estava em situação confortável. — E tenho direito a advogado!
— Inspetor, essa captura é ilegal, o senhor sabe — ponderou Sailor Moon. — Temos de pensar na soberania do Japão!
Ignorando a Princesa da Lua, o inspetor dirigiu-se ao Homem Aranha:
— O senhor tem alguma prova do que diz?
— O senhor pode se comunicar com a polícia de Nova Iorque, mandar um retrato desse homem, com as impressões digitais, eles vão confirmar e eu o levarei comigo.
— Negativo! E você, seu nome é realmente Jack Monaghan?
— Sou sim, não tenho nada a esconder! Aqui está meu passaporte!
— E o que veio fazer em Tóquio?
— Sou um homem de negócios, senhor inspetor. Pode crer, esse aracnídeo é o maior desordeiro dos Estados Unidos.
O policial fez mais algumas perguntas ao suspeito, enquanto o detetive Shidou cortava a teia. Afinal tomou uma decisão:
— Vou deixá-lo ir. Se sair do Hotel Juuban, nos avise. E quanto ao senhor, vou pedir que deixe imediatamente o território do Japão. Caso contrário será preso e expulso.
— O senhor se dá conta que está deixando um grande criminoso fugir?
— O senhor não me apresentou provas concretas e não pode alugar o tempo da polícia. Portanto...
— Inspetor Matsumoto — interveio Sailor Moon — acho que o senhor deveria verificar um detalhe neste cavalheiro — e indicou Jack.
— O que?
— Alguma coisa me diz que o senhor deve examinar seu computador, que está na pasta.
— Como é que você sabe disso? — perguntou Jack Monaghan, surpreso e com ar de pânico.
— Por que sugere isso? — indagou o policial.
— Apenas siga minha sugestão, o senhor verá.
O computador portátil foi rapidamente examinado, e surgiram imagens pornográficas ilícitas.
— Como é que você sabia disso, Sailor Moon? — quis saber Matsumoto, admirado.
— Esse sujeito tem olhar de pervertido, para início de conversa, eu acho que ele deve ficar preso aqui no Japão, e investigado.
— Sim, claro! Algemem esse sujeito e vamos para a delegacia!
— Posso ir junto? — indagou o Homem Aranha. — Se ele vai ser interrogado, eu preciso saber onde estão as joias roubadas!
Durante o interrogatório, pego por coisa mais grave, Jack Monaghan acabou revelando o exato local onde o roubo estava, o cofre de um banco de Nova Iorque mesmo. Mas para a polícia nipônica era mais importante desdobrar as ligações do preso com rede de pornografia infantil que atuava no Japão. Ele não sairia da ilha tão cedo.
O Homem Aranha, frustrado em seu desígnio inicial, já estava com pouca paciência.
— Se me dão licença eu vou embora, tenho de me comunicar com a polícia novaiorquina. É importante recuperar as joias, mesmo que o ladrão fique preso neste país!
— Eu vou com ele — disse Sailor Moon, surpreendentemente. — Preciso conversar com este cavalheiro.
— Não tenho nada a falar com você.
— Isso veremos.
— Não vão se matar — foi a única recomendação do Inspetor Matsumoto.
Lá fora, de mau humor, o Homem Aranha não esperou a Princesa da Lua e disparou sua teia até um terraço, diante dos olhares espantados dos transeuntes, e se mandou.
Mas quando procurava se orientar para decidir a direção a tomar, auxiliado pelos seus “sentidos-aranha”, a pequena super-heroína apareceu diante dele.
— Mas como?
— Você não é o único que consegue se deslocar com agilidade, seu mal-educado.
— Estou vendo. Mas, o que você quer?
— Para que temos de ser inimigos? Você também não é um guerreiro?
— Guerreiro? Bem, eu não me vejo assim, mas um super-herói...
— Dá um pouco no mesmo. Você combate o mal, não é? Eu faço a mesma coisa. Se voltarmos a nos encontrar podemos agir como amigos em vez de nos implicarmos mutuamente. Vai ser menos desgastante.
— Bem... talvez você tenha razão. Se bem que eu gosto de agir sozinho.
— Já eu tenho uma equipe completa, que por acaso não está por perto hoje. Você pode continuar agindo sozinho, Homem Aranha. Mas se voltarmos a nos esbarrar no mesmo caso podemos nos entender. Você só não pode é agir no Japão à revelia das autoridades do Japão. Estamos entendidos?
— Bem, acho que sim. Sem a sua ajuda creio que ele escaparia com artimanhas legais.
Sailor Moon sorriu e estendeu a mão. O Homem Aranha deu a sua, com visível relutância.
— Sabe de uma coisa, Homem Aranha? Não sei como você aguenta o calor que esse traje deve fazer!
E assim dizendo Serena Tsukino despediu-se e afastou-se de Peter Parker.
E Parker admitiu sua admiração pelo temperamento amistoso daquela super-heroína japonesa.
Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2020.
Sailor Moon: criada pela desenhista japonesa Naoko Takeushi em 1991.
Homem Aranha (Spider Man): criado pelos cartunistas norte-americanos Stan Lee e Steve Ditko em 1962.
SAILOR MOON CONTRA O HOMEM ARANHA
Miguel Carqueija
Aquele homem, sem traços asiáticos, desceu do automóvel e após pagar o taxista preparou-se para atravessar a rua, apertando sua pasta de couro ao flanco e olhando para todos os lados. Menos para cima, que foi de onde veio o ataque.
A teia o pegou desprevenido e o sujeito, laçado pelas pernas, caiu desastradamente no meio-fio. Logo uma figura toda oculta por um traje avermelhado inteiriço, sem sequer lugar aparente para respirar, pulou da marquise com ar de triunfo, levando as poucas pessoas por perto a correr de medo.
— Peguei-o afinal, Jack! — exclamou o Homem Aranha, eufórico. — Você pensa que é fácil escapar da agilidade de uma aranha?
— Me solte, seu aracnídeo! Vou denunciá-lo às autoridades locais!
— Não vai ter tempo! Você vai é para o meu jatinho e ser entregue às autoridades norte-americanas!
— Como assim? Isso é sequestro e eu não vou admitir!
O homem chamado Jack pôs-se a tentar romper a teia, o que levou Peter Parker a nova zombaria:
— Não adianta, cara. Você precisaria ser um super-herói para arrebentar a minha teia!
Nesse exato momento, porém, algo inusitado aconteceu. Um aro luminoso, cor de ouro, surgiu voando e rompeu várias teias do Homem Aranha e, retornando como um bumerangue, rompeu as outras, terminando por libertar o outro homem.
Peter Parker olhou para trás e avistou uma aparição original: uma garota de longas tranças louras, tipo marias-chiquinhas, baixa e vestindo um saiote e uma blusa com vários enfeites, que acabara de segurar o anel que retornara às suas mãos. Ela colocou o objeto na testa e ficou claro que se tratava de uma tiara, já sem a luminosidade. Junto com o arranjo do penteado, a tiara formava um coração na testa da garota.
— Quem é você?
A pergunta de Peter Parker não foi respondida de maneira simples. Ela fez um pequeno discurso:
— Não posso admitir que um estrangeiro venha a esta terra impor sua lei e sua justiça passando por cima das nossas autoridades! Isso é uma falta de respeito para com o Japão! E como eu sou japonesa não vou perdoar este abuso!
— Mas quem é você? — insistiu o Homem Aranha.
— Sou uma guerreira que luta pelo Amor e pela Justiça! Sou Sailor Moon, e punirei você em nome da Lua!
— Droga! — e assim dizendo o Homem Aranha voltou-se a tempo de lançar outra teia de seus dedos sobre o chamado Jack, pois este tentara atravessar correndo a rua mas desistira por causa do tráfego intenso.
— Você é teimoso, hein? Que foi que ele fez?
— Não é da sua conta! Escute, eu sou o Homem Aranha! Nunca ouviu falar de mim?
— Já, e nunca gostei de aranhas! Perguntei o que foi que ele fez!
— Sailor Moon, eu não fiz nada! Não está vendo que esse cara é maluco?
— É um escroque internacional. Eu o estou seguindo desde a América e vou levá-lo de volta, pois há ordem de prisão contra ele!
— Você tem essa ordem de prisão?
— Você está louca? Está vendo bolsos ou mochila em mim?
— Homem Aranha, se você tem alguma coisa contra esse cidadão tem que apresentar às autoridades locais.
— Não vou seguir essa burocracia, o FBI cuidará dele.
— Não vai, aqui é o Japão, para início de conversa e vocês, super-heróis norte-americanos, são muito abusados. Aliás estou até espantada de você falar japonês!
Peter sorriu por baixo da máscara inteiriça da face.
— Fiz um curso intensivo antes de vir.
— Por isso é que você fala tão mal e porcamente!
— Mais respeito comigo! Eu sou um super-herói!
— E você pensa que eu sou o que?
— Está bem. Se me dá licença, vou levar o prisioneiro...
Sailor Moon voltou a tirar a tiara da testa.
— Não o aconselho. Na próxima, em vez de acertar a teia, acerto você com a minha tiara.
— É só isso que você tem? — Peter estava zombeteiro.
— Nem queira saber o que mais eu tenho. Estou usando o meu poder menor.
A coisa estava nesse ponto quando três carros da polícia chegaram e cercaram todo mundo. Mas, diferente do Homem Aranha, Sailor Moon tinha prestígio com a polícia local.
Peter Parker tentou se explicar, ao ver que a coisa estava feia para o seu lado. Ele podia escapar prédios acima com o lançamento da teia, mas perderia a sua caça.
O Inspetor Matsumoto exigiu uma explicação do Aranha e este começou:
— Esse sujeito aqui é Jack Monaghan, ladrão de joias e estelionatário internacional, que roubou uma grande quantidade de peças de uma joalheria importante de Nova Iorque, eu prometi que iria capturá-lo.
— Sou inocente! — falou o acusado, sabendo que estava em situação confortável. — E tenho direito a advogado!
— Inspetor, essa captura é ilegal, o senhor sabe — ponderou Sailor Moon. — Temos de pensar na soberania do Japão!
Ignorando a Princesa da Lua, o inspetor dirigiu-se ao Homem Aranha:
— O senhor tem alguma prova do que diz?
— O senhor pode se comunicar com a polícia de Nova Iorque, mandar um retrato desse homem, com as impressões digitais, eles vão confirmar e eu o levarei comigo.
— Negativo! E você, seu nome é realmente Jack Monaghan?
— Sou sim, não tenho nada a esconder! Aqui está meu passaporte!
— E o que veio fazer em Tóquio?
— Sou um homem de negócios, senhor inspetor. Pode crer, esse aracnídeo é o maior desordeiro dos Estados Unidos.
O policial fez mais algumas perguntas ao suspeito, enquanto o detetive Shidou cortava a teia. Afinal tomou uma decisão:
— Vou deixá-lo ir. Se sair do Hotel Juuban, nos avise. E quanto ao senhor, vou pedir que deixe imediatamente o território do Japão. Caso contrário será preso e expulso.
— O senhor se dá conta que está deixando um grande criminoso fugir?
— O senhor não me apresentou provas concretas e não pode alugar o tempo da polícia. Portanto...
— Inspetor Matsumoto — interveio Sailor Moon — acho que o senhor deveria verificar um detalhe neste cavalheiro — e indicou Jack.
— O que?
— Alguma coisa me diz que o senhor deve examinar seu computador, que está na pasta.
— Como é que você sabe disso? — perguntou Jack Monaghan, surpreso e com ar de pânico.
— Por que sugere isso? — indagou o policial.
— Apenas siga minha sugestão, o senhor verá.
O computador portátil foi rapidamente examinado, e surgiram imagens pornográficas ilícitas.
— Como é que você sabia disso, Sailor Moon? — quis saber Matsumoto, admirado.
— Esse sujeito tem olhar de pervertido, para início de conversa, eu acho que ele deve ficar preso aqui no Japão, e investigado.
— Sim, claro! Algemem esse sujeito e vamos para a delegacia!
— Posso ir junto? — indagou o Homem Aranha. — Se ele vai ser interrogado, eu preciso saber onde estão as joias roubadas!
Durante o interrogatório, pego por coisa mais grave, Jack Monaghan acabou revelando o exato local onde o roubo estava, o cofre de um banco de Nova Iorque mesmo. Mas para a polícia nipônica era mais importante desdobrar as ligações do preso com rede de pornografia infantil que atuava no Japão. Ele não sairia da ilha tão cedo.
O Homem Aranha, frustrado em seu desígnio inicial, já estava com pouca paciência.
— Se me dão licença eu vou embora, tenho de me comunicar com a polícia novaiorquina. É importante recuperar as joias, mesmo que o ladrão fique preso neste país!
— Eu vou com ele — disse Sailor Moon, surpreendentemente. — Preciso conversar com este cavalheiro.
— Não tenho nada a falar com você.
— Isso veremos.
— Não vão se matar — foi a única recomendação do Inspetor Matsumoto.
Lá fora, de mau humor, o Homem Aranha não esperou a Princesa da Lua e disparou sua teia até um terraço, diante dos olhares espantados dos transeuntes, e se mandou.
Mas quando procurava se orientar para decidir a direção a tomar, auxiliado pelos seus “sentidos-aranha”, a pequena super-heroína apareceu diante dele.
— Mas como?
— Você não é o único que consegue se deslocar com agilidade, seu mal-educado.
— Estou vendo. Mas, o que você quer?
— Para que temos de ser inimigos? Você também não é um guerreiro?
— Guerreiro? Bem, eu não me vejo assim, mas um super-herói...
— Dá um pouco no mesmo. Você combate o mal, não é? Eu faço a mesma coisa. Se voltarmos a nos encontrar podemos agir como amigos em vez de nos implicarmos mutuamente. Vai ser menos desgastante.
— Bem... talvez você tenha razão. Se bem que eu gosto de agir sozinho.
— Já eu tenho uma equipe completa, que por acaso não está por perto hoje. Você pode continuar agindo sozinho, Homem Aranha. Mas se voltarmos a nos esbarrar no mesmo caso podemos nos entender. Você só não pode é agir no Japão à revelia das autoridades do Japão. Estamos entendidos?
— Bem, acho que sim. Sem a sua ajuda creio que ele escaparia com artimanhas legais.
Sailor Moon sorriu e estendeu a mão. O Homem Aranha deu a sua, com visível relutância.
— Sabe de uma coisa, Homem Aranha? Não sei como você aguenta o calor que esse traje deve fazer!
E assim dizendo Serena Tsukino despediu-se e afastou-se de Peter Parker.
E Parker admitiu sua admiração pelo temperamento amistoso daquela super-heroína japonesa.
Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2020.
Sailor Moon: criada pela desenhista japonesa Naoko Takeushi em 1991.
Homem Aranha (Spider Man): criado pelos cartunistas norte-americanos Stan Lee e Steve Ditko em 1962.