Um bicho-preguiça traído

Havia um bicho preguiça que fazia jus ao seu nome,porque,ele tinha preguiça de tudo, até de fazer amor com sua parceira bicho preguiça fêmea,ele só prestava para dormir mesmo, dias e mais dias,ininterruptos.

Quando, ele acordava,sua companheira, ao seu lado ,lentamente,lhe chamava com o toque de suas unhas grandes e afiadas e lhe falava assim: Querido, vamos fazer amor hoje?

E por outro lado, seu companheiro,lhe respondia, preguiçosamente: Ah ,amor,hoje, eu não quero,estou tão indisposto.Mas,nunca queria nada,a não ser,dormir.

Era sempre assim, todos os dias,a insuportável preguiça daquele bicho-preguiça.

E o que sua companheira não sabia,que em outra árvore, também, ao lado ,ali na floresta, havia um outro bicho-preguiça que queria muito fazer amor com ela,ele só estava esperando o momento certo para abordá-la em questão.

Só que um dia,ela,por coincidência,acabou indo e subindo, sem querer na árvore, daquele bicho-preguiça que sem saber era o seu pretendente amoroso.

Quando,ela chegou lá no topo da árvore,ela o avistou e lhe perguntou: Quem é você? Nunca te vi aqui antes!

Ele lhe respondeu: Eu sempre estive por aqui e saiba que eu sou seu profundo admirador e tenho te observado já faz tempo e gostaria muito de te amar!

Porque, também, já,faz tempo que eu não sou amado por ninguém.

Ela respondeu: É mesmo? Inclusive, já faz tempo que eu não sou amada pelo meu companheiro que tem preguiça de tudo e só pensa em dormir.

Ele,perguntou: Então,por que não aproveitarmos a oportunidade única e fazemos amor agora?

Já que estamos tão carentes um pelo outro!

Ela disse, por que não?

Já que o meu companheiro, é um imprestável e inútil mesmo!

Sendo assim, vamos namorar! Meu bem!

Foi isso que ela terminou dizendo,naquela ocasião.

Portanto,eles dois fizeram amor, e o outro bicho-preguiça, teve até preguiça de acordar para presenciar a traição de sua companheira, bem na árvore, ao lado,bem pertinho de si.

Ou seja, o sono de preguiça daquela preguiça foi bem mais gostoso e falou mais alto que o próprio amor da traição de sua companheira.

Autor: Wilhans Lima Mickosz