Primeira aventura

Nasci numa vila ao sul de Atom, toda a minha vida tenho estudado pergaminhos e tomos mágicos. Ao aprender o básico da magia, me tornei o mais sábio de todos os meus companheiros, aos 75 anos, no auge da minha adolescência percebi que lá em Faúna não era mais lugar para mim, aprendi tudo o que tinha para aprender lá, foi então que me dirigi a Misticy, a cidade da magia. Ao pegar estrada até o porto, fui designado a uma missão dada pelo meu mestre através de mensagem: Investigar o papa da grande catedral de mana e assim eu poderia me formar na grande Misticy como um verdadeiro mago. Ao atravessar o mar, o dono do barco cobrou 100 peças de ouro pela cama, comida e pela travessia; achei um absurdo e logo mostrei meu selo de aprendiz de mago de Faúna, e como meu mestre é bastante popular na região foi fácil convencê-lo. Dando a volta na praia, eu dei de cara com uma trilha entre o barranco, subindo para a floresta e então passei a noite numa lareira com acampamento montado e com pão élfico de sobra, acordei antes do amanhecer e continuei caminhando até ver de longe aquelas paredes brancas, tão grandes quanto o monte nebuloso, ao me aproximar sinto uma quantidade exorbitante de magia e pela primeira vez, eu vi as estátuas do grande Minos, O deus da guerra e do generoso e bondoso deus Pelor e entre elas, o portão da grande catedral. Tento gritar, empurrar, usar magia de abertura, mas nada funciona, até que eu percebo que o martelo na estatua do minotauro está brilhando mais que a pedra , então ao tentar tirar o martelo de sua mão, acidentalmente eu a ativo como uma alavanca, então percebi que os olhos do Pelor, estavam para fora da sua face, então lanço dois mísseis mágicos para empurrar os olhos para dentro, foi então que um barulho mágico fez o portão se abrir. Ao entrar dentro da catedral, sinto uma presença esmagadora, como se eu tivesse sido colocado em outro plano. Minhas orelhas de elfo não me enganaram quando ouvi um barulho asqueroso no final do corredor, ao olhar para a escada eu vejo de relance uma criatura humanoide correndo em direção ao fim do corredor. Tento me comunicar através de mensagem com meu mestre, mas algo naquele lugar me impedia de usar magia de transmutação, foi então que bateu o desespero, ouço mais daquele barulho aterrorizante, então dou as costas àquele corredor com uma estranha mancha vermelha na parede e corro até a porta principal, na metade do tapete vermelho, entre estátuas de deuses e pinturas nas paredes uma voz resoava de todos os lugares daquela sala.

O que uma criatura tão fraca e insignificante faz no meu lar?

Apenas ignoro e continuo correndo com aquela imensa túnica até a porta, até que a voz volta mais estrondosa.

Você não vai a lugar algum caro elfo! Zhaatra kah!

Enquanto ele recitava essa magia, a porta na minha frente, some e se transforma em uma parte da parede.

Azharon kye!

Tento anular a magia que essa coisa colocou na porta, mas aparentemente não é uma magia natural. Tem cheiro de magia elemental, sei disso porque meu mestre falou que cada magia tem um cheiro diferente e apenas os elfos conseguem distinguir esse cheiro. Após alguns segundos de total silêncio, passos humanóides descem as escadas acompanhando de risadas macabras, foi então que eu vi a criatura. Era o papa, sua batina que já não mais se diferenciava de vermelho ou branco me encarando com olhar sanguinário, sua boca suja de sangue e rodeado em seu pescoço, olhos humanos.

Exura zahir! Arutí makai!

Tento acerta-lo com duas magias de ataque, mas o raio adoescente não o afetou e do espirro ácido ele desviou tão rápido que nem meus olhos puderam acompanhar, foi então que o desespero começou a apertar em meu peito. A criatura, sedenta começa a gargalhar enquanto caminha em minha direção.

Exura pironi! Exura pironi!

Tento usar meus poderes de fogo, mas ele desvia em um piscar de olhos, e quando percebi ele já estava me atacando.

Exura guiut!

E sai do seu dedo, um raio negro com cheiro de magia corrompida vindo em minha direção.

Exura glacies!

Tento um raio congelante para cancelar a magia, mas não funcionou, apenas atrasou seu inevitável encontro comigo.

Escuto um barulho de três pessoas do lado de fora, onde um deles tinha muita magia e então só escuto um sussurro arcano.

Azakron kye magis!

E em um estouro arcano a parede retorna a ser uma porta.

Ita fumus!

Uma névoa mágica avança para cima do papa, um tiefling saca suas adagas e observa e um humano não sai de cima de seu cavalo.

Decrusto!

Da névoa sai um elfo de cabelos brancos bem na frente do papa, que fica assustado com o ocorrido, todo seu olhar sanguinário é mudado para um olhar de medo e desespero e ele simplesmente desapareceu, ficando apenas uma mão macabra, esquelética e pulverizada.

Você está bem jovem elfo?

Eu percebo que sua boca de alguma forma foi reconstruída, mas da para perceber que sua mandíbula está um pouco fora do local.

Sim, graças a vocês.

-A muitas semanas, a cidade de Misticy vem mandando soldados para saber o que está acontecendo na cadetral e agora sabemos o que aconteceu, vá embora jovem elfo. Deixe que nós cuidamos do resto.

Qual nome de vocês?

-meu nome é Vall, este é o Nurglus, aquele no cavalo é o Balgurf e este aqui (um rato se transforma em anão) é o Iberim.

-Para onde você está indo jovem elfo? Creio que para Misticy, estou certo?

Bom... É...

E antes de começar a falar meu discurso de agradecimento e dar explicação do porque de estar alí ele faz um sinal de mão, pisa entre os meus pés.

Circulus autem teleportation!

Eu estou numa cidade lotada de pessoas bem vestidas, com focos de magia por todos os lados e em frente a uma taverna. Taverna do porco manco.