Sorénto

Prefácio

Noite de lua cheia o relógio já iria bater meia noite e a pequena cidade de Sorénto dormia... TRSH... Um tiro corta o silêncio acordando toda a cidade, luzes acendendo dentro das casas, janelas se abrindo e alguns mais corajosos saem para fora uma senhora faz o sinal da cruz.Valeriana a prostitua mais famosa do povoado sai para a varanda do cabaré sua beleza era incomum para aquela região por isso sua fama, sentando no chão acendendo um cigarro olha para o céu vê nuvens cobrindo a lua que parecia um queijo gigante e avermelhado assim como muitas coisas na natureza após a terceira guerra mundial, mudaram, logo abaixo ela observa o pico da colina onde fica o cemitério da cidade "o tiro veio de lá". Alguns minutos depois uma música começa a ser ouvida, as pessoas sentem arrepios com cada nota que sai da viola quem a toca esta dentro do cemitério, mas o som desce por toda a cidade.

Da janela de seu quarto a filha do prefeito, o homem mais poderoso da cidade, observa a movimentação na rua principal. "O mesmo ritual de sempre, a meia noite um tiro e minutos depois essa música de arrepiar". Pensa a filha do prefeito.

O delegado Land, segundo ele esse nome veio de seus ansestrais, aparece descalço, de camiseta e com uma bermuda floral bizarra pedindo que todos voltem a suas casas e que tudo iria ficar bem, alisando seu enorme bigode para no meio da rua ao seu lado esquerdo estão as casas mais populares, do lado dreito a casa do prefeito, o banco e na parte de cima da rua logo atrá dele antes da colina se encontra o cabaré.

A mulher da vida ainda esta sentada fumando seu cigarro calmamente quando... TROC...TROC...TROC...TROC um barulho é ouvido vindo da estrada de terra que desce do cemitério, a prostituta ao perceber joga o seu cigarro, se levanta e protege-se atrás da porta olhando pela fresta, com o reflexo da luz da sacada dava para notar o seus olhos cor de esmeralda, quando um homem de preto montado em seu cavalo desce correndo passando pelo cabare e vai em direção a rua onde esta o “maluco-homem” da lei tentando colocar ordem na cidade, os pés do cavalo toca o chão de pedra que agora faz um barulho muito alto as poucas pessoas que ainda estavam do lado de fora começam a gritar, o delegado assustado se vira para trás se abaixando e só vê um vulto quando o cavalo o pula e sai como um raio rasgando as ruas da cidade... Essa cena chocou a todos que a viu, inclusive o pobre homem da lei que naquele instante desejou ter outra profissão.

Jade observou tudo pela janela o famoso assassino violeiro acabou de ser visto passando pelo meio da cidade, montava seu garanhão que estava coberto por uma capa preta assim como seu montador que vestia um poncho escuro combinando com o chapel e um lenço cobria seu rosto. Com os olhos arregalados, coração acelerado e respiração ofegante a jovem senta em sua cama. "A lenda é verdade. Ele existe". Todos já haviam ouvido falar da história do assassino violeiro, como era conhecido, mas na cidade de Sorénto ele nunca tinha sido visto, até aquela noite. Por isso a jovem acreditava ser uma lenda.

O cavalo passa correndo pela entrada da cidade, mas na direção contrária, ao passar pelo arco do portão o misterioso homem derruba a placa que cai ao chão virada para cima... BEM VINDO A SORÉNTO... O causador da desordem e seu robusto animal vão rumo ao denso deserto, nada se vê somente poeira subindo...até que os dois somem.

Willian Nicácio
Enviado por Willian Nicácio em 06/02/2020
Reeditado em 06/02/2020
Código do texto: T6859344
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