Relato insano
Observo a doce Lua alva, que vem me dizer algumas palavras de conforto,
Se tornou minha amiga antiga quando comecei observá-la com frequentes perguntas, sempre a indagava, olhando para o céu estrelado, onde nem via as lindas estrelas, só enxergava a Lua, tão pálida, esperando que ela respondesse qualquer uma de minhas perguntas.
Belo dia ouvi uma voz ao longe, olhei para os lados, medrosa que sou, fiz um sinal da cruz, e continuei meu caminho a pé, rezando para não ser nenhum fantasma, já que tenho mania de conversar comigo mesma, e claro com minha amada amiga, a Lua.
Ouvi dizer meu nome suavemente acompanhado de uma brisa leve, ajoelhei-me numa rua deserta, e exclamei:
Velei-me Deus, afasta de mim esse espírito inquieto, e lágrimas desceram de meus olhos que estavam apertados, meu coração acelerado, minhas mãos entrelaçadas, fazendo uma prece, tolice.
Tanto que perguntei, ela me respondeu, queria apenas puxar prosa, era a Lua, que soltava um sorriso peralta, me vendo pagar aquele mico.
Quando abri meus olhos, soltei as mãos, fui voltando à minha consciência, ri muito alto, ao notar quem me observava e falava comigo, Lua sua danada, sentei-me no meio fio com um pacote de biscoitos e conversei com minha amiga fiel, rimos a noite toda, e ela respondeu prontamente à todas as minhas perguntas.
Chegava a hora de nos despedir, o dia chegava trazendo consigo um lindo Sol, que não gosta muito de contar causos, como a Lua, disse adeus a ela e fui dormir, foi assim que me tornei ser tão noturno, a Lua sempre ouve minhas piadas, meus lamentos, e desabafos.
Obrigado amiga fiel.
Relato insano.
Cristina Melody