Wakizashi Ninja - Prólogo

PRÓLOGO:

UMA ANTIGA LENDA

Hávia grandes conflitos, uma época em que poucos acreditavam em um mundo de paz. Meu nome; Yukihiko Motora, apelidado de Wakizashi, um garoto frio e um brutal assassino capaz de matar seus inimigos sem demonstrar qualquer tipo de expressão, talvez seja esse um dos motivos de meu apelido, assim como minha Wakizashi; fria, curta e afiada.

Irei contar à vocês minha história desdo começo para que vocês entendam. Antes mesmo de eu completar meus seis anos, perdi meus pais e fui recrutado por um clã de ninjas chamado Adagas Negras fui treinado por um rígido mestre em um treinamento intenso de vida ou morte, onde apenas os mais determinados e fortes poderiam sobreviver. Meu objetivo, ser o mais forte de todos os membros do meu clã, tinha fome de poder e assim meu mestre me fez, o mais forte.

Lembro-me bem, uma das últimas partes do meu treinamento, meu objetivo era matar meu melhor amigo, o meu pequeno cachorro, com o qual vivi durante todos os meus dez anos de treinamento e fui forçado a matá-lo ou morreria em seu lugar por desonrar meu clã, esta missão tinha como função mostrar que não haveria problemas de matar nem mesmo o meu melhor amigo se necessário e assim o fiz, matei o meu melhor amigo. Realmente essa parte do treinamento me matou totalmente por dentro, eu já não era um ser humano e sim um monstro criado para matar qualquer um ou qualquer coisa que tentasse impedir meus objetivos.

Contam minha história, mas ninguém sabe realmente como começou. Foi há muito tempo logo que terminei meu treinamento, fui enviado para uma missão contra um clã de ninjas inimigos chamados de Sombras, eu os exterminei um a um, foi então que fiquei conhecido pelas minhas habilidades com wakizashis, um ninja brutalmente veloz e imperceptível. Sempre estive no topo de todos os assassinatos, não havia ação que minhas vítimas tivessem tempo de executar antes que perdessem a vida, nenhum grito era capaz de ser ouvido, nem mesmo o som abafado de suas gargantas sendo cortadas, ninguém era capaz de prever minhas ações ou detectar minha presença. Com o tempo fui ganhando cada vez mais fama, meu mestre orgulhava-se pelo fato de ter treinado um assassino tão bom como eu, mas algo mudaria tudo e não demorou muito.

Pressenti que isso iria acontecer, no dia da cerimônia, na qual seria nomeado o líder do clã algo dentro de mim mudou, não é que eu não tenha aceitado o fardo de ter tirado milhares de vidas, não, não era sentimento de culpa, mas algo que eu não saberia descrever. Nesse momento eu simplesmente levantei da onde estava e fui embora das fortalezas do clã, meu mestre sem entender foi atrás de mim.

Com um tom calmo, perguntou meu mestre.

- O que te deixa tão inquieto, meu filho?

De costas para ele, respondi.

- Não desejo a liderança do clã.

Foi o meu último diálogo com meu mestre, ele apenas assentiu e foi embora. Sabia que não seria um simples adeus, mas o começo de uma nova guerra. Já esperava que isso fosse acontecer, então fugi para o mais longe que pude, era certo que iriam me perseguir até que eu fosse exterminado. De líder para inimigo número um, realmente um grande avanço e um grande desafio até mesmo para mim, enfrentar meu próprio clã.