Testemunho do sétimo dia (Sábado)
Andei vendo estrelinhas, já não sei se arem minhas
Estou sobreo, mas, alucinado porque as estrelas eram
De um louco que já não se encontrava do outro lado da rua
O cara estava tão louco que tinha estrelas a dar com os paus
A cama balançou, escorreguei, abri os olhos estava no trem
Olhei pros lados, não tem ninguém
O marreteiro chorava igual a neném
Mas num instante o trem lotou e o marreteiro se alegrou
Alguém gritava... Coca, kaiser e Brahma!
E eu aqui pensava
Se a policia passa ele vai em cana
Estava eu agora num circo (Bento Carneiro Word)
Que ficava dentro do armário
Eu era a atração principal
Eu era uma anta de aquário
Como posso ser tal bicho se nem sei nadar
Não quero mais ser esse bicho, eu só quero descansar
Senti um vulto do meu lado, fiquei apavorado
O vulto tinha 200 kilos bem pesado!
Donde é que eu estava afinal?
Na cama, no trem ou no aquém do além?
Era um motorista carreteiro, não sei por que, nunca quis ser caminhoneiro
Estava a 150 (cento e cinquenta)
Pior é a música, não sei como alguém aguenta
A música era de um sertanejo, que chorava porque mataram a vaca que ele amava
Patos cor-de-rosa me ensinavam o caminho
Mas segui os patos para virar veadinho
Vou descer desse caminhão e meter o pé na estrada
Mas o vulto me imprensou e eu já não respirava
Olhei sem dizer nada, era uma gorda que em cima de mim babava
Quero descer desse óvni
A gorda dormindo gritava
Pensei comigo!
Se estou num óvni, então fui raptado
Levantei assustado, mas um balanço bem balançado me fez cair deitado
Na verdade, eu estava na porta de um bar, bêbado, caído, derrubado
E com um dog abraçado!