Testemunho do sétimo dia (Sábado)

Andei vendo estrelinhas, já não sei se arem minhas

Estou sobreo, mas, alucinado porque as estrelas eram

De um louco que já não se encontrava do outro lado da rua

O cara estava tão louco que tinha estrelas a dar com os paus

A cama balançou, escorreguei, abri os olhos estava no trem

Olhei pros lados, não tem ninguém

O marreteiro chorava igual a neném

Mas num instante o trem lotou e o marreteiro se alegrou

Alguém gritava... Coca, kaiser e Brahma!

E eu aqui pensava

Se a policia passa ele vai em cana

Estava eu agora num circo (Bento Carneiro Word)

Que ficava dentro do armário

Eu era a atração principal

Eu era uma anta de aquário

Como posso ser tal bicho se nem sei nadar

Não quero mais ser esse bicho, eu só quero descansar

Senti um vulto do meu lado, fiquei apavorado

O vulto tinha 200 kilos bem pesado!

Donde é que eu estava afinal?

Na cama, no trem ou no aquém do além?

Era um motorista carreteiro, não sei por que, nunca quis ser caminhoneiro

Estava a 150 (cento e cinquenta)

Pior é a música, não sei como alguém aguenta

A música era de um sertanejo, que chorava porque mataram a vaca que ele amava

Patos cor-de-rosa me ensinavam o caminho

Mas segui os patos para virar veadinho

Vou descer desse caminhão e meter o pé na estrada

Mas o vulto me imprensou e eu já não respirava

Olhei sem dizer nada, era uma gorda que em cima de mim babava

Quero descer desse óvni

A gorda dormindo gritava

Pensei comigo!

Se estou num óvni, então fui raptado

Levantei assustado, mas um balanço bem balançado me fez cair deitado

Na verdade, eu estava na porta de um bar, bêbado, caído, derrubado

E com um dog abraçado!

Eduardo Perez
Enviado por Eduardo Perez em 27/02/2012
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