Borboleta azul

Borboleta Azul
mês 03 ano 2010



Ela elegantemente vestia um azul piscina com bordas pretas, que se assemelhava a uma riquíssima renda, quem a contemplasse ali brincando sorrateiramente sob a roseira repleta de rosas vermelhas, jamais diria que ela padecia de um mal incurável.

Era possuidora de tanta felicidade e com tanta graça a exibia, que jamais alguém poderia perceber que havia algo que a incomodava.

Nessa tranquila alegria ela parecia saber, que estava sendo filmada, fotografada, desejada e admirada.

Como se o mundo fosse só seu, ela bailava no ar, e depois pairava como se aguardasse aplausos, e com um gesto suave inclinava-se de lado, como forma de agradecimento.

Realmente possuia uma elegância ímpar, e sua dança no ar parecia estar sendo assistida por maestros, tal era a formosura de melodia ocasionada.Entre um intervalo e outro, saboreava o néctar das rosas, mais parecia estar tomando um drink, diante da suavidade com que a saboreava, certamente era seu coquetel de flores, prêmio pelo seu bailado.

A roupagem era realmente esplendorosa, nem o maior artista plástico do mundo poderia compor tão bela arte, aquela combinação perfeita do azul e do preto, pintura elaborada sem pincel nem tinta e sem nenhuma imitação, obra perfeita da natureza, elaborada pelas mãos do Criador.

O maior artista plástico , criador do mundo e de toda sua beleza, também se encarregou de dar tão bela plumagem à aquela pequena e grande borboleta, que brincava e bailava sorrateira e alegremente no ar.

De repente ela fecha seus olhinhos, cai, e como despedida dá um último adeus, sua asa esquerda desmancha no ar, e majestosamente ela fica sob as água da piscina, compondo uma só beleza indecomponível, um só azul, um adeus e a grande saudade, daquela que passara pela vida somente para enfeitar a natureza e trazer felicidade aos nossos olhos, porém acima de tudo nos ensinar, que podemos transmitir alegria nos pequenos gestos.

A borboleta azul agora jaz e sua roupagem será usada para ornamentações, quem sabe de um quadro que comporá alguma sala, e  assim continuará agraciando os olhos de quem o contemplar

Certo e que olhos de quem contemplou essa cena, jamais esquecerão, não só pela beleza vista, mas pela lição de vida que dali fora tirada, o amor está nas pequenas coisas.
zilvaz
Enviado por zilvaz em 21/08/2010
Reeditado em 21/08/2010
Código do texto: T2450572
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