O QUARTO
Mudei sua decoração. Já não existe na parede lateral meu retrato que esboçava um sorriso de alegria, acompanhando-nos a qualquer deslocamento nosso no interior do quarto. Aqui vivemos momentos de paixão intensa, de descobertas, de conhecimento e até de fraternidade.
A luz do abajour da mesa-de-cabeceira incomoda-me, tira-me o sono e parece carregado de energia ruim. O ambiente, apesar das mudanças efetuadas não consegue deixar para trás sua marca de tristeza e da crise de um casamento de vinte anos.
De repente, ouvi de você que existia outra em sua vida. Foi aqui neste mesmo quarto onde nossos corpos rolaram e se entrelaçaram e se completaram um dia.
O tempo não dissipou a crueldade de sua palavras que me deixaram mais abalada quando de você ouvi: - Não somos mais um casal!
- Não se preocupe que ainda há chances pra você.
- Chances? Que chances?
- O amor não vive de chances.
- O amor é um construir eterno!
- Ora, isto pensa você.
Era noite e ela se tornou mais escura para mim. De você para quem vivi e ajudei a tirar suas frustrações foram ouvidas plalavras exageradas de desprezo.
A minha juventude deu-me sonhos para sonhar e não para fracassar. Você foi personagem real que me ajudou a construir esses sonhos, como deixar de ser personagem vivo, atuante para se tornar um antagonsita, um homem cruel, dissimulado, ferindo-me pelas costas? Como ficaria nossa história? Que desfecho teria? Os pensamentos atormentavam-me; o quarto assitia a esta revelação , às nossas brigas conjugais repentinas, e o retrato, com meu sorriso, pareciam zombar
daquele momento.
Minhas lágrimas e desenganos me torturam muito. Hoje você está de volta ao nosso lar, ao nosso quarto, arrependido e fracassado. Não sei se o perdoei, esta é minha dúvida. O quarto é o mesmo, não existe o retrato na parede a nos sorrir. Ele foi testemunha de bons momentos e desenganos naquela noite.
Preferi jogá-lo fora; as mágoas não se desfizeram, ainda não tiveram o destino do retrato e as chances de reconstrução de nosso relacionamento permanecem no ar.
Haverá mais chances para nós?
Mudei sua decoração. Já não existe na parede lateral meu retrato que esboçava um sorriso de alegria, acompanhando-nos a qualquer deslocamento nosso no interior do quarto. Aqui vivemos momentos de paixão intensa, de descobertas, de conhecimento e até de fraternidade.
A luz do abajour da mesa-de-cabeceira incomoda-me, tira-me o sono e parece carregado de energia ruim. O ambiente, apesar das mudanças efetuadas não consegue deixar para trás sua marca de tristeza e da crise de um casamento de vinte anos.
De repente, ouvi de você que existia outra em sua vida. Foi aqui neste mesmo quarto onde nossos corpos rolaram e se entrelaçaram e se completaram um dia.
O tempo não dissipou a crueldade de sua palavras que me deixaram mais abalada quando de você ouvi: - Não somos mais um casal!
- Não se preocupe que ainda há chances pra você.
- Chances? Que chances?
- O amor não vive de chances.
- O amor é um construir eterno!
- Ora, isto pensa você.
Era noite e ela se tornou mais escura para mim. De você para quem vivi e ajudei a tirar suas frustrações foram ouvidas plalavras exageradas de desprezo.
A minha juventude deu-me sonhos para sonhar e não para fracassar. Você foi personagem real que me ajudou a construir esses sonhos, como deixar de ser personagem vivo, atuante para se tornar um antagonsita, um homem cruel, dissimulado, ferindo-me pelas costas? Como ficaria nossa história? Que desfecho teria? Os pensamentos atormentavam-me; o quarto assitia a esta revelação , às nossas brigas conjugais repentinas, e o retrato, com meu sorriso, pareciam zombar
daquele momento.
Minhas lágrimas e desenganos me torturam muito. Hoje você está de volta ao nosso lar, ao nosso quarto, arrependido e fracassado. Não sei se o perdoei, esta é minha dúvida. O quarto é o mesmo, não existe o retrato na parede a nos sorrir. Ele foi testemunha de bons momentos e desenganos naquela noite.
Preferi jogá-lo fora; as mágoas não se desfizeram, ainda não tiveram o destino do retrato e as chances de reconstrução de nosso relacionamento permanecem no ar.
Haverá mais chances para nós?