ATÉ NAS MELHORES FAMÍLIAS ACONTECE (parte 1)

Essa história aconteceu em uma família católica praticante, e que procuravam oferecer o melhor que podiam a seus filhos em termos de vida salutar, boa alimentação e ótima educação prática para o bem viver.

Eram gente simples, mas não simplórias, crentes em Deus e que buscavam em suas vidas viver os valores da fé cristã pregada pelos sacerdotes, seguindo na sinceridade daquilo que aprendiam como sendo palavra de Deus. Não se deixavam enganar por espertalhões e trapaceiros religiosos, os famosos Lobos travestidos de ovelhas.

Nilda, uma das filhas mais jovens, gostava de cantar em karaokê , dançar, brincar e viver a vida como ela é, uma vida em paz, harmonia, cordialidade e amor para com todos. Essa é aliás, a verdadeira essência da vida, não?...

Em termos de religião pertencia à Igreja Catolica Romana, uma comunidade bastante liberal, aberta e integrada com outras religiões especialmente com as evangélicas daquela região próxima !... Seus pais eram piedosos e integrantes de núcleos de apoio e assistência eclesiástica na comunidade a que serviam e participavam especialmente como membros da SSVP, (Sociedade São Vicente de Paula).

Nilda conheceu aos 15 anos de Idade um Jovem na da Presbiteriana chamado Adilson!... Ele era um jovem simpático, brincalhão, piadista, meio palhaço em termos de agradabilidade geral, mas estimado por muitos. Ela o conheceu em momentos de crises relacionais com seus pais em termos de seguir ou não essa ou aquela religião.

Influenciada por amigos e amigas de sua infância, decidiu participar da Igreja Presbiteriana e veio a ser membro comungante desta Igreja, com a devida autorização de seus pais.

Esse seu novo amigo Adilson, cercou-a de atenção e simpatia e começou a acompanha-la especialmente na porta da escola onde ela estudava à noite, quando entrava ou saía da escola onde cursava o ensino médio.

Ele morava num prédio próximo da escola em que ela estudava e às vezes a acompanhava até próximo de sua casa, juntamente com a irmã dela que também estudava na mesma escola.

Ela se enamorou por esse rapaz e começaram a ter um pequeno relacionamento, um casinho româtico, algumas trocas de carinhos e amabilidades, tipo beijos e abraços.

Esse Jovem, da decada de 1980, era trabalhador nas Indústrias siderúrgicas, bastante presentes na região onde moravam.

Ele por ser um trabalhador de nível operacional e com poucos anos de empresa ainda não possuía nesse momento nenhum veículo automotor, se locomovia de bicicleta. Ele foi algumas vezes na casa dela porque era conhecido de seus irmãos, em jogos de futebol ou coisas desse tipo, mas nada por um compromisso de Namoro com Nilda. Mas ela se apaixonara por Adílson.

O relacionamento deles não era oficial, ou seja ele não frequentava a casa dela como namorado e sempre postergava esse desejo dela, de que tivessem um relacionamento sério e comprometido com desculpas evasivas.

Ele era 11 anos mais velho do que ela, tinha 26 anos naquele momento.

Posteriormente ele veio a adquirir uma motocicleta mas, sua namoradinha não gostava de andar de motos, principalmente por influência de seus pais, por considerarem um veículo de alto risco e ela concordava com seus pais e os obedecia e isso dificultava entre eles o estreitamento de relacionamentos íntimos ainda que fossem clandestinos.

Algum tempo depois ele adquiriu um veículo, uma Belina ll, isso poderia facilitar ou criar a oportunidade para maior intimidade, porém a moça sempre amiga e confidente da própria mãe, ouvia seus conselhos e não se deixava levar por seus sentimentos a caminhos desconhecidos da sua intimidade!...

Mas até quando e por quanto tempo ela resistiria aos apelos de seu próprio corpo, organismos, seus anseios, sentidos , instintos e desejos pressionados pela dúvida de ser querida ou não e amada e também do risco da perda do grande e almejado primeiro amor de sua vida???

Adilson foi despedido da empresa que trabalhava e sem expor seus claros motivos, a não ser a dispensa do emprego, se afastou daquela região e até esse momento já se passara um ano em seu relacionamento duvidoso com Nilda. Resolveu regressar-se novamente para sua região de origem porque estava projetando algo para além desses limites territoriais próximos. Prometera à Nilda que voltaria, um dia!... Sabia se lá quando?... Nilda sentiu-se rejeitada pelo "namorado" se é que podia chama-lo assim.

E o tempo foi passando!....

Na presbiteriana Nilda conheceu vários outros jovens que a cercava de atenção e encantos, alguns até arriscaram timidamente uma aproximação com ela e algum envolvimento, porém ela ferida e marcada pelo primeiro momento, não se sentiu interessada, mesmo por que ela também preferia alguém mais velho e não jovensinhos com a sua mesma idade que era a maioria com quem ela tinha amizades.

E Nilda encontrou entre esses com quem convivia, alguém com o seu perfil desejado, Rafael ou Rafinha como era conhecido por todos e que também era da Presbiteriana e que já conhecia parte de sua história.

Portanto sua aproximação com Rafinha já não era recente. Rafael mantinha sua admiração e amizade com Nilda sem assédios e sem declarações de amor frívolas, em contraste com os demais jovens, mais novos, que também a estimavam.

Como dizia Rafael:

- Esses meninos só têm papo de aranha kkkk gruda, gruda mas não cola!!!... (falava com Nilda em tom de gracejo!..). Ela achava o máximo, suas tiradas!...

- Quem gosta de brinquedinho é criança (ela comentava e ria deles).

Rafa só observava tudo e balançava a cabeça em negativa!.... às vezes!... E esses dois tinham entre si, no meio dos outros, longos papos em particular ou nas entrelinhas do grupo!... Ela sempre o observava e vice versa!... Não se isolavam nitidamente do grupo, mas se comunicavam numa linguagem que eles entendiam e queriam, talvez fosse o idioma do se querer bem mutuamente. Sempre tinham ou arrumavam um momento fortuito para isso e não tinha nenhuma intimidade amorosa tipo beijos e abraços, talvez até o desejassem, mas ainda não era o momento.

Rafael mantinha-se anônimo até então pela presença de Adilson. Quando esse se afastou, Rafa continuou mantendo com Nilda essa proximidade que se acirrou e tornaram-se namorados de verdade.

Depois de aproximadamente dois anos entre amizade, namoro e noivado vieram a se casar e o "ex de Nilda" que há tempos não aparecia por aquelas bandas, apareceu no dia do casamento de Nilda com Rafael para conferir sua real sucumbência por não valorizar o amor perdido.

Até aí tudo bem, todo mundo na vida pode ter seus momentos de incertezas, desilusões e perdas, mas a vida continua e a mudança de página precisa acontecer de fato e de verdade.

(Obra de Ficção Fantasia)

(Qualquer semelhança de nomes de pessoas,

locais e fatos trata-se de mera coincidência)

L Z de Andrade
Enviado por L Z de Andrade em 28/12/2022
Reeditado em 02/01/2023
Código do texto: T7681510
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