No carnaval
Eu não tinha nada oara fazer. Alter Bridger tocava In loving memory no aparelho de som, o notebook fechado. Havia trabalhado nas histórias, criado e escrito, e editado alguns textos que dois clientes mandaram. Almocei numa pensão perto de casa e tirei o resto da tarde de sábado para descansar. Era carnaval e ouvi os vizinhos animados se arrumado e se enfeitando para a festa. Eu só queria ficar isolado no quarto ao ouvindo música e pensando. Não cochilei, aoenas fiquei pensando e com o cheiro do incenso e do som viajei para mundos distantes. Incrível onque podemos fazer com nossa mente. Era 16 horas quando acordei ( sim, havia cochilado sem perceber). Me espreguicei e encarei minhas pinturas e desenhos na parede. O celular vibrou. Era ela. Perguntou se iria passar o carnaval sozinho. Respondi que sim. Sozinho e isolado. Ela perguntou se poderia compartilhar a solidão comigo. Sim. Ela mandou uma foto do seu sorriso. Era lindo. Me disse que chegaria em 29 minutos. Trazia sacolas com queijos, presuntos e vinho. Me levantei e fui tomar um banho, arrumar a casa.
Solidão compartilhada. Sorrio
Wesley Rezende