O ROUBO DO BOTIJÃO DE GÁS
Aquele verão estava demais, ja por volta das dez horas da manhã o calor era insuportável, o pequeno comerciante de gaz de cozinha estava em seu estabelecimento, era meado da semana, não tinha quase ninguém na rua do pequeno povoado que pela própria característica, já tinha um movimento fraco, o Seu Zé do Gás, como era conhecido o comerciante estava estatelado numa cadeira debruçado na escrivaninha do estabelecimento tirando um belo cochilo, quando o caboclinho muito malandro, chega até a porta do estabelecimento, observa aquela cena e a tranquilidade do comerciante, olha para a rua toda deserta, aproxima do monte botijão de gaz cheio e com muito cuidado, retira um dos botijões e, espalhafatosamente joga-o no piso de concreto do estabelecimento fazendo com que o comerciante acorde num sobre salto, e ao mesmo tempo vai dizendo:
____ Seu Zé, quero um bujão de Gás cheio!
O Comerciante, conhecedor das malandragens do caboclinho vai logo explicando
____ Sim, mas primeiro paga, cadê o dinheiro?
O Caboclinho se justifica:
____ Vou receber amanhã e venho pagar sem falta.
Ao que o comerciante retruca:
____ Então amanhã vem buscar o gás, não vendo fiado para malandro sem vergonha.
Fazendo se de zangado, o caboclinho malandro responde:
____ Se não confia na minha palavra, pode ficar com seu gás, não preciso desta porcaria, mas vou levar o meu bujão vazio de volta.
Pegando o Botijão de gás cheio que havia retirado do monte e jogado no piso, colocou nas costa e foi embora sorrindo, o comerciante nem percebeu que estava sendo roubado, resmungando voltou a cochilar.