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Dona Maria, sempre apoiou a filha em todos os momentos da vida, por sinal uma dolorosa e sofrida trajetória.
Era ela a pessoa quem mais a compreendia e apoiava. Na realidade a única, desprendida de todo seu amor e sem pretensões outras, a não ser a sua total felicidade.
Jugava, ser sua filha incapaz de controlar seus próprios impulsos, quanto mais gerar, cuidar e prover um futuro rebento, que não tardaria para vir ao mundo, ...nesse mundo sempre tão aterrorizante e cruel.
Deus sabe o quanto aquela pobre senhora penou para dar a filha tranquilidade e equilíbrio, mas sabia da dureza que só tenderia a agravar-se dia após dia!
Dona Maria era uma abnegada enfermeira, de um bom hospital em sua cidade e esta condição facilitou em muito seus planos em relação ao futuro e á seu modo de pensar, aos seus cuidados com Marília, sua filha.
No dia, melhor na noite que antecederia ao parto, algo veio a facilitar a concretização e a consolidação deste plano.
Uma outra jovem de nome Elisa, hospitalizada neste mesmo hospital daria luz a um filho no mesmo dia que nasceria seu neto (filho de Marília).
Numa gestação complicada, esta jovem ficou cercada de cuidados já que era um parto de alto risco.
O plano...
Sabendo do estado clínico de Elisa e com seu prontuário em mãos, dona Maria (enfermeira e mãe de Marília) enxerga a possibilidade real de resolver, á seu modo, o caso da filha.
Pois bem chega a hora e como se previa e temia, Elisa passa mal em seu parto e a criança não resiste, vindo a falecer horas depois. Já com Marília tudo ocorre bem e a criança nasce rapidamente forte e saudável, mas imediatamente sua mãe faz rapidamente a troca das crianças no berçário, sem que todos desconfiem.
Na sua cabeça, Maria está ajudando sua filha onde concluiu, desde o início da gravidez, que Marília não teria estrutura psicológica para criar o próprio filho, já que seu distúrbio lhe provocava alterações bruscas de comportamento.
[Bom, isso foi o quê sempre pensou sua mãe...]
Sejamos nós francos, justos com a gente mesmo e nos coloquemos no lugar dessa mãe e dessa filha...
-Poderá alguém, que a princípio sofra tanto com um distúrbio desta monta, ser penalizada com um acontecimento tão sério e tão forte como este?
- Será que tudo não se tornaria ainda mais difícil e um recuo ou mesmo uma estabilização desta doença, ficaria quase impossível de se resolver?
O fato foi que dona Maria teve uma ideia que a seu ver diminuiria o sofrimento da filha e porque não o seu também, afinal, Marília dependia em quase tudo de sua mãe...
[CAUSAS DE TOC
As causas do transtorno obsessivo-compulsivo ainda não são totalmente compreendida, mas incluem três fatores principais:
- Biologia – TOC pode ser um resultado de alterações na química natural do seu corpo ou funções cerebrais;
Genética – TOC pode ter um componente genético, mas genes específicos ainda não foram identificados;
Meio Ambiente – Alguns fatores ambientais, como infecções, são sugeridos como desencadeantes do TOC, mas são necessárias mais pesquisas.
O que desencadeou provocou este sério ato de dona Maria, na vida de todos...!
Continua...