POSSÍVEIS ENCONTROS - CAPITULO 11

Gustavéz então se dirige apreensivo para a sala de visitas, onde está Mário, Beatriz e Luciene, ele então bate na porta e a abre em seguida deixando os que estavam ali dentro um pouco assustados com a expressão do seu rosto que era claramente um misto de ansiedade e esperança. Fica todos em silencio por um tempo até que Gustavéz quebrando o gelo serio diz:

__ Bom Rafael enfim despertou e a pedido do Dr.Ronildo será que tem como todos vocês me acompanharem por favor.

E Mário se apressa e diz:

__ Não precisa nem pedir Senhor Gustavéz, é claro que nós vamos vê lo, principalmente se for para ajudá-lo de alguma forma, porque se o médico pediu é porque é para ajudar Rafael de algum modo, e me desculpem se eu acabei respondendo pelos outros presentes aqui, mas creio eu que todos concordaram comigo. Mário diz isso e olha para Luciene e Beatriz a procura de um apoio pelo olhar e esse apoio vem quando ambas concordam com a cabeça afirmativamente ao que Mário acabara de dizer e olhar para elas.

E Mário se virando para Gustavéz, aliviado diz:

__ Há que bom que o meu amigo acordou e eu vou poder vê lo, despertado.

E Gustavéz um pouco cabisbaixo diz:

__ É que bom que ele acordou. Ele diz isso com a voz um pouco embargada, como se estivesse visivelmente decepcionado pelo filho ter acordado.

Todos sentem a sua tristeza aparente e ficam um pouco calados, até que Luciene curiosa diz:

__ Mais Gustavéz ele está bem, digo se recordou de algo de alguém.

Gustavéz de cabeça baixa e quase soluçando diz:

__ Não ele não se lembrou de ninguém ainda não e nem de mim se você quer saber. Ele diz isso com um sofrimento na voz que chega a dar pena.

E Luciene pensativa diz:

__ Sim tudo bem, entendi.Ela diz isso enquanto é fitada pelo olhar cortante da sua filha Beatriz completamente perplexa pela falta de bom senso da mãe, pensando em como ela pode ter sido tão sem noção.

E Gustavéz levantando a cabeça compenetrado diz:

__ É por isso que o Dr.Ronildo quer que ele tenha contato com cada vez mais pessoas para ver se ele se lembra de mais alguém ou alguma coisa.

Eles então se dirigem até o quarto onde Rafael está, sendo que Mário e Gustavéz vão juntos na frente enquanto que Luciene e a filha Beatriz ficam um pouco juntas para traz, até que Beatriz puxa a mão da mãe Luciene com uma certa veemência do nada, no que Luciene incrédula diz:

__ O que que foi garota, ta maluca.

E Beatriz aturdida diz:

__ Maluca quem esta é você né mãe...

E Luciene nervosa a interrompendo diz:

__ Olha mais respeito comigo, a mãe aqui sou eu e não você eu exijo que você me respeite ouviu.

E Beatriz resignada diz:

__ Tudo bem mãe, mas você tinha mesmo que fazer aquilo.

E Luciene sem entender diz:

__ Fazer aquilo o que?.

E Beatriz indignada diz:

__ Como assim o que mãe, perguntar daquele jeito, sem amenizar nada ao senhor Gustavéz sobre o filho dele Rafael, você foi completamente insensível sabia.

E Luciene despreocupada diz:

__ Mas eu só perguntei, perguntar não ofende...

E Beatriz tensa diz:

__ Pode até não ofender, mas machuca com certeza será que você não viu como o senhor Gustavéz, sofre está sofrendo com toda essa situação será que você não viu a reação dele quando você perguntou do nada sem o menor pudor sobre se o filho dele tinha se lembrado de algo, de alguém ou dele sei lá, você foi insensível e insensata falou sem pensar.

E Luciene vencida diz:

__ tudo bem eu posso até ter sido um pouco intransigente, mas não foi a minha intensão ferir ninguém serio.

E Luciene continuando agora altiva diz:

__ Vejo que você esta de certa forma se afeiçoando demais a esses dois e isso não é bom nem para você, nem para mim e principalmente para nós por isso preste atenção e não se esqueça do que viemos fazer aqui.

E Beatriz compreensiva diz:

__ Sim mãe tudo bem, agora vamos eles estão nós esperando na entrada do quarto de Rafael.

E Luciene fria diz:

__ Não me apresse agora você que me atrasou, mas ó pense no que eu acabei de te dizer e no que você está pensando em fazer.

As duas logo alcançam Gustavéz e Mário na porta do quarto de Rafael.

E Luciene ficando estrategicamente um pouco para traz, mais próxima de Gustavéz e sensata diz:

__ Senhor Gustavéz, ou melhor Gustavéz um instante por favor posso só lhe dizer algo.

E Gustavéz educado diz:

__ Sim claro que pode.

E Luciene concentrada diz:

__ Gustavéz é eu queria te pedir desculpas por um pouco antes ter perguntado sobre a recuperação do seu filho Rafael daquela forma tão repentina, tão indiferente, me desculpe de verdade.

E Gustavéz muito cordial diz:

__ Tudo bem não tem problema, você apenas perguntou, sei que não teve a intenção de me ferir, eu que estou muito abalado com toda essa situação.

E Luciene calma diz:

__ Claro eu jamais teria a intenção de te machucar, muito obrigado pela sua compreensão e é natural que você esteja assim tão mexido afinal de contas é filho e filho sempre mexe com a gente, nós que somos pais preferimos sofrer a ver um filho nosso padecer.

E Gustavéz natural diz:

__ Claro que isso de nada, eu é que tenho que te agradecer e muito por ter praticamente salvado a vida do meu filho Rafael na verdade vou ser eternamente grato a você e a sua filha por isso por esse gesto nobre de vocês para com o meu filho Rafael.

E Luciene confiante diz:

__ Que isso, nós apenas fizemos o bem para uma pessoa Boa.

E Gustavéz fica olhando para Luciene por um tempo, como se estivesse tirando uma prova de alguma coisa.

E Luciene um pouco incomodada com aquela situação diz:

__ O que foi Gustavéz aconteceu alguma coisa.

E Gustavéz sincero diz:

__ É que eu estava olhando para você, reparando em você será que eu não já a conheço de algum lugar.

E Luciene dando um sorriso abafado diz:

__ Não Gustavéz nós não nós conhecemos de lugar algum, você deve estar me confundindo com alguém.

E Gustavéz não muito convencido diz:

__ É talvez sim, talvez eu esteja um pouco confuso.

Todos entram no quarto onde Rafael está, e olham para ele ali deitado com um olhar de ternura, sendo que Rafael os olham como se todos ali fossem desconhecidos para ele uma vez que ele não consegue se lembrar de nada nem de ninguém e muito menos quem ele é. Rafael não consegue entender porque todos ali estão o olhando como se ele fosse uma atração de um circo, ou com muita dó.

Gustavéz então muito sereno diz:

__ Rafael meu filho, você é meu filho apesar de você não conseguir se lembrar. Ele diz isso e fica de novo visivelmente muito emocionado.

E Rafael reflexivo diz:

__ Me desculpe por não me lembrar, mas se você está falando não me parece que você está mentindo, mais infelizmente eu não consigo me lembrar ainda apesar de você dizer.

E Gustavéz acolhedor diz:

__ Não tem problema meu filho tudo isso, se trata de um processo e aos poucos você vai ir se lembrando de tudo se Deus quiser e ele quer com certeza. E por isso também eu trouxe essas pessoas aqui para você conhece las, afim de que você possa se lembrar de alguma coisa ou deles. Ele diz isso e Rafael assenta afirmativamente com a cabeça.

E assim Gustavéz em seguida começa com as apresentações, ele começa então apresentando Luciene e Rafael parece não fazer uma cara muito, como se estivesse vendo a sua real natureza.

A próxima que Gustavéz apresenta a Rafael é Beatriz e Rafael fica olhando para ela como se estivesse hipnotizado, parecendo ser o que eles chamam de Amor o que ele está sentindo naquele momento e ele sem conseguir se controlar carinhos diz:

__ Você é muito bonita mesmo sabia.

E Beatriz que não tinha desviado o olhar de Rafael, meio sem graça e toda meiga diz:

__ Você também é muito bonito. E Rafael apenas sorri alegremente, um sorriso bonito e verdadeiro.

O próximo e ultimo que Gustavéz apresenta a Rafael é Mário seu antigo amigo de escola, Mário então se aproxima da cama de Rafael que estava sentado nela e ergue as mãos para Rafael amigavelmente e singelo diz:

__ Sou eu Rafael seu amigo, Mário que estudou com você na escola a um tempo já.

Rafael aperta gentilmente a mão de Mário, mas nesse mesmo instante começa a sentir fortes dores de cabeça, uma dor tão lancinante que parecia até que sua cabeça estava sendo aberta por um machado ali naquela hora, fazendo com que ele gritasse bastante e Rafael inesperadamente começa a ter lapsos de memoria, com imagens passando pela sua cabeça deixando sua mente muito confusa além da dor de cabeça que parecia aumentar cada vez mais, e mais começou a aparecer na cabeça de Rafael imagens bem vagas e muito distorcidas e disformes da entrada de uma escola, aí pulava rapidamente para uma sala de aula, e pulava ainda mais rápido para um refeitório muito barulhento, e para uns garotos caçoando dele enquanto que um que estava ao seu lado parecia o proteger, mas por mais que tentasse ele não conseguia visualizar o rosto do menino que com muito afinco o defendia dos outros meninos maldosos, parecendo haver uma mancha de varias cores bem no rosto desse menino que o protegia tanto, Rafael tentava se lembar do rosto do corajoso menino que enfrentava os outros para defende-lo mas não conseguia nem por nada e nisso a sua cabeça doía mais ainda e mais ainda e Rafael gritando cada vez mais alto para desespero de todos que estavam ali no quarto dele, todos ficam muito apreensivos principalmente Gustavéz, vendo o filho ali sofrer sem poder fazer absolutamente nada e Mário que havia soltado as mãos de Rafael e estava agora todo atordoado sem saber o que fazer e ainda por cima se sentindo culpado por achar que é o responsável por estar fazendo Rafael sofrer.

Gustavéz sem saber o que pode fazer vai correndo chamar o Dr.Ronildo enquanto que Luciene e Beatriz ficam estáticas, a segunda claramente incomodada com o estado em que Rafael se encontrava agora.

Dr. Ronildo logo chega no quarto de Rafael, com um aflito Gustavéz que diz:

__ Dr. Ronildo faça alguma coisa por favor, não suporto ver o meu filho sofrendo assim. Rafael gritava muito alto enquanto segurava fortemente a cabeça dizendo que não conseguia, não conseguia se lembrar, não consegui, porque, porque, porque....

E Dr.Ronildo tranquilo diz:

__ É normal essa reação dele, visto que ele deve estar tendo um lapso de memoria, sendo que ele deve ter se recordado de algo ou tentando ao ter visto alguém daqui que foi apresentado a ele e pelo o que eu estou vendo foi esse jovem que está diante dele que fez com que ele se recordasse de algo ou dele mesmo ele pode estar tentando se lembrar desse jovem que está na frente dele.

E Gustavéz um pouco confuso diz:

__ Esse jovem é o Mário, ele é amigo de escola do meu filho Rafael estudou com ele na primeira serie.

E Dr.Ronildo pausado diz:

__ Sei entendo então Mário deve ter despertado alguma memoria muito forte adormecida no cérebro de Rafael, demostrando que eles devem ter sido muito amigos tendo uma ligação muito forte um com o outro, sendo muito importantes um para o outro.

E Gustavéz ressabiado diz:

__ Mas meu filho Rafael já tinha visto o Mário antes aqui do hospital, um pouco depois que ele sofreu o acidente Mário estava lá e praticamente o resgatou, quando ele desmaiou depois do acidente e acordou a primeira pessoa que ele viu foi o Mário porque só agora ele está tendo está reação adversa.

E Dr.Ronildo explicativo diz;

__ É que naquele primeiro momento em que ele viu Mário depois do acidente estava tudo ainda muito recente e a sua cabeça ainda mais confusa e agora que já passou um tempo ele naturalmente está começando a querer se lembrar das coisas com o passar do tempo, sendo que pelo visto ele e Mário devem ser mesmo muito amigos e devem se conhecer a muito tempo.

E Mário apurado diz:

__ Sim nós nos conhecemos a muito tempo estudei com ele quando nós tínhamos uns seis sete anos por aí.

E Gustavéz sincero diz:

__ Mas eu não conhecia Mário daquela época da escola, vindo a conhece-lo agora pois não era eu que costumava levar Rafael para a escola e sim a sua falecida mãe que Deus o tenha.

Dr.Ronildo assente com a cabeça afirmativamente, como se tivesse entendido tudo até ali.

E Rafael continua a gritar, berrar descontrolado com a sua dor insuportável de cabeça segurando-a ainda com muita força.

Continua!!!!!!

mario rubens silva
Enviado por mario rubens silva em 02/02/2018
Código do texto: T6243060
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