Prazer… Sou Maria!!!
Em minha casa todos temos nomes compostos. Meus pais nos batizaram com essa singularidade da família Navarro. Outra particularidade é que os nomes dos meus avós foram repassados aos netos. Então há vários Revalinos, de Revalino Navarro e várias Anas, de Marciana Gonçalves, respectivamente pai e mãe do meu pai.
Minha mãe, dona MARIA, não colocou nome nas meninas, ela o fazia nos homens e meu pai, o seu José, nos nominou. Minha irmã: Ana MARIA e eu, Rosa MARIA. E… Presente de Deus, veio AMARIAR nossa casa a MARIA de Lourdes. Então,… eu faço parte de uma família de Marias.
(Posso dizer que quase todas as mulheres já foram em algum momento uma Maria na vida: maria-divã (a conselheira), maria-gasolina, maria-tatame, maria-fuzil (adora militares), maria-chuteira, maria-Al-Capone (nova que gosta de homens mais velhos), maria-pandeiro, maria-copo-d’água (sem gosto), maria-bits (manja tudo de tecnologia), maria-encrenca, maria-gravata, maria-breteira (nas exposições agropecuárias fazem sucesso), e mais dezenas de tipos de outras marias.)
Como boa parte das muitas brasileiras Marias, escolhi trilhar meu caminho longe da minha família, infelizmente buscando um “trabalho” melhor. Esse afastamento me fez uma” Maria-Só” de alguma maneira, pois sinto falta das “mariaíces” dos meus irmãos e irmãs. Por outro lado, trabalho com o que amo, ou melhor, não trabalho, eu sou feliz durante minhas horas-aulas. Tenho uma cadela amarela! Uma cama confortável! Tenho outro lugar onde sou feliz colaborando, o provedor, no qual há pessoas maravilhosas que me alegram. Faço caratê (quando meus rins permitem). Cuido de algumas plantas – meus temperos.
E sigo… Acredito que hoje posso dizer que estou bem e serenamente tranquila, pois ser Maria é fácil quando NÃO se é uma Maria-vai-com-as-outras. Ser Maria é fácil quando vemos a labuta de tantas Marias nesse Brasil afora e sabemos que não estamos sozinhas na batalha de ser mulher livre e só. Ainda que sejamos opostas e paradoxais como somos, sentimos que somos autenticamente norteadas por uma força maior, cheia de “graça” de tantas outras mulheres sempre e também Marias.
Em minha casa todos temos nomes compostos. Meus pais nos batizaram com essa singularidade da família Navarro. Outra particularidade é que os nomes dos meus avós foram repassados aos netos. Então há vários Revalinos, de Revalino Navarro e várias Anas, de Marciana Gonçalves, respectivamente pai e mãe do meu pai.
Minha mãe, dona MARIA, não colocou nome nas meninas, ela o fazia nos homens e meu pai, o seu José, nos nominou. Minha irmã: Ana MARIA e eu, Rosa MARIA. E… Presente de Deus, veio AMARIAR nossa casa a MARIA de Lourdes. Então,… eu faço parte de uma família de Marias.
(Posso dizer que quase todas as mulheres já foram em algum momento uma Maria na vida: maria-divã (a conselheira), maria-gasolina, maria-tatame, maria-fuzil (adora militares), maria-chuteira, maria-Al-Capone (nova que gosta de homens mais velhos), maria-pandeiro, maria-copo-d’água (sem gosto), maria-bits (manja tudo de tecnologia), maria-encrenca, maria-gravata, maria-breteira (nas exposições agropecuárias fazem sucesso), e mais dezenas de tipos de outras marias.)
Como boa parte das muitas brasileiras Marias, escolhi trilhar meu caminho longe da minha família, infelizmente buscando um “trabalho” melhor. Esse afastamento me fez uma” Maria-Só” de alguma maneira, pois sinto falta das “mariaíces” dos meus irmãos e irmãs. Por outro lado, trabalho com o que amo, ou melhor, não trabalho, eu sou feliz durante minhas horas-aulas. Tenho uma cadela amarela! Uma cama confortável! Tenho outro lugar onde sou feliz colaborando, o provedor, no qual há pessoas maravilhosas que me alegram. Faço caratê (quando meus rins permitem). Cuido de algumas plantas – meus temperos.
E sigo… Acredito que hoje posso dizer que estou bem e serenamente tranquila, pois ser Maria é fácil quando NÃO se é uma Maria-vai-com-as-outras. Ser Maria é fácil quando vemos a labuta de tantas Marias nesse Brasil afora e sabemos que não estamos sozinhas na batalha de ser mulher livre e só. Ainda que sejamos opostas e paradoxais como somos, sentimos que somos autenticamente norteadas por uma força maior, cheia de “graça” de tantas outras mulheres sempre e também Marias.