A CULPA É DA BARSA

Tudo começou por uma amiga que postou no ZAP um fotografia da tanajura que ela encontrou no caminho de volta pra casa – “ pensei que estivesse em extinção” – comentou minha amiga. Logo, eu lembrei de Dona Jô que comprava as danadinhas enfiadas no palito. E um dia eu comi farofa de bunda de tanajura.... Deixe pra lá, depois eu conto essa.

Quero mesmo falar agora, sobre quando comecei a conhecer o mundo etílico.... Tudo por causa de uma enciclopédia Barsa que tinha lá em casa. Um dia eu li na Barsa que álcool em baixas doses era estimulante..... Abria o raciocínio.

Nesta época eu fazia a antiga sexta série. Aí, levei a novidade para minha turma. Na primeira oportunidade, era uma prova de matemática, nós fomos na venda de seu Vivaldo, há um quarteirão da escola. A princípio seu Vivaldo descartou qualquer chance de vender bebida alcoólica para a nós.

Então, falamos da propriedade do álcool e que era somente uma dose para dividir para todos. Em seguida usamos a artimanha de criança. Falamos que se ele não nos vendesse, deixaríamos de comprar qualquer coisa na sua venda, inclusive picolés e doces. Não somente nós, mas iríamos fazer uma campanha contra ele e divulgar a venda da outra esquina. Como o momento era propício, só tínhamos nós naquela hora da manhã ali, aí bicamos a destilada. Era uns cinco garotos e uma menina, e outros, talvez uns quatro, só observavam.

Para resumir, os que participaram daquela experiência alcoólica, todos passaram na prova. Foi nove, foi oito e até um dez. Só que alguém dedurou, na certa quem não bicou e na prova se ferrou. Na semana seguinte, todos na direção: nós, seu Vivaldo, a vice-diretora e a coordenadora do SOE (Serviço de Orientação Educacional). A culpa é da Barsa! Éramos unânimes em afirmar. Ali a unanimidade não era Burra( Saudações a Nelson Rodrigues). Verdadeiramente, a culpa é da Barsa.

Até lembrei de outra... A confusão no jogo de sinuca, lá na venda de seu Vivaldo! Essa depois eu conto!